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domingo, 6 de julho de 2025

Nova Tríade Geopolítica: Irã, Rússia e China

Síntese dos Principais Pontos do Vídeo/Análise de Danny Haiphong e Mark Sleboda

1. Nova Tríade Geopolítica: Irã, Rússia e China

O Irã está adquirindo caças chineses J-10C e negociando sistemas de defesa antiaérea russos.

Existe a perspectiva de um pacto militar ou de defesa mútua entre os três países.

A tese central: ou se unem estrategicamente e militarmente, ou serão destruídos individualmente pela ordem unipolar.

2. O Fim da Ordem Unipolar

Os EUA, aliados a Israel e à OTAN, vêm promovendo intervenções militares diretas ou por proxies (como Azerbaijão, Turquia, Houtis, etc.) para enfraquecer seus rivais.

A guerra de 12 dias demonstrou a vulnerabilidade de Israel frente à capacidade militar iraniana.

O Ocidente não hesitaria em usar armas nucleares, se necessário, para manter sua supremacia.


3. O Irã e sua Soberania

O Irã está endurecendo sua posição com relação ao Ocidente, restringindo acesso da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).

Avalia sair do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).

O Irã tem uma longa história de resistência, mas também cometeu erros de ingenuidade diplomática ao confiar em acordos com o Ocidente.

4. Israel e a Palestina

Israel está determinado a eliminar a Palestina e criar a “Grande Israel”.

A limpeza étnica em Gaza é comparada a eventos históricos de dispersão dos hebreus.

O genocídio é tolerado por EUA e Europa, e os palestinos são vistos como povo condenado ao exílio.

5. Guerra no Cáucaso e Ásia Central

Destaca-se o papel de países como Azerbaijão e Geórgia como peças pró-Ocidente.

A Turquia também age como proxy da OTAN.

A região está se tornando um novo front da geopolítica entre Ocidente e Oriente.

6. Tecnologia e Soberania Digital

A guerra moderna envolve satélites, mísseis de precisão e soberania cibernética.

O Irã precisa abandonar softwares e tecnologias ocidentais para impedir espionagem.

GPS chinês e capacidades anti-satélite são chave na nova estratégia militar do Irã.

🔶 Reflexões Críticas e Contextualização

Geopolítica não é um jogo de xadrez estático, mas de múltiplos tabuleiros em movimento.
A visão de Sleboda e Haiphong aponta para um mundo multipolar emergente, mas ignora nuances internas dos próprios aliados. Irã, Rússia e China têm interesses estratégicos convergentes, mas também desconfianças históricas e diferentes modelos internos.

A crítica ao Ocidente, embora justa em vários pontos, precisa ser equilibrada.
Sim, os EUA têm histórico de intervenções neocoloniais e guerras injustificadas. Porém, a análise do vídeo corre o risco de idealizar excessivamente os blocos alternativos, como se fossem salvadores imaculados da humanidade.

O Irã como epicentro de um conflito iminente?

A ideia de que o Irã será o próximo alvo central da guerra híbrida do Ocidente é plausível, dado seu papel central no Eixo da Resistência (Irã, Síria, Hezbollah, Hamas). Mas a guerra total com Israel implicaria uma escalada de consequências imprevisíveis, inclusive para EUA e aliados.

Palestina e a tragédia anunciada

A análise reforça a denúncia do genocídio palestino, mas também aponta um possível “abandono” pragmático da causa pelos grandes players mundiais. Isso ressoa com o que muitos analistas dizem: Palestina virou “moeda de troca” ou “carta fraca” no jogo dos impérios.

Soberania digital e militarização do espaço

A guerra moderna passa por controle de dados, redes, inteligência artificial e espaço. A soberania digital do Irã se desocidentalizada seria um trunfo, mas é difícil de implementar. O uso de GPS chinês e armas guiadas por IA e satélites coloca um novo patamar na guerra de coalizões.

 Conclusão: a encruzilhada multipolar

O vídeo propõe uma leitura urgente: o mundo está à beira de um novo paradigma multipolar, onde Rússia, China e Irã precisam superar desconfianças e formar uma aliança efetiva (militar, tecnológica e estratégica) para evitar a dominação total pela ordem unipolar ocidental. Qualquer hesitação, dizem, poderá custar a destruição não só desses países, mas de projetos civilizatórios inteiros, como o da Palestina.

Mas esse novo eixo também precisa se reinventar, superar visões autoritárias e garantir que a multipolaridade não seja apenas a troca de um império por três.

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