Por Luis Moreira Oliveira Filho
Para o blog Olhos do Sertão
O governo brasileiro precisa deixar COP30, G20 e G7 em segundo
plano.
Não porque as pautas ambientais e
econômicas globais sejam irrelevantes — mas porque esses fóruns têm servido historicamente para manter a subordinação dos
países do Sul, oferecendo discursos vazios, promessas que não se cumprem
e políticas que favorecem apenas os interesses das grandes corporações do Norte
global.
Enquanto isso, os BRICS representam a única possibilidade
concreta de edificação de um projeto nacional de desenvolvimento, com soberania
e reindustrialização.
Os fóruns da diplomacia de espetáculo
A COP30 que será realizada em
Belém do Pará promete ser o "evento
verde do século". Mas o que virá
depois dos aplausos e dos discursos? Financiamento climático real?
Tecnologia limpa transferida aos países do Sul? Perdão de dívidas ecológicas?
Nada disso tem saído do papel.
O G20 e o G7, por sua vez, são clubes de poder que não admitem a
multipolaridade. São palcos onde o Brasil é tolerado, não como igual, mas como parceiro útil e
exótico — desde que não questione as regras.
Os BRICS como espaço real de alternativa
Com China, Rússia, Índia, África
do Sul e os novos membros do BRICS+, o Brasil encontra:
- Países com trajetória de
industrialização tardia, como a nossa;
- Interesse comum na quebra do sistema financeiro baseado no
dólar;
- Propostas reais de cooperação científica, tecnológica e
energética;
- Um espaço para disputar a geopolítica global com voz
própria.
Aqui, reindustrializar não é utopia é projeto viável.
Reindustrializar é libertar
📣 Lula, o povo quer um projeto nacional
A diplomacia precisa deixar de ser
espetáculo e voltar a ser instrumento de soberania econômica, tecnológica e social.
É hora de:
- Fortalecer o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB),
sob liderança de Dilma Rousseff;
- Criar com os BRICS um fundo de reindustrialização soberana
para o Brasil e América do Sul;
- Investir em IA, semicondutores, defesa e tecnologias
verdes com transferência de conhecimento;
- Organizar um Congresso Popular da Reindustrialização
com sindicatos, universidades e movimentos sociais.
Conclusão
A escolha é urgente. E
profundamente política.
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