Nos últimos dias, ficou evidente que a direita e a extrema-direita – sempre amparadas por seus braços midiáticos e ideológicos – sentiram o impacto do movimento liderado por Lula, o PT, movimentos sociais e setores da esquerda contra os privilégios históricos do Congresso e da elite econômica.
Não à toa, Roberto
Campos Neto, ex-presidente do Banco Central e herdeiro direto da cartilha
neoliberal implementada por FHC nos anos 1990, disparou na imprensa:
"O
discurso de 'nós contra eles' é ruim e não fará o país crescer."
(Folha de S.Paulo, 2025)
Mas é
preciso dizer: quem criou esse “nós contra eles” foi a elite. E quando o
"nós" representa 90% da população assalariada, trabalhadora e
tributada injustamente, o debate deixa de ser polarização e se torna justiça
social.
Campos Neto
parece esquecer que seu pai, Roberto Campos, já se dizia realizado ao ver FHC
implementar a agenda neoliberal que levou o país à quebra sucessiva de 1998 a
2001, com:
Apagão
elétrico,
Cheque
especial de US$ 40 bilhões com o FMI,
E um país
entregue a Lula em 2003 com o 17º PIB mundial e dívida altíssima, que só foi
paga em 2007.
Taxar ricos não é "ódio de
classe", é democracia fiscal!
A crítica do
topo da pirâmide ganhou coro com figuras como Luciano Hang, que agora
choraminga nas redes sociais que:
“Mais de
1.200 milionários deixarão o Brasil em 2025!”
A verdade é
que quem ameaça sair não é o capital produtivo, mas o capital especulador e
predador, que lucra com os juros altos, aposta na instabilidade e não gera
empregos nem distribui renda. Essa elite quer um Brasil onde:
O
trabalhador pague imposto até sobre o pão;
E quem ganha
mais de R$ 100 mil mensais siga isento de tributos sobre lucros e dividendos.
Por que o debate sobre justiça
tributária incomoda tanto?
Porque pela
primeira vez em décadas, uma proposta começa a mexer nas estruturas:
Isenção para
quem ganha até R$ 5 mil;
Tributação
de lucros e dividendos;
Fim dos
supersalários e penduricalhos no serviço público de elite;
Progressividade
real no IR.
Cobrança
sobre grandes fortunas
Aumento da
tributação sobre grandes heranças.
Progressividade
x regressividade
Exoneração
sobre consumo (ICMS) e produção (IPI) para aumento da tributação sobre renda e
patrimônio.
Esse
movimento nas redes, impulsionado por vozes críticas da classe trabalhadora e
da juventude, não pode ser reduzido à velha retórica de “instabilidade”. É
maturidade democrática. É uma população começando a enxergar a política fiscal
como parte do seu dia a dia — e não como assunto apenas de economistas
engravatados e colunistas do mercado.
Finalizo com
a consciência de um trabalhador:
"O dia
em que a mídia tentou pintar a elite como coitada, levou uma lapada seca de um
trabalhador com consciência de classe."
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