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domingo, 6 de julho de 2025

🌐 BRICS no Rio de Janeiro: da Desdolarização à Governança de Inteligência Artificial

 BRICS no Rio de Janeiro: da Desdolarização à Governança de Inteligência Artificial

Introdução
Entre 5 e 7 de julho de 2025, a 17ª Cúpula dos BRICS reuniu no Rio de Janeiro lideranças de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de convidados de Argentina, Etiópia, Emirados Árabes e outros. Sob a presidência rotativa do Brasil, o encontro reforçou o compromisso com uma ordem mundial multipolar, avançou na expansão do bloco e lançou iniciativas em finanças, sustentabilidade e tecnologia.

1. Desdolarização e Crítica ao “Dólar‑Arma”

Sergey Lavrov, chanceler da Rússia, mais uma vez denunciou o uso político do dólar: “Ele funciona como arma de coerção” e justificou a urgência de sistemas de liquidação alternativos.

Em resposta, os BRICS aprovaram acelerar pilotos de moeda digital inter-bloco (BRICS Coin) e uma plataforma de liquidações multilaterais que inclua real, yuan, rúpia, rand e outras moedas, reduzindo vulnerabilidades a sanções unilaterais.

2. Expansão do Banco dos BRICS sob Dilma Rousseff

Colômbia e Uzbequistão foram confirmados como novos membros do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), elevando o alcance do banco a mais de 10 países.

Dilma, presidenta do NDB, recordou sua trajetória,  da tortura política ao Palácio do Planalto e agora à governança global, para sublinhar a vocação do banco: financiar projetos de infraestrutura, energia limpa e inclusão social que efetivamente beneficiem populações locais.

3. Governança de Inteligência Artificial

Lula da Silva presidiu a plenária sobre tecnologia e destacou a Declaração sobre Governo da Inteligência Artificial aprovada pelos BRICS:

Novas tecnologias devem operar “dentro de um modelo justo, inclusivo e equitativo”.

O documento prevê diretrizes para ética em IA, proteção de dados pessoais e expansão de acesso a soluções inteligentes em saúde, educação e agricultura.

Foi anunciado o futuro Laboratório de IA dos BRICS, que terá rodízio de sede entre os países membros e buscará desenvolver aplicações que aliviem desigualdades regionais.

4. Finanças Verdes e Sustentabilidade

Fundo Florestas Tropicais para Sempre recebeu aporte adicional de US$ 2 bilhões do NDB, com metas de conservar bacias críticas na Amazônia, no Congo e na Taiga russa até 2030.

Linhas de crédito específicas para energia renovável, segurança hídrica e transporte sustentável foram ampliadas para atender 30 novos projetos até 2028.

5. Multipolaridade como Realidade Inevitável

Em diversas falas, repetiu‑se que a multipolaridade não é uma opção ideológica, mas um curso histórico:

Putin (por videoconferência) e Lavrov afirmaram que resistir ao ocidente unipolar é imperativo para preservar soberania.

Lula e Modi defenderam a reforma do Conselho de Segurança da ONU, incluindo novos membros permanentes da África, Ásia e América Latina.

6. Tecnologia, Saúde e Cultura Popular

Além da IA, firmou‑se um Centro de Cibersegurança e um Fundo de Resposta Antiepidêmica de US$ 2 bilhões, capitalizado pelo NDB para emergências sanitárias.

No Sambódromo, o BRICS Fest Brasil celebrou a diversidade cultural, estreitando laços por meio de música, dança e gastronomia dos cinco continentes representados.

Conclusão
A Cúpula dos BRICS no Brasil marcou um passo decisivo rumo a um sistema global mais equilibrado. Da desdolarização à governança de IA, os países emergentes alinharam-se para enfrentar os desafios do século XXI, ampliando o bloco e fortalecendo mecanismos que promovam justiça social, inovação tecnológica e respeito à soberania.

E você? Quais dessas iniciativas, desdolarização, expansão do NDB, governança de IA ou fundos verdes, você considera mais transformadoras? Deixe sua opinião nos comentários!

 

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