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domingo, 13 de fevereiro de 2011

EUA usam “democracia” para legitimar invasões internacionais





Um dos termos mais utilizados na retórica da política internacional, ao lado de paz e guerra, é democracia. Traduzida e manipulada pelos mais diferentes interesses e grupos políticos, a palavra pode ser levada a extremos como ao justificar a invasão norte-americana ao Iraque em 2003 ou a Guerra Contra o Terror de 2001 do Afeganistão em 2001.

Por Cristina Soreanu Pecequilo*


Para os Estados Unidos (EUA), trata-se de motivação de uso corrente para legitimar intervenções externas para o seu público interno e que ultrapassa fronteiras. Mesmo com o patente unilateralismo de George W. Bush, alguns veículos e analistas chegaram a definir este momento como o início de uma “Primavera dos Povos” para o Oriente Médio, similar a 1989 na Europa Oriental.


Obama ganha Nobel da Paz 2009 após visitar o ditador Mubarak



Uma coisa que o século XXI está ensinando, dentro das contradições  entre os países dominados e dominadores, são os conceitos de ditaduras, democracias, pacifismo e terrorismo.

De repente o mundo descobre que lá no Oriente Mèdio existe ditaduras sangunárias e mais: que são sustentadas com dinheioro estadunidenses. 

O mundo comemora a queda de mais uma ditadura obscena sustentada pelos EUA.

Há uma coisa muito interessante no mundo. De repente o povo está percebendo que é mais forte do que canhões e o império dos EUA que sustenta os seus interesses no mundo com sangue e tortura.


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Vamos acabar com a construção de hidrelétricas neste país.


Se é para ser contra a hidrelétrica de Belo Monte, vamos lutar para que nenhuma hidrelétrica neste país seja construída. E convido a todos para voltar ao tempo da lamparina, como caminho para redução do consumo de energia neste país.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Com o desespero dos EUA e da EUROPA, o Brasil precisa da bomba?

Dizem as más línguas que FHC não governou o país porque ficou de quatro para Bil Pinto.

  

A elite brasileira aceita com impávida resignação o papel reservado ao País há quase um século, de súdito do Império. (...) Para citar eventos recentíssimos, me vem à mente a foto de Fernando Henrique Cardoso, postado dois degraus abaixo de Bill Clinton, que lhe apoia as mãos enormes sobre os ombros, em sinal de tolerante proteção e imponência inescapável.
Do jornalista Mino Carta na revista Carta Capital, desta semana.

Há um sentimento de que EUA e EUROPA terão um longo inverno  de trovoadas e relâmpagos em suas economias.

E questão da crise que será longa tem desesperado os seus líderes, diante do crescimento dos países emergentes de um lado, de outro da perda de influência e liderança no mundo. 

Por que a política externa do Brasil atrapalha os EUA no Oriente Médio?

Meus amigos e minhas amigas, 

De repente o mundo "descobriu" que no Oriente Médio tem ditaduras violentas. E também descobriram a mídia mundial sintonizada com interesses dos EUA e de Israel também "esqueceram" estas ditaduras com os seus respectivos ditadores e suas Monarquias autocráticas. 

FHC SE ESPONJA NA SALIVA DA TURMA DO CORTA-CORTA

Em artigo exclamativo publicado neste domingo na mídia demotucana, o ex-presidente FHC, o mesmo que levou o Brasil 3 vezes ao guichê do FMI, faz coro à turma do corta-corta e enxerga no governo Dilma um "reconhecimento maldisfarçado da necessidade de um ajuste fiscal". Fiel ao anti-sindicalismo raivoso de sua agremiação, o tucano vê na estratégia do corta-corta um atalho para a instalação de uma promissora zona de conflito entre o governo Dilma e as centrais sindicais, que o campeão de popularidade em Higienópolis trata pejorativamente com o mesmo linguajar da extrema direita udenista: "Os pelegos aliados do governo que enfiem a viola no saco, pois os déficits deverão falar mais alto do que as benesses que solidarizaram as centrais sindicais com o governo Lula",diz o tucano. No arremate, ainda lamenta a 'pressa' em decretar a soberania brasileira nas reservas do pré-sal: "Por que tanta pressa para capitalizar a Petrobras e endividar o Tesouro com o pré-sal em momento de agrura fiscal? As jazidas do pré-sal são importantes, mas deveríamos ter uma estratégia mais clara sobre como e quando aproveitá-las..." Seria ' mais claro', talvez, aproveitá-las como fez o seu governo em relação ao minério de ferro brasileiro, entregando-o aos mercados juntamente com a Vale, por uma soma equivalente a um trimestre de lucros da empresa? Chega a ser paradoxal o manuseio pejorativo do termo 'peleguismo' por um ex-presidente que tão bons serviços prestou aos capitais, em detrimento da população que o elegeu.
(Carta Maior, domingo, 06/02/2011)




Uma grande vitória de Anderson Silva sobre Vitor Belfort


Segal: quando o cinema supera a realidade


Steven Segal, o ator, ensinando a Anderson Silva (Anderson, tido como um dos maiores lutadores da atualidade, venceu Vitor Belfort hoje, por nocaute, no primeiro assalto, com um chute que lhe foi ensinado por Segal, isto dito por Anderson). Anderson detém o cinturão dos médios. Esse Segal conhece mesmo de luta.
Comentário
Sempre considerei Steven Segal um canastrão de gestos lentos, de um estilo só eficaz no cinema.
Surpreendi-me anos atrás, quando foi elogiado por Eder Jofre.
Agora essa informação do Ramalho, de que o maior campeão do Ultimate FLighting Championship, o brasileiro Anderson Silva, foi influenciado por Segal.

UFC: Anderson Silva venceu Vitor Belfort por nocaute no primeiro assalto

Luiz Filipe Barboza - enviado especial
Anderson Silva acerta o chute que derrubou Vitor Belfort - Foto: AP
LAS VEGAS (EUA) - Durou só três minutos e 25 segundos a luta do século no UFC 126. O campeão mundial do peso médio, Anderson Silva, nocauteou Vítor Belfort com um chute impressionante de perna esquerda, que explodiu no queixo do adversário ainda no primeiro round. Abatido pelo golpe, o desafiante desabou no octógono, sendo atingido ainda por mais dois socos que fizeram sua cabeça bater no chão, antes que o árbitro, o também brasileiro Mário Yamasaki, interrompesse o combate.
Anderson superou seus próprios recordes, chegando agora a oito defesas de títulos e 13 vitórias em sequência, marcas jamais vistas no Ultimate Fighting Championship. As 12 mil pessoas que lotaram o centro de eventos do Mandalay Bay Resort, em Las Vegas, e quem ficou acordado de madrugada no Brasil para acompanhar pela TV testemunharam a atuação de um atleta que hoje parece imbatível e próximo da perfeição. Sem dúvida, um combate histórico.
- A gente treinou muitas situações para esta luta, e o chute foi uma delas. Mas ninguém é imbatível. Isso é resultado de treino, dedicação - declarou o campeão, criticado frequentemente pela arrogância mas que teve comportamento ético e adotou discurso de humildade após a vitória.
Anderson Silva e Vítor Belfort começaram a luta demonstrando respeito mútuo e cautela. Nos primeiros dois minutos e meio praticamente não houve ação. Os dois gingavam com as guardas altas e apenas esperavam. Quando parte da plateia ensaiou uma vaia, Vítor tomou a iniciativa e chegou a acertar Anderson com o punho esquerdo, sem, porém, encaixar bem o soco. Anderson reagiu tentando derrubar o adversário e ocorreu então o primeiro contato de fato entre os dois lutadores. Nas arquibancadas, enfeitadas pelos torcedores com bandeiras do Brasil e de clubes de futebol do país, os espectadores vibraram. Segundos depois, reagiram com um som de espanto coletivo. Anderson acertou o chute que vazou a guarda de Vítor e o atirou ao chão. O dono do cinturão dos médios surpreendeu não só o rival, naquele instante já sem qualquer defesa. Deixou toda a plateia atônita com a rapidez e a precisão de sua canhota.
Anderson Silva comemora a vitória. Foto: AP
 - Ele brincou, foi a noite dele, está de parabéns. Eu até comecei bem, mas infelizmente minha luta não aconteceu. Eu gostaria muito de seguir na luta - elogiou e lamentou Vítor.
A explosão de alegria de Anderson com o nocaute foi em forma de uma pequena corrida no ringue e um salto sobre um dos braços do octógono. Mas logo em seguida veio o gesto esportivo que arrancou aplausos até mesmo daqueles que o vaiaram quando entrou na arena. Anderson voltou-se para onde estava Vítor, ainda no chão e atordoado, sendo atendido pela sua equipe. O mais jovem campeão da história do UFC (conquistou o título aos 19 anos) precisou de mais de um minuto para recuperar a exata consciência de onde estava e do que fazia ali. Anderson o abraçou, falou algo em seu ouvido e colocou fim a uma semana inteira de provocações e rancor (leia aqui sobre a guerra de palavras antes da luta) . No fim, venceu o esporte, com a postura elegante do campeão.
- Não tenho nada contra o Vítor, mas ele quebrou um código de honra. Minha equipe, o Nogueira Team, é a minha família, e Vítor foi muito bem recebido nela - lembrou Anderson, citando o tempo em que os dois treinaram juntos. - Temos um código de que nenhum de nós luta contra a gente. Infelizmente tivemos que lutar, ele escolheu esse caminho - acrescentou.
 A bomba que detonou a esperança de Belfort de recuperar o cinturão do UFC foi fruto de muito treinamento. Anderson contou que repetiu o golpe exaustivamente durante a preparação. Agradeceu a toda sua equipe e dedicou a vitória a seus treinadores e mestres. Um, em especial, mereceu citação: Steven Seagal, o ator de Hollywood e mestre em artes marciais. Anderson treinou com Seagal e instantes antes da luta deste domingo recebeu dicas. 
Vitor Belfort cai no primeiro round. Foto: AP
- Ele e mestre Pedro Rizzo me corrigiram algumas posições do chute no vestiário. Funcionou - explicou, sorridente.
Seagal revelou que chamou atenção de Anderson para os instantes iniciais da luta:
- Eu disse para ele ter atenção especial com os três primeiros minutos, e que tivesse paciência para trabalhar o chute. Ele soube esperar e o chute entrou - resumiu. - Tenho muito orgulho do Anderson, é um lutador espetacular - completou o astro, que se celebrizou por filmes de ação com pontapés em profusão.
Após a luta, ainda no octógono, Anderson vestiu a camisa do Corinthians, time do coração. E mandou um recado para o atacante Ronaldo, alvo de críticas dos torcedores corintianos após a eliminação do clube na disputa da Pré-Libertadores:
- A gente está o tempo todo se superando, assim como ele. Ronaldo, estamos juntos!
A performance de Anderson Silva impressionou o presidente do UFC, o americano Dana White. Ele disse que o campeão só pode ser superado atualmente no videogame. O dirigente confirmou haver a intenção de que a próxima luta do brasileiro seja contra o campeão dos meio-médios no UFC, o canadense Georges Saint-Pierre, que subiria de categoria se confirmar seu título em seu próximo combate.
- Vai ser engraçado de novo - disse Anderson, repetindo um bordão que adotou antes do combate com Belfort.
Outro brasileiro em ação no UFC 126, o paraibano Carlos Eduardo Rocha, o "Tá Danado", perdeu por decisão dividida dos juízes para o americano Jake Ellenberger. "Tá Danado", que ainda não tinha sofrido derrota na carreira no MMA (artes marciais mistas, na sigla em inglês), considerou o resultado injusto no confronto, válido pelo peso meio-médio. Nas outras lutas do card principal, o ex-campeão dos plumas Miguel Torres derrotou Antonio Banuelos por decisão unânime dos juízes. Da mesma forma foi a vitória de Forrest Griffin sobre Rich Franklin nos médios. E pela categoria meio-pesado, Jon Jones superou por finalização o também americano Ryan Bader. Com a contusão de Rashad Evans, que enfrentaria o campeão mundial Maurício Shogun Rua no UFC de 19 de abril, Jones ganhou a oportunidade de desafiar o brasileiro daqui a seis semanas.   

Continuidade e Novidade – Dilma vai na esteira de Lula, mas também mostra seu próprio estilo



por Mino Carta.
Converso com Lula há mais de 33 anos, quando Lula era apenas apelido. Todas as qualidades dele saíram de São Bernardo e o Brasil aprendeu a conhecê-las e a admirá-las. E o mundo, até. Hoje ele gosta de falar de sua sucessora, de evocar o passado e de expor os sentimentos de quem tem de “desencarnar”. O verbo recorre em sua boca porque o esforço para adaptar-se à nova vida causa alguma ventania entre o fígado e a alma.
A respeito de Dilma, ele é o primeiro a reconhecer o quanto ela foi indispensável ao êxito do seu governo e a revelar ter visto nela a sua candidata ainda no final do primeiro mandato. O que, confesso, muito me agrada: foi quando me atirei a apostar nesta escolha e a escrever a respeito. A partir, para ser exato, do momento em que ela substituiu José Dirceu na Casa Civil. Ali, Dilma mostrou por completo a que viera.
Lula conta deste período episódios muito indicativos da personalidade da sucessora. Cabia a ela organizar as reuniões do ministério, pronta a interrompê-las ao meio da fala de um ministro, para dizer, em tom peremptório, embora pacato: “Presidente, não é nada disso, o senhor ministro está dourando a pílula, de verdade a situação é outra”. E desfiava então os fatos na sequência exata e fornecia a interpretação correta.
Tratou-se claramente de uma parceria afinadíssima, que de alguma forma se mantém, garantida, em primeiro lugar, pela continuidade. Hoje Lula se ri de quem imaginou seu retorno em 2014: ele não tem dúvidas sobre o excelente desempenho de Dilma, pelo qual ela se habilitará com todos os méritos à reeleição. A continuidade é certa, mas as situações mudam naturalmente, de sorte a justificar adaptações, retoques, acertos, esperados de um governo efetivamente novo e em harmonia com a personalidade de Dilma.
A presidenta exibe amiúde características que não se encaixam no estereótipo brasileiro, digamos assim. Senso de responsabilidade profundo, discrição extrema, entronização de uma pontualidade insólita nas nossas latitudes. Há jornalistas dispostos a prever mudanças na política externa em relação àquela de Lula. Apressam-se, creio eu. Aposto, isto sim, em definições mais nítidas na política dos Direitos Humanos, o que já permitiu a Dilma condenar ao mesmo tempo transgressões cometidas em Cuba e nos EUA.
(...)

As estratégias do PIG e suas ejaculações precoces para o 2014.



Está clara a estratégia inicial do PIG (Organizações Globo, Folha, Estadão, Veja e seus capatazes como Josias, Noblat e outros para as eleições de 2014. 

1. Desconstruir o Lula - eles sabem que Lula, nos seus 90% de popularidade, é quase imbatível. Neste momento é preciso vender a idéia para o povo brasileiro de que Lula deixou uma herança maldita para Dilma. 


Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PIG, Partido da Imprensa Golpista.” (Paulo Henrique Amorim)

Nesta primeira tese é importante disseminar que Lula deixou muitas dívidas para a sua sucessora (foi um governo mal gastador e muito irresponsável).

Importante lembrar que esta mídia lambe-bundas do imperialismo ianque é filha bastarda, não tem pátria, não tem vergonha. 

Noblat e Josias são prostitutas baratas que apostam na ejaculação precoce de de um parte dos  brasileiros para fecundar as teses do PIG. 

Na verdade estas prostitutas do PIG também não têm pudor, escrúpulos ou alguma coisa que vale a pena gastar alguma tinta para comentar as suas asneiras. 

2. Reconstruir FHC - aqui a mais difícil das tarefas do PIG, no entanto, setores da mídia golpista, que sustentaram a ditadura militar como as Organizações Globo. Folha, Veja, não têm outra alternativa, a não ser caminhar por estes caminhos tortuosos, de abrir espaços para que FHC fale suas imbecialidades sem sentido.


Ele agora está defendendo o ditador Mubarak de que pior é uma ditadura islâmica, sem antes considerar os interesses e vontade do povo egípcio, sem emprego e derramando sangue de seus filhos para libertar o seu país desta figura insana e imbecilizada pelos interesses estadunidenses. 

Eduardo Guimarães em seu blog da cidadania fala da tentativa destes setores da mídia - conhecido por PIG - para exumar FHC escondido em seu  sarcófago nas campanhas de 2002 a 2010. 

Os seus aliados não têm coragem para defender o seu "legado" de destruição deste país, apenas o PIG. 





 
A elite brasileira aceita com impávida resignação o papel reservado ao País há quase um século, de súdito do Império. (...) Para citar eventos recentíssimos, me vem à mente a foto de Fernando Henrique Cardoso, postado dois degraus abaixo de Bill Clinton, que lhe apoia as mãos enormes sobre os ombros, em sinal de tolerante proteção e imponência inescapável.
Do jornalista Mino Carta na revista Carta Capital, desta semana.


Apenas a Rede Globo, Folha, Veja e assemelhados, amparados nas edições de seus jornais, têm "coragem" para defender o legado de FHC, mesmo porque aposta "na ejaculação precoce de alguns brasileiros". 


Vejam bem, este setores da mídia continuam sustentando as promessas vazias de Serra durante a campanha eleitoral. Em nenhum momento questionaram o referido candidato de onde tirará dinheiro para pagar o salário mínimo  de 600,00 para os trabalhadores, sem quebrar o país. 



 Na verdade, as promessas de SERRA, durante a campanha eleitoral, custariam mais de 60 bilhões, uma vez e meia uma CPMF de um ano. 



FHC é uma figura sórdida, sem amor próprio, mas cheio de vaidades. Entendo que deixou de governar o país porque ficou enebriado pelo poder e pela admiração ao "Bil Pinto"

Enquanto isso, os  "Cabeças de Planilha" - título de um livro de Luis Nassif, ficaram ricos com informações privilegiadas do Banco Central Brasileiro. 


E para reconstruir FHC vale tudo, vale entrevistas combinadas nos mais diversos canais de comunicação do PIG para espalhar as suas teses de que o governo Lula navegou nas política econômicas e sociais do demotucano em referência. 





No entanto, o PIG sabe que o grupo demotucano é antropófago e que está envolvido pelo espólio,  sabe-se lá de quem. 


Sabe o que mais me dá nojo nas colunas destas prostitutas sem futuro, é que produzem nada que venha contribuir para o debate político, apenas para sustentar suas teses medíocres e sem futuro. 


O PIG sabe que não tem chance nas duas hipóteses - reeleição de Dilma fortalecida pelas políticas do seu primeiro mandado, ou pela disputa com Lula. 


E o desespero diante destes cenários para 2014 é desesperador para quem está perdendo audiência, anunciantes, leitores e principalmente dinheiro. 


Entenda aqui o que é e como atua o Partido da Imprensa Golpista. 



Bem, ainda vejo a letargia dos companheiros na Câmara e no Senado em defender o legado de Lula e o próprio governo Dilma. 

Infelizmente o PT não é um PSDB, mas vive com as brigas intestinais, onde às vezes atrapalha o próprio partido e por tabela o governo. 

Lula sofreu muito mais no Senado pela incapacidade de nossos senadores em rebater as ofensivas de Tasso, Agripino, Artur, Herácrito, etc., do que propriamente pela insuficiência da maioria. 

E continuo achando que a fraqueza do governo Dilma possa estar nestas lutas intestinais de companheiros que ainda compreenderam o sentido de ser  governo e o sentido de governar um país da complexidade do nosso. 

E o PIG sabe que o mérito da vitória de Lula em 2010  foi sua capacidade de aglutinar um grupo grande apoiando a vitória de Dilma nestas eleições. 

E sabe que é preciso fomentar brigas entre PT, PMDB e aliados para dividí-los e enfraquecê-los em 2014. 

E portanto, vem a mais importante estratégia:

3. Semear a divisão entre os partidos aliados do governo Dilma - O PIG sabe que o PMDB e alguns não são tão confiáveis assim. E apostarão na divisão com prelúdio para o lançamento do "agluninador" Aécio. 

E penso que o candidato do PIG será o Aécio, mas até lá tentará dividir o PMDB, ou trazer totalmente para o PSDB. E como?

Aí estará a maior jogada política - o PMDB de São Paulo, a  começar pela entrada de Kassab e outras figuras maiores como o governador de Santa Catarina. 

E a estratégia é encher o PMDB de aliados de Aécio, ou inflá-los dentro do partido, ou trazer o velho PFL chamado de DEM para dentro do PMDB. 

E para mim o PMDB poderá ser seduzido pelo PIG no sentido de construir uma ampla coligação PSDB-PMDB-PPS-PV-PTB-PP-PDT-PSB e pequenas siglas. 

Todos estes partidos não são confiáveis porque são compostos de políticos conservadores e da direita deste país, com raras exceções de alguns militantes e partidários. 

Este é o sonho do PIG para 2016, mas mesmo assim, ainda aposta na vitória de Dilma, pelo grande governo que será - a conferir, no entanto tudo é ainda ejaculações precoces do PIG. 

sábado, 5 de fevereiro de 2011

EUA querem manter o "velho amigo ditador Mubarak" contra a vontade da maioria do povo egípcio.

Sinto nojo da hipocrisia do governo americano sobre os conceitos de democracia e ditaduras. Como já disse aqui, o hipócrita governo norte -americano não tem amigos e aliados, mas interesses a defender. 

Aqui na América Latina ajudaram a implantar ditaduras violentas contra governos democraticamente eleitos. 

Aqui tivemos um governo submisso que foi o governo FHC que deixou o nosso país de joelhos perante ao FMI e ao próprio governo imperialista dos EUA. 

Com certeza, os conceitos de terrorista, de democracia, de ditadura  naõ são os mesmos que aprendi durante toda a minha vida. 

Agora, eles querem manter um governo de transição para evitar a revolução do povo egípcio, que não tem liderança alguma.

Veja a imagem de FHC e seu ídolo "Bil Pinto" . Ela fala por si, (um governo submisso e sem projeto de Nação - um governo que deixou o país de quatro diante do Bil Pinto.
Na verdade, FHC ficou de quatro diante do "Bil Pinto".

 
A elite brasileira aceita com impávida resignação o papel reservado ao País há quase um século, de súdito do Império. (...) Para citar eventos recentíssimos, me vem à mente a foto de Fernando Henrique Cardoso, postado dois degraus abaixo de Bill Clinton, que lhe apoia as mãos enormes sobre os ombros, em sinal de tolerante proteção e imponência inescapável.
Do jornalista Mino Carta na revista Carta Capital, desta semana.

A história ainda mostrará o governo norte americano e de Israel lutando nos bastidores para manter o ditador no poder. 

Na Folha de São Paulo você pode constatar que  EUA defendem a permaneência de Mubarak contra a vontade do povo egípicio que derramando sangue pelo sonho de uma pátria livre e democrática.

Enquanto tivermos no mundo governos submissos aos interesses dos terroristas norte-americanos, não teremos paz alguma. 

Os EUA levaram democracia ao Iraque através de bombas e canhões e querem manter o ditador Mubarak através do sangue do povo sofrido do Egito.

Quando as empresas preferem os ditadores à democracia


O Egito foi o segundo grande receptor de ajuda externa dos Estados Unidos durante décadas, depois de Israel (sem contar os fundos gastos nas guerras e ocupações do Iraque e Afeganistão). O regime de Mubarak recebeu cerca de 2 bilhões de dólares ao ano desde que assumiu o poder, em sua imensa maioria para as forças armadas. Onde foi parar esse dinheiro? Em geral, foi para empresas estadunidenses. O dinheiro vai para o Egito e logo volta para pagar aviões F-16, tanques M-1, motores de aviões, mísseis, pistolas e latas de gás lacrimogêneo. O artigo é de Amy Goodman.

“As pessoas levavam um cartaz que dizia ‘Para: Estados Unidos. De: Povo egípcio. Deixem de apoiar Mubarak. Ele acabou!” – dizia o twitter de meu valente colega e produtor em chefe de Democracy Now!

Mais de dois milhões de pessoas se manifestaram naquele dia em todo o Egito: a maioria delas inundaram a praça Tahrir, no Cairo. Tahrir, que significa “libertação” em árabe, se converteu no epicentro do que parece ser uma revolução em grande medida pacífica, espontânea e sem líderes no país mais povoado do Oriente Médio. Este incrível levante que desafio o toque de recolher militar, foi conduzido pelos jovens, que constituem a maior parte dos 80 milhões de habitantes do país. Twitter, Facebook e as mensagens de texto de telefones celulares ajudaram esta nova geração a vincular-se e organizar-se, apesar de viver há três décadas em uma ditadura apoiada pelos Estados Unidos.

Em resposta, o regime de Mubarak, com a ajuda de empresas estadunidenses e europeias, cortou o acesso à Internet e restringiu o serviço de telefonia celular, deixando o Egito em uma situação de obscuridade digital. C.W. Anderson comentou a respeito de se o que estava ocorrendo no Oriente Médio era uma espécie de revolução do Twitter: “não é a tecnologia, mas sim as pessoas que fazem a revolução”.

As pessoas nas ruas exigem democracia e autodeterminação. Sharif viajou para o Egito à noite, em um terreno incerto. As odiadas forças de segurança do Ministério do Interior e a polícia de camisas negras leais ao presidente Hosni Mubarak estavam reprimindo e matando gente, prendendo jornalistas, quebrando e confiscando câmeras. No sábado pela manhã, Sharif se dirigiu à praça Tahrir. Apesar do bloqueio da internet e das mensagens de texto, Sharif, talentoso jornalista e gênio da tecnologia, achou rapidamente uma maneira de publicar mensagens no twitter desde a praça Tahrir: “Que cena assombrosa: estão passando três tanques carregados de gente que grita “Fora Hosni Mubarak!”.

O Egito foi o segundo grande receptor de ajuda externa dos Estados Unidos durante décadas, depois de Israel (sem contar os fundos gastos nas guerras e ocupações do Iraque e Afeganistão). O regime de Mubarak recebeu cerca de 2 bilhões de dólares ao ano desde que assumiu o poder, em sua imensa maioria para as forças armadas. Onde foi parar esse dinheiro? Em geral, foi para empresas estadunidenses. Pedi a William Hartung, da New America Foundation, que explicasse isso:

“É uma forma de bem estar empresarial para empresas como Lockheed Martin e General Dynamics, porque o dinheiro vai para o Egito e logo volta para pagar aviões F-16, tanques M-1, motores de aviões, todo tipo de mísseis, pistolas, latas de gás lacrimogêneo de uma empresa chamada Combined Systems International, cujo nome figura nas latas achadas nas ruas do Egito”.

Hartung acaba de publicar um livro, “Os profetas da guerra: Lockheed Martin e a criação do complexo militar industrial”. Continuou dizendo:

“Lockheed Martin encabeçou acordos de 3,8 bilhões de dólares nestes últimos dez anos; a General Dynamics de 2,5 bilhões para tanques; a Boeing de 1,7 bilhões para mísseis e helicópteros e a Raytheon para todo tipo de mísseis para as forças armadas. Então, basicamente este é um elemento fundamental destinado a manter o regime, mas grande parte do dinheiro se recicla. Os contribuintes poderiam simplesmente dar o dinheiro diretamente para a Lockheed Martin ou a General Dynamics”.

De maneira similar, a “chave geral” para bloquear a Internet e os telefones celulares no Egito foi ativada com a colaboração de empresas. A empresa Vodafone (gigante mundial da telefonia celular, proprietária de 45% das ações da Verizon Wireless nos Estados Unidos), com sede na Inglaterra, tentou justificar-se em um comunicado de imprensa: “Estava claro que Vodafone não tinha opções legais nem práticas, mas sim que devia satisfazer as exigências das autoridades”.

Narus, uma subsidiária da Boeing Corporation, vendeu equipamentos ao Egito para permitir uma “inspeção profunda de pacote” (DPI, em sua sigla em inglês), segundo Tim Karr, do grupo de política de mídia Free Press. Karr disse que a tecnologia da Narus “permite às empresas egípcias de telecomunicações ver as mensagens de texto dos telefones celulares e identificar o tipo de vozes dissidentes que existem. Também fornece ferramentas tecnológicas para localizar essas mensagens geograficamente e rastreá-las”.

Mubarak prometeu não se apresentar como candidato à reeleição em setembro. Mas o povo do Egito exige que ele saia agora. Como durou 30 anos? Talvez isso possa ser explicado melhor quando consideramos uma advertência feita por um general do exército dos EUA há 50 anos, o presidente Dwight D. Eisenhower, que disse: “Devemos tratar de evitar que o complexo militar-industrial adquira influência injustificada, seja ela buscada ou não”. Esse complexo mortal não é um perigo apenas para a democracia em nível nacional, mas também quando apoia déspotas no estrangeiro.

Tradução: Katarina Peixoto
Sharif Abdel Kouddous, desde as ruas do Cairo.

A morte de Barack Obama




Por Eduardo Guimarães

Apesar de continuar respirando, caminhando, falando e tudo o mais que faz qualquer ser vivente, Barack Obama está morto. Faleceu politicamente devido a uma enfermidade que exterminou a tantos outros líderes políticos americanos: a covardia.


Quando tomou posse como presidente dos Estados Unidos, em janeiro de 2009, pessoas como eu exaltaram as possibilidades e o simbolismo magníficos que envolviam a chegada do primeiro negro à presidência daquele país. Enganamo-nos. Não entendêramos que homem algum governa o império americano.


Obama foi um covarde. Não teve coragem de enfrentar o sistema e, por isso, vai chegando à segunda metade de seu mandato sitiado pela oposição ultra conservadora e atolado em impopularidade crescente, que, inclusive, refletiu-se no recente desastre eleitoral que o seu governo sofreu no poder legislativo.


Seis meses depois da posse, mais especificamente em 4 de junho de 2009, Obama visitou o Egito, quando tirou a foto que ilustra este texto. Naquela oportunidade, fez um longuíssimo discurso, falou em democracia, Estado de Direito etc., tudo em franca confraternização com o ditador Hosni Mubarak, que já chegava ao fim da terceira década no poder.


A foto em questão foi tirada poucos dias antes da crise que explodiria no Irã a partir de 12 de junho de 2009, com os choques de rua que passaram a ocorrer depois que a oposição iraniana não quis aceitar a vitória de Mahmoud Ahmadinejad.


Naquele momento, com a crise política no Irã, onde há uma oposição infinitamente mais vigorosa que no Egito, teve início campanha dos EUA contra Ahmadinejad. Campanha que, ano passado, resultou até em ameaças veladas de intervenção militar no Irã, mas que, ao menos até agora, ficaram apenas nas sanções econômicas.


Já em relação ao Egito, poucos dias antes do agravamento da crise o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, afirmara que os problemas do país só poderiam ser solucionados “pelos próprios egípcios”. E Obama, até o momento, nem cogitou interromper a ajuda militar de bilhões de dólares que o seu governo continua dando àquele regime.


Que esperar de Obama nos menos de dois anos que lhe restam no poder? Nada, por óbvio. Muito provavelmente nem será reeleito. Sempre por covardia, seu governo não promoveu praticamente nenhuma das reformas que o slogan Yes, We Can sugeria que seriam promovidas.
De alguma forma, Obama me lembra de Celso Pitta, o pobre coitado que Paulo Maluf usou para evitar que o PT conquistasse a prefeitura de São Paulo e que chegou a inspirar esperança justamente por ser uma espécie de Obama tupiniquim – bonitão e negro –, mas que foi um imenso desastre. Até por conta da massa falida que herdou do padrinho político.


A eleição de Obama poderia ter sido a redenção dos tão sofridos negros americanos e um presente para o mundo, mas só serviu para reforçar estereótipos racistas. Obama, portanto, está politicamente morto. E afundou abraçado com a esperança que despertou.

A democracia segundo os EUA

Terror do Nordeste


Democracia para os Estados Unidos só é boa quando traz benefício para os americanos.

Amparado neste conceito de democracia, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse neste sábado, na Alemanha, que há uma conjuntura perfeita no Oriente Médio para uma verdadeira "tempestade", desde o desemprego dos jovens a problemas no abastecimento de água e petróleo. Hillary preveniu que o caminho para a democracia no Oriente Médio, que ela apoia, apresenta muitos riscos.

Ora, em Cuba a democracia não apresenta riscos, Já no Egito, velho aliado dos EUA, qualquer manidestação do povo apresenta riscos para a democracia.Vá entender esses americanalhas.

Tunísia, Egito, Marrocos...Essas “ditaduras amigas”

Os nossos meios de comunicação e jornalistas não insistiram durante décadas que esses dois “países amigos”, Tunísia e Egito, eram “Estados moderados”? A horrível palavra “ditadura” não estava exclusivamente reservada no mundo árabe muçulmano (depois da destruição da “espantosa tirania” de Saddam Hussein no Iraque) ao regime iraniano? Como? Havia então outras ditaduras na região? E isso foi ocultado pelos meios de comunicação de nossa exemplar democracia? O artigo é Ignacio Ramonet.

Uma ditadura na Tunísia? No Egito, uma ditadura? Vendo os meios de comunicação se esbaldarem com a palavra “ditadura” aplicada a Tunísia de Bem Alí e ao Egito de Moubarak, os franceses devem estar se perguntando se entenderam ou leram bem. Esses mesmos meios de comunicação e esses mesmos jornalistas não insistiram durante décadas que esses dois “países amigos” eram “Estados moderados”? A horrível palavra “ditadura” não estava exclusivamente reservada no mundo árabe muçulmano (depois da destruição da “espantosa tirania” de Saddam Hussein no Iraque) ao regime iraniano? Como? Havia então outras ditaduras na região? E isso foi ocultado pelos meios de comunicação de nossa exemplar democracia? Eis aqui, em todo caso, um primeiro abrir de olhos que devemos ao rebelde povo da Tunísia. Sua prodigiosa vitória liberou os europeus da “retórica hipócrita de ocultamento” em vigor em nossas chancelarias e em nossa mídia. Obrigados a tirar a máscara, simulam descobrir o que sabíamos há algum tempo (1), a saber, que as “ditaduras amigas” não são mais do que isso: regimes de opressão.

Sobre esse assunto, os meios de comunicação não têm feito outra coisa do que seguir a “linha oficial”: fechar os olhos ou olhar para o outro lado confirmando a ideia de que a imprensa só é livre em relação aos fracos e aos povos isolados. Por acaso Nicolás Sarkozy não teve a altivez de assegurar que na Tunísia “havia uma desesperança, um sofrimento, um sentimento de angústia que, precisamos reconhecer, não havíamos apreciado em sua justa medida”, ao se referir ao sistema mafioso do clã Ben Alí-Trabelsi?

“Não havíamos apreciado em sua justa medida...” Em 23 anos...Apesar de contar, neste país, com serviços diplomáticos mais prolíficos que os de qualquer outro país...Apesar da colaboração em todos os setores da segurança (polícia, inteligência...) (2). Apesar das estâncias regulares de altos responsáveis políticos e midiáticos que estabeleciam ali descomplexadamente seus locais de veraneio...Apesar da existência na França de dirigentes exilados da oposição tunisiana, mantidos marginalizados como pesteados pelas autoridades francesas e com acesso proibido durante décadas aos grandes meios de comunicação... Democracia ruinosa...

Na realidade, esses regimes autoritários foram (e seguem sendo) protegidos de modo complacente pelas democracias europeias, que desprezaram seus próprios valores sob o pretexto de que constituíam baluartes contra o islamismo radical (3). O mesmo argumento cínico usado pelo Ocidente durante a Guerra Fria para apoiar ditaduras militares na Europa (Espanha, Portugal, Grécia e Turquia) e na América Latina, pretendendo impedir a chegada do comunismo ao poder.

Que formidável lição das sociedades árabes revolucionárias aqueles que, na Europa, os descreviam em termos maniqueístas, ou seja, como massas dóceis submetidas a tiranos orientais corruptos ou como multidões histéricas possuídas pelo fanatismo religioso. E agora, de repente, elas surgem nas telas de nossos computadores e televisores (conferir o admirável trabalho da Al-Jazeera), preocupadas com o progresso social, não obcecadas pela questão religiosa, sedentas de liberdade, cansadas da corrupção, detestando as desigualdades e reclamando democracia para todos, sem exclusões.

Longes das caricaturas binárias, esses povos não constituem de modo algum uma espécie de “exceção árabe”, mas sim se assemelham em suas aspirações políticas ao resto das ilustradas sociedades urbanas modernas. Um terço dos tunisianos e quase um quarto dos egípcios navegam regularmente pela internet. Como afirma Moulay Hicham El Alaoui: “Os novos movimentos já não estão marcados pelos velhos antagonismos como anti-imperialismo, anticolonialismo ou antisecularismo. As manifestações na Tunísia e no Egito são, até aqui, desprovidas de todo simbolismo religioso. Constituem uma ruptura geracional que refuta a tese do excepcionalismo árabe. Além disso, esses movimentos são animados pelas novas metodologias de comunicação da internet. Eles propõem uma nova versão da sociedade civil, onde o rechaço ao autoritarismo anda de mãos dadas com o rechaço à corrupção” (4).

Especialmente graças às redes sociais digitais, as sociedades da Tunísia e do Egito se mobilizaram com grande rapidez e puderam desestabilizar o poder em tempo recorde. Ainda antes de os movimentos terem a oportunidade de “amadurecer” e favorecer a emergência de novos dirigentes entre eles. É uma das raras ocasiões onde, sem líderes, sem organizações dirigentes e sem programa, a simples dinâmica da exasperação das massas bastou para conseguir o triunfo da revolução. Trata-se de um momento frágil e, sem dúvida, as grandes potências já estão trabalhando, especialmente no Egito, para que “tudo mude sem que nada mude”, segundo o velho adágio de O Leopardo. Esses povos que conquistaram sua liberdade devem lembrar a advertência de Balzac: “Se matará a imprensa assim como se mata um povo, outorgando-lhe a liberdade” (5). Nas “democracias vigiadas” é muito mais fácil domesticar legitimamente um povo do que nas antigas ditaduras. Mas isso não justifica sua manutenção. Nem deve ofuscar o ardor de derrubar uma tirania.

A derrocada da ditadura na Tunísia foi tão veloz que os demais povos magrebinos e árabes chegaram à conclusão de que essas autocracias – as mais velhas do mundo – estavam na verdade profundamente corroídas e não eram, portanto, mais do que “tigres de papel”. Esta demonstração está ocorrendo também no Egito.

Daí esse impressionante levante dos povos árabes, que leva a pensar inevitavelmente no grande florescimento das revoluções europeias de 1848, na Jordânia, Iêmen, Argélia, Síria, Arábia Saudita, Sudão e também no Marrocos.

Neste último país, uma monarquia absoluta, na qual o resultado das “eleições” (sempre viciado) é decidido pelo soberano, que designa segundo sua vontade os chamados ministros “da soberania”, algumas dezenas de famílias próximas ao trono continuam controlando a maioria das riquezas (6). Os telegramas divulgados por Wikileaks revelaram que a corrupção chega a níveis de indecência descomunal, maiores que os encontrados na Tunísia de Ben Alí, e que as redes mafiosas teriam todas como origem o Palácio. Trata-se de um país onde a prática da tortura está generalizada e o amordaçamento da imprensa é permanente.

No entanto, como na Tunísia de Ben Alí, esta “ditadura amiga” se beneficia da grande indulgência dos meios de comunicação e da maior parte de nossos responsáveis políticos (7), os quais minimizam os sinais do começo de um “contágio” da rebelião. Quatro pessoas se imolaram, incendiando suas próprias vestes. Produziram-se manifestações de solidariedade com os rebeldes da Tunísia e do Egito em Tânger, Fez e Rabat (8). Acossadas pelo medo, as autoridades decidiram subvencionar preventivamente os artigos de primeira necessidade para evitar as “rebeliões do pão”. Importantes contingentes de tropas do Saara Ocidental teriam sido deslocados aceleradamente para Rabat e Casablanca. O rei Mohamed VI e alguns colaboradores teriam viajado a França no dia 29 de janeiro para consultar especialistas em ordem pública do Ministério do Interior francês (9).

Ainda que as autoridades desmintam as duas últimas informações, está claro que a sociedade marroquina está seguindo os acontecimentos da Tunísia e do Egito, com excitação. Preparados para unir-se ao impulso de fervor revolucionário e quebrar de uma vez por todas as travas feudais. E para cobrar todos aqueles que, na Europa, foram cúmplices durante décadas dessas “ditaduras amigas”.

NOTAS

(1) Ler, por exemplo, de Jacqueline Boucher "La société tunisienne privée de parole" e de Ignacio Ramonet "Main de fer en Tunisie", Le Monde Diplomatique, de fevereiro de 1996 e de julho de 1996, respectivamente.

(2) Quando Mohamed Bouazizi se imolou incendiando-se em 17 de dezembro de 2010, quando a insurreição ganhava todo o país e dezenas de tunisianos rebeldes continuavam caindo sob as balas da repressão, o prefeito de Paris, Bertrand Delanoé, e a ministra de Relações Exteriores, Michèle Alliot-Marie consideravam absolutamente normal ir festejar alegremente em Tunis.

(3) Ao mesmo tempo, Washington e seus aliados europeus, sem aparentemente medir as contradições, apoiam o regime teocrático e tirânico da Arábia Saudita, principal sede do islamismo mais obscurantista e mais expansionista.

(4) http://www.medelu.org/spip.php?article711

(5) Honoré de Balzac, Monographie de la presse parisienne, Paris, 1843.

(6) Ler Ignacio Ramonet, "La poudrière Maroc", Mémoire des luttes, setembro 2008. http://www.medelu.org/spip.php?article111

(7) Desde Nicolas Sarkozy até Ségolène Royal, passando por Dominique Strauss-Kahn, que possui um “ryad” em Marrakesh, os dirigentes políticos franceses não têm o menor escrúpulo em passar suas férias de inverno entre estas “ditaduras amigas”.

(8) El País, 30 de janeiro de 2011- http://www.elpais.com/../Manifestaciones/Tanger/Rabat

(9) Ler El País, 30 de janeiro de 2011 http://www.elpais.com/..Mohamed/VI/va/vacaciones y Pierre Haski, "Le discret voyage du roi du Maroc dans son château de l´Oise", Rue89, 29 de janeiro de 2011. http://www.rue89.com/..le-roi-du-maroc-en-voyage-discret...188096
http://www.elpais.com/../Manifestaciones/Tanger/Rabat

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer