A Guerra que já começou: Irã, Israel, EUA e o Genocídio Televisado da
Palestina
Forçaram o Irã a buscar armas nucleares. Não há outra alternativa viável
para Teerã diante do cerco sistemático imposto pelos Estados Unidos, Israel e
seus aliados ocidentais. As sanções econômicas, os assassinatos de cientistas
nucleares, o isolamento diplomático e os bombardeios em solo sírio ou iraquiano
configuram um contexto de guerra prolongada, que não se dá apenas por tanques
ou mísseis, mas também por narrativas, sabotagens e bloqueios.
O que estamos testemunhando é uma guerra existencial: EUA-Israel contra Irã, com o povo palestino no epicentro desse embate geopolítico, sendo massacrado sob a justificativa de “segurança” e “combate ao terrorismo”. A tragédia humanitária que se desenrola em Gaza é televisionada todos os dias: crianças famintas, famílias indefesas, bairros inteiros transformados em ruínas. A cada imagem que circula nas redes, escancara-se o que já pode ser qualificado, juridicamente e moralmente, como genocídio, termo que não é usado de maneira leviana, mas sustentado por relatórios da ONU, da relatora Francesca Albanese, da Human Rights Watch e de outros organismos internacionais.
Choque estratégico e o vídeo como evidência
O vídeo “Trump e Israel em Choque” revela o momento de fragilidade e
surpresa sofrido por Israel, ao perder navios importantes para ataques
organizados por grupos aliados do Irã, como os Houthis no Iêmen. A narrativa
visual reforça a tese do enfraquecimento gradual da hegemonia israelense na
região, e do surgimento de uma nova correlação de forças: o Eixo de
Resistência, formado por Irã, Hezbollah, Ansar Allah, milícias iraquianas e
apoio tácito da Rússia e da China, começa a ganhar terreno, não apenas físico,
mas simbólico.
O vídeo mostra, de forma clara, que a tradicional impunidade israelense
— sustentada pelo apoio irrestrito dos EUA, começa a encontrar barreiras reais,
seja nos mares, seja na diplomacia mundial. O próprio ex-presidente Donald
Trump entra em cena, denunciando o risco de “perda de controle” e chamando
Netanyahu ao diálogo, não por empatia, mas por cálculo político. O que se vê é
uma crise de comando: os aliados se chocam, os inimigos se fortalecem, e o
tabuleiro se reconfigura.
Guerra Fragmentada, Genocídio Sistematizado
O conflito atual pode ser compreendido como uma guerra mundial em
fragmentos:
Militarmente, ela ocorre por ondas: Gaza, Iêmen, Estreito de Ormuz,
Síria, Líbano.
Economicamente, ela se manifesta por sanções, bloqueios, destruição de
infraestrutura civil essencial.
Informacionalmente, é travada nas redes sociais, nos algoritmos, nas
agências de checagem seletiva.
Culturalmente, é uma batalha de narrativas: terrorismo x resistência,
segurança x massacre, civilização x barbárie.
Neste tabuleiro complexo, o genocídio palestino é não apenas tolerado,
mas instrumentalizado. Cada bomba lançada sobre Gaza serve tanto para
desmoralizar a resistência quanto para fortalecer a narrativa do "direito
de defesa" de Israel, mesmo diante de crimes que violam o Direito
Internacional Humanitário.
A carga ética da imagem
A televisão e os vídeos, como o mencionado nesta análise, cumprem um
papel crucial: eles rompem o cerco do silêncio, expõem o horror ao mundo e
permitem que as populações globais julguem por si. A imagem de um navio em
chamas, de um civil palestino carregando um corpo infantil, ou de Trump ligando
para conter danos geoestratégicos, tem mais poder político hoje do que muitos
documentos diplomáticos.
Essas imagens são como provas históricas: são os nossos registros de um
crime em curso. A história julgará o silêncio cúmplice dos Estados, das
empresas armamentistas, dos veículos de comunicação que relativizam ou apagam o
genocídio.
Conclusão: o Fim da Ilusão de Paz
Não estamos apenas no limiar de uma guerra. A guerra já começou. Ela só
é invisível para aqueles que não são afetados diretamente. Mas ela pulsa nas
artérias do petróleo, nos cabos de fibra ótica da propaganda digital, no sangue
dos civis palestinos e nos olhos atônitos de um Israel em choque, como bem
mostra o vídeo.
O que vem adiante pode ser o desmoronamento de um mundo unipolar, onde o Império não dita mais sozinho as regras. Mas, até lá, quantas vidas ainda serão sacrificadas? Quantas infâncias ainda serão soterradas sob escombros? Quantos vídeos ainda precisarão provar o que a história já escreveu com sangue?
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