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domingo, 27 de novembro de 2011

Franklin Martins destaca razões para Brasil ter marco regulatório

Seminário do PT: Franklin Martins destaca razões para Brasil ter marco regulatório


Ex-ministro Franklin Martins (Foto: César Ogata/PT

Ex-ministro ressaltou texto ultrapassado e apontou a Constituição como base para a reformulação do documento. 



O ex-ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, destacou cinco pontos que justificam o uso de um Marco Regulatório – atualizado - no Brasil. De acordo com ele o texto atual é ultrapassado e não incorporou diretrizes aprovadas em 1988. Ele também destacou que a Constituição traz em sua base todos os elementos questionados nesse debate – desde o controle de conteúdo até a utilização da comunicação como mercadoria, e não como serviço.

“Como não é claro, moderno e prático, área das com comunicação eletrônica entrou em um verdadeiro Faroeste Caboclo, onde vale tudo”, disse ao tratar do terceiro elemento aspecto em jogo nesse debate.

Fatos sobre Belo Monte




Vamos aos fatos sobre Belo Monte

"Ou se faz um debate sobre a Ley dos Médios, ou prevalecerá a lei do mais forte"

Nunca um tema foi tratado com tanto medo, ódio. desprezo e desinformação  pela mídia brasileira como o marco regulatório da mídia. No final das contas o que conta para mídia é a luta para manter o poder de "controle" e poder ganhar bilhões às custas da própria Nação. 

Para essa mídia FHC é uma democrata entenda os motivos. Por isso, pergunto: regular é a mídia é uma forma de censura? Ou se faz um debate sobre a Ley dos Médios, ou prevalecerá a lei do mais forte? 

       
Como o fantasma da censura invocado constantemente pelos meios de comunicação tornou-se a mais escancarada forma de censura. Foto: Marcello Casal Jr./ABR


Para ganhar no grito

Franklin Martins afasta o corpo da mesa, gira levemente a cabeça e contorce os lábios em um de seus gestos típicos, um misto de impaciência e desdém com um comentário que no primeiro momento lhe parece irrelevante ou fora de foco. Ele veste jeans e uma camisa social, e tem dedicado o “ano sabático” a escrever dois livros sobre a forma como a música brasileira retrata a política, projeto interrompido quando aceitou ingressar no governo Lula em 2007.

Talvez tenha sido um recurso para ganhar tempo na elaboração da resposta. Martins nem bem sentara à mesa de um café em Brasília, onde topou o encontro após uma razoável dose de insistência minha, quando observei que os meios de comunicação têm tentado nos últimos anos impingir-lhe a marca de “censor”, de um autoritário disposto a conspurcar o sagrado direito à liberdade de expressão. “É um reflexo condicionado, ideologia”, começa. 


“A mídia brasileira não quer se discutir nem deixar discutir. Mas não há como escapar, é inevitável diante das mudanças tecnológicas. Ou fazemos um debate franco e democrático sobre a regulação dos meios, com a participação de todos, ou prevalecerá a lei do mais forte.”

Os BRICS e a Primavera Árabe.

Nesse momento, em que existe um substrato (países em decadência econômica e decomposição de proteção social dos trabalhadores, onde as famílias estão ameadas pelo desemprego) para grandes conflitos internacionais, o Brasil precisa pensar grande. 


E é preciso inverter essa lógica unipolar, em que um país do mundo se acha acima dos interesses da humanidade. O momento é de união, tendo em vista que a EUROPA capturou aos EUA após a segunda guerra mundial. 


A EUROPA fará exatamente o que os EUA querem, principalmente agora que seu projeto de união, da grande ZONA, foi para o espaço. A luta agora é pela sobrevivência. 


Não se sabe, o que vai acontecer após o fiasco da União Europeia. Após cair os grandes: Espanha, Itália, França e Alemanha, o que restará da Europa? E que isso trará para o mundo? E a decadência econômica-social dos EUA? Sobrará o poderio militar? Creio que sim, mas em país em processo de decadência total, o que é perigoso para o mundo. E o que fazer? E como tirar lições da Primavera Árabe? Não seria uma espécie de laboratório para Europa e EUA? 

 Carta Maior

BRICS bloqueiam EUA no Oriente Médio

Comunicado divulgado após reunião de vice-ministros de Relações Exteriores anuncia posição conjunta dos países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) sobre situação no Oriente Médio e norte da África. Foco deve ser diálogo nacional pacífico, contra qualquer tipo de intervenção estrangeira; papel central nas decisões compete ao Conselho de Segurança da ONU. Interferência externa na Síria é rejeitada, assim como ameaça de uso da força contra o Irã.

MK Bhadrakumar, Indian Punchline

A reunião dos vice-ministros de Relações Exteriores dos países BRICS em Moscou, quinta-feira (24), sobre a situação no Oriente Médio e Norte da África é um evento de grande importância, como se vê pelo Comunicado Conjunto. Os principais elementos do Comunicado são:

Qual é a verdadeira faxina que o Brasil precisa?

Vejo como hipocrisia a atuação de setores da  mídia (Rede Globo, Veja, Folha e Estadão)  brasileira no negócio da "faxina".

Ontem encontrei um conhecido que disse: estava pensando em você Luís, como estaria reagindo a "faxina da Dilma". Continua ele: a Dilma está correta, o Brasil precisa de uma faxina. E eu disse, realmente o Brasil precisa de um grande faxina, e vamos começar por onde? Perguntei a ele? 

No seu silêncio eu respondi:

1. Vamos fazer uma auditoria na privataria nesse país. E prender os lesas-pátria, os vendilhões da pátria. 

A privataria foi danosa ao país porque "vendeu" (entregou) empresas estratégicas ao desenvolvimento de nosso país, principalmente a Vale do Rio Doce. E o pior, privataria financiada pelo BNDS, ou seja, dinheiro público.

Nesse sentido pergunto: quem de fato defende os interesses desse país? A turma do "tira-sapato" de FHC? Que queria doar parte do território brasileiro para os EUA? A turma que queria doar a Petrobrás para as sete grandes?

Penso, que a verdadeira faxina deve ser feita nas mentes colonizadas da Rede Globo, Folha, Estadão, Veja e partidos como PSDB, DEMOS e PPS, que preferem defender os interesses das multinacionais. Veja o caso do derrame de petróleo pela Chevron. Nem uma palavra condenando a empresa predadora americana. Nenhuma. 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Belo Monte pelo avesso, sem globais, verdismo e querelas.

O vídeo dos globais ajudou aos brasileiros conhecer melhor o projeto Belo Monte. Infelizmente a mídia não tem cumprido o objetivo de trazer informações com qualidade ao brasileiro, principalmente nesse assunto. 


Quantas matérias a mídia fez sobre Belo Monte? E como se fez? 

A mídia brasileira tem  misturado mitos com verdades, envernizando as informações com viés ideológico, além de estimular  manifestações pelo país a fora? Parece que sim. 


Por isso, entendo que o brasileiro está cada dia menos informado do que está acontecendo nesse país. 

Bem, abaixo um excelente texto para discutir  Belo Monte sem falcatruas do blog Escriba



Ok, vamos discutir Belo Monte? Mas que tal fazermos isso com base em dados reais? Sim, porque qualquer discussão baseada em suposições, falseamento, mentiras, não vai levar a lugar algum. Só vai desvirtuar o debate e promover mais ignorância. Então, a partir dos dados fidedignos, podemos nos posicionar contra ou a favor e, melhor, podemos exigir que se cumpra o combinado. Foram décadas de discussão sobre o projeto, que foi alterado para atender muitas das demandas, como não-alagamento de terras indígenas, diminuição dos impactos na região, melhoria das condições de vida das populações das cidades do entorno.

Não podemos cair na 'esparrela' das Reginas Duartes da vida, que aparecem aqui e ali pontuando com a cara constrita que estão "com medo". Ainda mais quando a causa do medo é informação deturpada. O pior é ver ambientalista tarimbado alimentando essa falcatrua, comemorando por exemplo o sucesso de um vídeo de artistas que em vez de jogar luz sobre o assunto, prefere fazer terrorismo barato, com base em informações defasadas, falsas até - chegaram a afirmar que o Parque Nacional do Xingu, que fica mais de 1.300 km ao sul do local da usina, poderá ser inundado!! Pô, aí não, vai... muita apelação! (não acredita? Veja aqui a distância de um para o outro)


Como bem disse o Gilberto Camara, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),recentemente em seu blog, os ambientalistas estão perdendo a oportunidade histórica de conseguir avançar, exigindo que o governo e a iniciativa privada promovam a sustentabilidade em seus projetos. Em vez disso, estão apelando para o obscurantismo, a desinformação, o marketing raso, e com isso perdem credibilidade. Uma pena. Quando sentam para discutir e negociar honestamente, conseguem boas vitórias - como a moratória da soja, que envolveu sojeiros da Amazônia, Greenpeace e até o McDonald's. É assim que funciona numa democracia moderna: os diferentes sentam à mesa, colocam seus argumentos, 'senões' e 'poréns' e tentam chegar a um denominador comum. Isso foi feito com Belo Monte, tanto que o projeto mudou da água pro vinho nesse meio tempo e hoje tem tudo para ser exemplo para outras obras do tipo que virão - e virão, não tem pra onde correr - para a Amazônia.




Mas enfim, vamos aos fatos sobre Belo Monte, que estão longe do bicho-papão pintado por aí:

* O lago de Belo Monte terá 503 km2, dos quais 228 km2 já são o leito do próprio rio Xingu. E boa parte da área restante já está desmatada por criadores de gado, agricultores e madeireiras ilegais. 


O desmatamento efetivo por conta da usina, portanto, é muito pequeno se comparado com o tamanho do empreendimento, a energia que fornecerá e os benefícios que trará à região. E o lago, uma vez criado, servirá para proteger o entorno de cerca de 28 mil hectares (280 km2), já que vira uma Área de Preservação Permanente (APP).


* É normal que empreendimentos hidrelétricos, e quase todas as fontes de geração de energia, tenham uma capacidade de geração e um fator de potência - ou seja quanto dessa capacidade será possível gerar em média em um ano. No caso de Belo Monte, que tem capacidade instalada de 11.233 MW, a geração média é de 4.571 MW, ou 41%. Esse número é o suficiente para abastecer 40% do consumo residencial de todo o Brasil. 


Ao longo de sua elaboração, o projeto Belo Monte foi modificado para restringir os impactos que poderia causar ao meio ambiente e à população da região, reduzindo-se a área de inundação prevista em 60% em relação ao projeto inicial. Isso diminuiu a geração média de energia, mas foi importante para a diminuição do seu impacto.
É pouco? Nem tanto. Dá uma olhada nos dados que este blog compilou sobre a média em outros países (na China é 36% e nos EUA, 46%) e mesmo no Brasil, em outras usinas já em operação, como Itaipu, Tucuruí.


* A média nacional de área alagada é de 0,49 km2 por MW instalado, em Belo Monte essa relação é de apenas 0,04 km2 por MW instalado.


* 70% da energia a ser produzida por Belo Monte destinam-se ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e apresenta o segundo menor valor por MW / hora entre todos os empreendimentos elétricos dos últimos 10 anos (R$ 78 por MW/h). Aquele papo de que a energia de Belo Monte beneficiará apenas esta ou aquela empresa, é balela, lenda. A energia gerada pela usina será conectada ao SIN e, com isto, gera energia para todo o país. O mesmo acontece com TODAS as demais usinas construídas por aqui.


* Há duas maneiras de se construir uma usina hidrelétrica: basear-se exclusivamente no critério de eficiência, em que tería que dispor de um lago enorme, como era o projeto original de Belo Monte de 1980, alagando amplas regiões, ou um sistema energeticamente menos eficiente - o de geração de energia em cima da corretenza do rio, denominado fio d'água - justamente para privilegiar questões ambientais. Belo Monte é desse segundo tipo, não sendo tão eficiente como a média das hidrelétricas brasileiras (na faixa de 50%) justamente em respeito a questões sociais e ambientais.


* Nenhum índio terá que sair de suas terras por causa do projeto e os ribeirinhos que serão realocados vivem, em sua maioria (quase 7 mil famílias), em palafitas nos igarapés de Altamira, em condições sub-humanas. 


O governo pretende realocar essas famílias para condomínios habitacionais que ficam em torno de 2 quilômetros de distância de onde estão hoje. São cerca de 18 mil pessoas. A promessa do governo é que essas pessoas receberão casas em locais totalmente urbanizados, com saneamento básico, postos de saúde, escolas e locais de lazer, tudo antes do final de 2014. É anotar e cobrar.


* Substituir a energia de Belo Monte por eólicas e energia solar parece fácil, mas é praticamente impossível. Precisamos de 5 mil MW por ano de energia adicionada ao sistema para garantir o mínimo necessário para que o país continue se desenvolvendo e gerando emprego e renda, e garantindo a inclusão de milhões de brasileiros que hoje estão à margem de todo e qualquer consumo. 


Isso não é possível, no curto/médio prazo, com eólica e solar. O Brasil até tem investido bastante nessas duas formas de geração de energia, somos o país que mais tem atraído empresas do setor para cá, mas é coisa para médio-longo prazo. Enquanto isso, fazemos a transição - mas com energia de baixo impacto e limpa, como a hidrelétrica. 


Nenhum outro país do mundo consegue isso - EUA, China, Europa, Ìndia, todos estão fazendo investimentos em energia renovável (eólica, solar, etc) com base numa economia sustentada por energia suja - nuclear, térmicas a carvão ou óleo diesel.


Para se ter uma ideia, para ter o mesmo potencial energético de Belo Monte, seria necessário instalar mais de 6 mil aerogeradores, de 3MW cada, ocupando uma área de 470 km2 - ou quase o tamanho do lago de Belo Monte (503 km2).

Bom, tem muito mais coisa para se pontuar, mas já tem um bocado aí pra refletirmos, né mesmo? As coisas nem sempre são tão simples como querem fazer crer uns e outros, nem o diabo é tão feio.

Tem mais informação boa circulando por aí, seguem algumas dicas - quem quiser indicar outros bons textos, coloca na área de comentários que acrescento à lista abaixo:



ADENDUM IMPORTANTE: todas as informações que estão neste post foram retiradas dos links citados, reportagens impressas e televisivas e dados dos ministérios de Minas e Energia, Planejamento e Meio Ambiente. Tenho alguns PDFs que não achei e por isso não estão aqui - vou passá-los pro Slideshare e colocá-los aqui também. ATUALIZAÇÃO: aqui estão algumas das apresentações: O Empreendimento de Belo Monte e o Planejamento e a Expansão do Sistema Elétrico Brasileiro, Plano de Desenvolvimento Sustentável do Xingú e Fatos e Dados sobre a usina.

Assim como a Globo perdeu em 2010, alguns globais ficaram mais pequenos com o tema Belo Monte

Meus amigos, o que mais me deixa indignado é a hipocrisia, uma falsa ingenuidade das problemas e das potencialidades desse país. 

Continuo afirmando que poucos brasileiros conhecem de fato esse país, os seus problemas, principalmente potencialidades e oportunidades. 

O que se sabe, é que o Brasil é um país, apesar da ignorância da maioria do povo brasileiro. Infelizmente, as lentes da maioria do povo brasileiro, são as mesmas lentes da Rede Globo, Folha, Estadão, Veja e mídias periféricas. 

Poucos são capazes de descontextualizar e também contextualizar as informações, de fazer interlocuções com o mundo e com os pensadores que escreveram coisas desse país. 

Como já dizia Rui Barbosa, em 1914, esse país não tem problemas, tem potencialidades adiadas. E vamos cada vez vendo potencialidades adiadas pela incapacidade do povo brasileiro de enxergar o quão esse é país e abençoado, pela sua diversidade e pela multidimensionalidade continental. 

Por isso, digo que ninguém pode ter e querer ser uma fonte de formação de opinião ao povo brasileiro. Devemos e podemos buscar a informação de qualidade, aquela que nos pode ajudar a desvelar o mundo, a conhecer melhor os grandes desafios desse país.

E as ferramentas de internet e redes sociais oportunizaram às pessoas, formas de contextualizar as informações e principalmente como resignificá-las em suas vidas.  

Por isso, os atores globais perderam, assim como a Rede Globo perdeu em 2010, ao querer eleger a todo custo o seu candidato tucano.


Ganhou o povo brasileiro porque conheceu os dois lados, principalmente por perceber que tudo é uma questão de escolha. E a escolha deve cair sobre a alternativa que menos traz impactos ambientais e sociais. 


O erro maior é do próprio governo que não investe em informação ao povo brasileiro e dos grandes projetos que esse país precisa tocar nos próximos anos.  


Globais perdem a batalha de Belo Monte
                              Foto: Divulgação
Globais perdem a batalha de Belo Monte



Vídeo dos artistas contra a hidrelétrica produziu um efeito colateral positivo; nunca se discutiu tanto o projeto como agora e os que o defendem têm apresentado melhores argumentos, sem a necessidade de tirar o sutiã

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O Brasil pode sofrer invasão militar dos EUA e EUROPA nos próximos anos?

O texto abaixo de Mauro Santayana é muito esclarecedor, só vejo que a aliança natural do Brasil está na América do Sul, preferencialmente para depois seguir uma união não só econômica, mas militar com a Rússia, China, Índia e Africa do Sul. 

Estamos vendo o mesmo amálgama que forjou as duas grandes guerras do século XX. Crise econômica, desemprego e manifestações nas ruas das grandes cidades dos EUA e EUROPA. 

E o desespero das famílias nesses países com a perda dos empregos e da fé na vida. Governos de direita e fundamentalistas estão a assumir esses países em decadência econômica. E o que pode nascer daí? 

A invasão da Líbia é um prenúncio do que pode vir? A luta por energia fóssil para manter as economias em crise aponta para onde? Para nós? 

E como o Brasil defenderá os seus interesses no mundo? Apenas com discursos pacifistas? 

Quem pensa que os EUA estão mortos estão enganados. Seu poderio militar nunca esteve tão grande como agora. 

E o que o Brasil precisa fazer para melhorar a defesa de seu território? De seu patrimônio? Vamos esperar até quando? 



O BRASIL, OS BRICS, E A NOVA ARMA HIPERSÔNICA DOS ESTADOS UNIDOS.

O fato de os Estados Unidos, mesmo em crise econômica e política - com milhares de pessoas ocupando as ruas para protestar contra o sistema - terem anunciado o sucesso, há três dias, do vôo de teste, entre o Havaí e as Ilhas Marshall, de uma nova bomba voadora, de velocidade supersônica, capaz de atingir qualquer ponto do globo em menos de uma hora, tem que servir de alerta para o Brasil e para os BRICS.

Enquanto investimos bilhões na compra de equipamento e tecnologia militar obsoleta, como os submarinos Scorpéne e, eventualmente, o Rafale, desenvolvidos há mais de 30 anos, os Estados Unidos não cessam de pesquisar novas armas de destruição em massa, e sistemas de armamento naval como o canhão magnético de munição cinética, anunciado no ano passado, que não depende de combustível para atingir alvos a uma distância de 300 quilômetros.

Isso, apesar de Washington ter um déficit de 7 trilhões de dólares, boa parte dele derivado dos 35 bilhões de dólares que gasta, por semana, para manter seus soldados no Iraque e no Afeganistão, países dos quais já prepara a retirada de suas tropas convencionais - com o rabo entre as pernas - a partir do ano que vem.

A insistência de os Estados Unidos em continuarem se armando, mesmo em uma situação de crise econômica e institucional crescente, aponta para a cristalização de uma perigosa equação, que, do ponto de vista do resto do mundo – excetuando-se a Europa, cada vez mais submissa aos interesses norte-americanos - equivale a um mendigo louco com uma arma na mão na praça de alimentação de um Shopping, ou, à velha metáfora, mais usada antigamente, de um macaco solto em uma loja de louças.

Como a história mostrou nos anos do equilíbrio do terror da Guerra Fria, quando os EUA não ousariam invadir países como o Iraque e o Afeganistão, sem a aquiescência tácita da URSS, de nada adianta construir uma nova ordem multipolar, se o poder no mundo continuar obedecendo a uma situação unipolar do ponto de vista militar.

O BRICS tem se erguido, nos últimos anos, na economia e na diplomacia, justamente para fazer frente à Europa e aos Estados Unidos, porque o mundo não pode continuar refém, como tem acontecido, das decisões que são tomadas em uma Europa e em uma América do Norte cada vez mais frágeis, no âmbito político-institucional, e cada vez mais decadentes, do ponto de vista econômico.

Nada disso funcionará, no entanto, se a projeção do crescente poder do BRICS não se fizer, também, na área militar. Não dá para se pensar em uma estratégia de defesa viável, no futuro, se não juntarmos nossos recursos financeiros e tecnológicos, nosso conhecimento e nossos pesquisadores militares aos da Rússia, da China, da Índia e da África do Sul para o desenvolvimento de uma nova geração de armamentos que vá, como está ocorrendo com os Estados Unidos, um pouco além do armamento convencional hoje existente.

Não se pode confiar nem cooperar com os países ocidentais nessa área. Eles só nos vêem como “parceiros” da hora dos coquetéis de seus adidos militares, ou no quando tem interesse de nos vender material obsoleto para utilizar o lucro no desenvolvimento de novas gerações de armamentos. Quando chega o momento de a onça beber água, eles se aliam entre si, e nos vêem como sempre nos viram, como um bando de subdesenvolvidos. Que o diga a Argentina, que até hoje não esqueceu as lições que aprendeu quando precisou de armamento para reposição na Guerra das Malvinas.

Dois vazamentos e até agora SERRA e tucanos não vieram dá explicações.

O primeiro vazamento: 


WikiLeaks mostra telegramas em que José Serra queria entregar Pré-Sal para os americanos.


Segundo telegrama do WikiLeaks, Serra prometeu alterar regras caso vencesse.


Qual foi a petroleira que ouviu de Serra que mudaria o marco regulatório do pré-sal caso ganhasse as eleições? Até agora mídia e oposição não esclareceram esse vazamento ao povo brasileiro. 


No entanto, assessor do tucano na campanha confirma que candidato era contrário à mudança do marco regulatório do petróleo


As petroleiras americanas não queriam a mudança no marco de exploração de petróleo no pré-sal que o governo aprovou no Congresso, e uma delas ouviu do então pré-candidato favorito à Presidência, José Serra (PSDB), a promessa de que a regra seria alterada caso ele vencesse.


É isso que mostra telegrama diplomático dos EUA, de dezembro de 2009, obtido pelo site WikiLeaks (www.wikileaks.ch

Segundo vazamento: vazamento de petróleo pela Chevron. 

Estranho o fato de o ex governador de São Paulo, José Serra (PSDB), não aparecer na imprensa para falar sobre o vazamento de petróleo da Chevron no Campo de Frade. na na bacia de Campos, no Rio de Janeiro.

Seria uma boa oportunidade para o Serra nos explicar também, um outro vazamento, o do site WikiLeaks ,sobre os telegramas em que o então candidato á presidência em 2010 planejava entregar o Pré-Sal para os americanos...

A explicação, se faz importante neste momento em que a Policia Federal investiga se a petroleira Chevron perfurou além dos limites permitidos no campo de Frade, na tentativa de alcançar indevidamente a camada pré-sal.Técnicos da Agência Nacional do Petróleo (ANP) admitiram ontem que discutem internamente essa possibilidade..... --de roubo do Pré-Sal--

Crime ambiental

Neste sábado (19),o secretário do Ambiente do Rio, Carlos Minc, disse que a Chevron, está usando jatos de areia para limpar a mancha de óleo vazado na bacia de Campos (RJ), o que seria ilegal.A denúncia do secretário foi feita ontem, após ele sobrevoar a área para observar o vazamento e os trabalhos de contenção e limpeza.

Ela consiste em jogar areia sobre o óleo para que ela se misture a ele e, com o peso, o leve ao fundo do mar. "É como empurrar a sujeira para debaixo do tapete", disse o delegado da PF Fábio Scliar, responsável pelo caso. "É mais um crime ambiental."

Americanos de olho na nossa riqueza

A descoberta do Pré-Sal, além de trazer a riqueza, o dinheiro e o combustível,vão dar um grande estímulo para o desenvolvimento científico no Brasil. Além do progresso tecnológico, também milhares de empregos.

Outra vantagem do Pré-Sal Brasileiro ter sido encontrado , foi o preço do petróleo: o Brasil vai explorar o seu petróleo a um preço caro, tendo muito lucro, ao contrário do que aconteceu na Arábia Saudita por exemplo que encontrou o seu petróleo, quando ele ainda não valia muito e vendeu quase todo o seu petróleo a preços baixos.

Para se ter uma idéia da diferença, quando a Arábia encontrou o seu petróleo, algumas decadas atrás, ele valia 5 dolares o barril, o petróleo hoje em dia vale pelo menos 80 dolares o barril.

Os especialistas preveem que até 2020, sejam criados 500.000 empregos diretos e indiretos com a exploração do Petroleo no Pré-Sal. Estes empregos vão vir de diversas áreas diferentes, e com profissionais de diversas especialidades

Quem financia o movimento Gota D'água dos atores globais?

Amigos e amigas há uma tentativa claramente de movimentos internos e externos da frear o desenvolvimento desse país. 

Aos poucos vamos descobrindo a verdade entre as pessoas e leituras diversas sobre as reais intenções desses movimentos. 

Há muita mistura de mitos e verdades sobre Belo Monte, por isso a dificuldade de se construir uma opinião mais balizada, menos ideológica. 

O texto abaixo do Len é muito esclarecedor. Eu não imaginava que os ruralistas americanos estão unidos e financiando movimentos pela Amazônia para frear a concorrência. 

Até agora, poucos me responderam de onde tirar energia (para agora - curto prazo), para manter a economia brasileira funcionando, sem ameaças de apagões, como tivemos durante o governo do apagão de FHC e tucanos. 

Parece que muitos estão indo nessas falácias, sem sustentação e com as intenções mascaradas. Precisamos do debate esclarecedor e desideologizado para que os brasileiros conheçam as necessidades de geração de energia e onde buscar energia (seja renovável ou não) para manter o crescimento da economia e o desenvolvimento desse país. 




O movimento Gota Dágua, que lançou um vídeo com atores globais se baseando em mitos para atacar a construção de Belo Monte, vem recebendo doações de simpatizantes e interessados, mas não dá transparência da lista de doadores da “causa”.

Segundo página em site que organiza doações, o Sibite, o movimento já recebeu mais de dez mil Reais de seus doadores até o fechamento desse artigo, mas não é possível encontrar em nenhum lugar do site do movimento alguma prestação de contas, informando o nome dos doadores e valores doados por cada um, também não explicam se existem corporações entre os doadores e se recebem doações diretas fora do Sibite.

O movimento também não foi transparente quanto ao valor gasto e quem pagou a produção do vídeo, que necessita de estúdio, equipamentos de iluminação e de filmagem, cenário e a contratação de diversos profissionais como iluminadores, cinegrafistas, maquiadores e vários outros, fora a alimentação desse pessoal todo.

A prestação de conta das origens dos recursos utilizados deveria ser uma obrigação entre movimentos e ONGs que aceitam contribuição externa, até para informar para a sociedade da lisura da origem dos recursos. A pouca transparência suscita suspeitas de que interessados na não construção da usina por motivos econômicos, como o lobby de empresas que produzem equipamentos para geração de energia solar e eólica, alem de agricultores americanos, possam estar injetando recursos nessas iniciativas de combater Belo Monte pela desinformação da população.

Energia de Belo Monte e o desenvolvimento rural da região norte

A energia elétrica cara e escassa da região norte condena as cidades da região que não estão dentro dos limites da área de floresta protegida a praticar uma agricultura do século 19. Levar o século 21 à Floresta Amazônica significa aumentar a capacidade de produção de commodities daquela região sem precisar aumentar o desmatamento. Mais à frente explicamos porque produtores rurais americanos estão investindo para barrar qualquer iniciativa de aumentar o desenvolvimento agrícola dos países em desenvolvimento.

Vale lembrar que a maior parte da energia consumida na região norte vem de 260 usinas termoelétricas que consomem óleo diesel, e que atualmente geram mais poluentes e gases do efeito estufa que toda a frota de automóveis de São Paulo, o que joga por terra o argumento da preocupação com as emissões de Metano no lago a ser formado por Belo Monte. O metano é formado no Xingú com ou sem Belo Monte, porque na época de cheias muita vegetação é encoberta. O desligamento das usinas termoelétricas, além de baratear a energia elétrica em todo país, pela redução dos encargos cobrados na conta pelo funcionamento das mesmas, compensa qualquer emissão maior de gás Metano.

Como o dinheiro de ruralistas americanos financiam movimentos contra o desenvolvimento

Algumas organizações internacionais como a UN-REDD e a Avoided Deforestation Partners tem o objetivo teórico de ajudar países em desenvolvimento a conter desflorestamentos e degradações em florestas. A UN-REDD patrocina missões dentro de florestas, entram em contato com povos indígenas, e podem influenciar aspectos de suas culturas milenares além de posicionamentos políticos, já a ADPartners tenta influenciar governos locais sobre as vantagens de impedir o avanço rural sobre a floresta por intermédio da venda de créditos de carbono. Ambas as organizações são dotadas de orçamentos gigantescos e pouca transparência sobre o uso os recursos disponíveis.

A ADPartners explicitou suas verdadeiras intenções no ano passado quando lançou documento em conjunto com a Farmers Union (principal organização sindical patronal rural americana) entitulado “Farms here, Forests there” cuja tradução é Fazendas aqui (EUA) e Florestas lá (3º mundo), onde apontam para os ruralistas americanos as vantagens no investimento em preservação de florestas tropicais geraria lucro para estes, a medida que impedindo um aumento da produção de commodities nesses países evitaria a queda dos preços e aumento de concorrência. A ADPartners é custeada por doadores. entre estes estão companhias elétricas como a Pacific Gas & Eletric Company e a Duke Energy, que trabalham com gás natural que geram gases do efeito estufa e Hidrelétricas (é bom para eles, mas não para nós).

O documento (em inglês) pode ser lido aqui, era apenas para consumo interno e recebeu inúmeras críticas de ambientalistas americanos, acusando o documento de incentivar que apenas florestas tropicais deveriam ser preservadas, quando estudos recentes mostravam que os EUA é recordista junto com o Canadá em desmatamento proporcionalmente a sua área de florestas.

O dinheiro enviado pelos ruralistas americanos a essas organizações, somado ao volume de recursos que o lobby das empresas que fornecem equipamentos e produtos para a geração de energia eólica e solar tem queimado no mundo inteiro para emplacar campanhas para uso de suas tecnologias é um importante indício que devemos desconfiar de “iniciativas altruístas” pouco transparentes. Na verdade, os interesses econômicos são enormes e amadores mesmo são poucos.

Leia também 



O movimento Gota D’água, que tem como um de seus diretores conselheiros, o ator global Sérgio Marone, lançou ontem um vídeo com outros 18 atores da mesma emissora, fazendo lobby contra a construção da Usina de Belo Monte. Tudo bem, qualquer um pode se manifestar, mas é grave quando atores e diretores de uma empresa, que não disfarça sua posição contrária à usina, usam a sua imagem para difundir mitos, com a finalidade de conseguir engajamento público para barrar a construção da usina. Nos próximos parágrafos vamos comentar os pontos mais polêmicos do vídeo.

Onde vão viver os índios e comunidades ribeirinhas após a criação do lago?

Se as ONGs americanas não se preocuparam com seus índios, por que se preocupam com os nossos?


Reproduzo abaixo um belo post do Mello, blogueiro que acompanho há algum tempo e que me incentivou a criar esse com um post - seja mídia você também. 

O tema Belo Monte está mexendo com os brasileiros. E penso que isso é muito bom, apesar dos conflitos. Podemos aprofundar em muito sobre esse tema. 

Vejam o texto

ONGs americanas estão mesmo preocupadas com índios? Perguntem ao Gerônimo

Por causa da construção de Belo Monte, ONGs estrangeiras - em sua maioria estadunidenses - mostram-se preocupadas com indígenas afetados pela construção da usina.

Estranho. Porque os estadunidenses praticamente exterminaram os índios que ocupavam seu território. Gerônimo (na foto) foi o último chefe apache, antes do massacre.

No século XIX, o governo dos Estados Unidos começou uma guerra de extermínio aos apaches para facilitar a colonização do oeste. Chefes como Mangas Coloradas, Cochise e Geronimo comandaram os apaches nas batalhas contra os Estados Unidos. [Fonte]

Mas, isso é passado!... - você pensa. Não é, não. Até recentemente, o maior inimigo dos EUA era Osama Bin Laden. Pois a Operação que o teria executado no Paquistão recebeu o nome de Operação Gerônimo, o que gerou protestos, como publiquei aqui:


A frase é de Keith Harper, um membro da Nação Cherokee, ao The Washington Post. Gerônimo foi o nome de código escolhido pelas tropas americanas para se referirem a Bin Laden durante a operação que teria resultado em sua morte.

Gerônimo (1823-1909), na foto aí ao lado, foi um chefe Apache que, na segunda metade do século XIX, enfrentou os "homens brancos" numa guerra sem prisioneiros, cruel, que fez dele um herói para seu povo e um maldito entre os brancos.

"Ninguém teria concordado com o uso como codinome para um terrorista de Mandela, Revere ou Ben Gurion. Um herói extraordinário e um herói nativo americano merece o mesmo tratamento", prosseguiu Harper na entrevista ao The Washington Post. "Isso mostra até que ponto a ideia de índio / inimigo está incorporada na mentalidade deste país", disse ao mesmo jornal Suzan Harjo, de um grupo de advogados indígenas. [Fonte: El Pais, onde você pode ler mais sobre Gerônimo]

Se não se preocuparam com seus índios, por que dizem estar preocupados com os nossos?

O indigenista Orlando Villas Boas tem uma opinião sobre isso:

Você acredita mais em Orlando Villas Boas ou nos atores globais?

Vídeo de Orlando Villas Boas que denuncia anos atrás a internacionalização das terras Yanomamis. Meus amigos e amigas, chegou a vez dos brasileiros se apoderarem da Amazônia. 

Sim, ela está solta e no momento não nos pertence em sua plenitude, mesmo porque os brasileiros a desconhecem por completo. Somos analfabetos em se tratando de Amazônia.

EUA, afrontando o mundo, a ONU invadiu o Iraque com o pretexto da bomba atômica. Aqui o pretexto poderá para "proteger" índios e meio ambiente. 

Vou ser agora mais direto. O Brasil precisa se apoderar da Amazônia em toda a sua plenitude, com infra-estrutura, levando as universidades brasileiras para dentro da Amazônia. 

Precisamos de um plano estratégico de desenvolvimento da Amazônia em todos os sentidos. E só assim, de fato teremos a soberania brasileira sobre esse vasto território, expulsando ONGs piratas. 

E creio que só conservaremos a biodiversidade da Amazônia com políticas de desenvolvimento e redução de desmatamento. 

O resto, entendo eu, é uma mistura de ingenuidade, oportunismo eleitoreiro, sabotagem da Rede Globo contra o desenvolvimento brasileiro. E principalmente, um pensamento colonizado da elite brasileira. 





Contraponto ao vídeo dos atores globais. O outro lado da moeda.

Conheça melhor a WWF, ONG que atenta contra a soberania brasileira.

A máquina de propaganda dos EUA é extensa, vai desde os estúdios da Disney, passando por Hollywood até ONGs que são financiadas pelas grandes corporações americanas. 

Todo o cuidado é pouco, nesse momento em que as economias dos países centrais estão em frangalhos. Tudo requer atenção e olhares mais apuradas, para enxergar o que está em jogo. 

Entendo que nesse momento, o mundo está uma grande partida de xadrez, onde as peças do tabuleiro estão invisíveis para os jogadores. 

E como jogar? E como fazer as peças protegerem o rei? Eis as perguntas. 

ONG britânica denuncia: WWF recebe dinheiro de desmatadores

ONG estrangeira arrecada US$ 19,3 milhões em projeto com empresas que continuam a extrair madeira em áreas de proteção de animais
Uma das principais organizações na oposição aos projetos de reforma do Código Florestal e de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a ONG britânica World Wildlife Foundation (WWF), recebe dinheiro e confere credibilidade a empresas que extraem madeira de “fonte indesejável”. Relatório divulgado recentemente por outra ONG britânica, a Global Witness, afirma que Rede Global de Comércio e Florestas (Global Forest and Trade Network - GFTN), com a qual a WWF amealha US$ 19,3 milhões anuais, “não está funcionando” para o seu devido fim.

“Quando o ponto de referência do esquema em nome da sustentabilidade e conservação tolera que uma de suas companhias membro destrua o habitat dos orangotangos, alguma coisa está seriamente errada”, afirmou Tom Picken, da Global Witness.

“A GFTN tem orgulho de seus sucessos, mas este relatório mostra que alguns foram super dimensionados e outros na verdade não são sucessos.


A Global Witness acredita que as regras da GFTN são fracas, as estruturas de incentivo são falhas e as penalidades e monitoramento inadequados”, afirma o documento. Em bom português, é um programa para inglês ver.

A Rede Global de Comércio e Florestas é um programa da WWF que afirma reduzir o uso de madeira extraída de “forma indesejável” ou seja, “ilegal, que contribua para conflitos armados ou que sustente abusos de direitos humanos”. Começou há 20 anos e, segundo a ong, tem atualmente 288 empresas-membros que movimentam 16% do comércio internacional de produtos florestais. Confere às empresas um selo de “práticas sustentáveis” mas, a Global Witness relata pelo menos três casos de abusos que não foram informados pela WWF.

Um deles é o da empresa malaia Ta Ann Holdings Berhad, que retirou madeira de uma área equivalente a 20 campos de futebol por dia na floresta virgem de Borneo enquanto era membro do esquema WWF. “Investigações conduzidas pela Global Witness mostram-na [a Ta Ann] trabalhando legalmente nas fronteiras de um projeto de conservação da WWF anunciado como ‘crucial para a sobreviência de espécies ameaçadas, incluindo orangotangos e leopardos’”, diz notícia publicada no jornal inglês “The Guardian”.

Belo Monte, soberania, ´sabotagem da Rede Globo, atores globais ingênuos e inocentes úteis



Sinceramente, nunca vi tanta falta de informação com o tema - Hidrelétrica de Melo Monte. 

A mídia brasileira, até o presente momento, tem apostado na desinformação do povo brasileiro sobre o tema. 

Enquanto isso a gente vai vendo A OEA se manifestar contra, ONGs estrangeiras suspeitas fazendo manifestação contra a referida obra. E atores globais, alguns talvez bem intencionados, outros talvez fazendo o jogo pesado da política eleitoreira, onde parece, que a batalha eleitoral de 2010 ainda contamina as mentes de muita gente. 


Na verdade, faltam as perguntas fundamentais que devemos fazer.


Como já dizia Saramago, tudo no mundo está dando respostas, o que falta é o tempo das perguntas. 


E quantas perguntas devemos fazer sobre as manifestações contra e favor da usina de Belo Monte.


1. Quais os interesses que estão por trás das manifestações "ambientalistas", principalmente de ONGs estrangeiras. 


2. O movimento "ambientalista" de fora interessa ao Brasil? 


3. Como podemos entender esse movimento ambientalista, que poderíamos chamar também de "verdismo"? 


4. Como desenvolver a Amazônia brasileira, quando milhões de brasileiros estão vivendo sob a copa das árvores? 




Belo Monte e a soberania



Depois de uma batalha judicial que pode ter ainda desdobramentos, o governo colocou em licitação a construção e a concessão de exploração da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Xingu, que foi vencida pelo consórcio chefiado pela estatal Chesf. Se o governo não houvesse considerado a construção da usina uma questão de honra nacional, provavelmente os interesses estrangeiros, inimigos do nosso desenvolvimento independente, impediriam a importante obra, necessária à ocupação nacional e ao desenvolvimento da região amazônica.

Desde o século 19 os europeus e norte-americanos tentam ocupar a Amazônia, em nome da “civilização”, em nome de Deus (com os protestantes liderados pelos Rockefeller) e, mais recentemente, em nome da preservação do meio ambiente. Temos resistido com dificuldades a essa penetração. Houve governos, como o do marechal Dutra (1946-1951) que chegaram a aceitar a internacionalização da Amazônia. Outros, como Arthur Bernardes (1922-1926), ajudaram a resistir.

Antes a grande tentativa fora a do Acre: americanos e ingleses constituíram a empresa The Bolivian Syndicate e obtiveram da Bolívia o direito de constituir um estado independente na região. A empresa teria o direito de impor as suas leis no território e de cobrar impostos internos e alfandegários, em troca de 40% de toda a produção de borracha; os outros 60% seriam da Bolívia. A região se encontrava ocupada por 60 mil brasileiros, muitos dos quais se armaram sob o comando do gaúcho Plácido de Castro. O Exército boliviano, para cumprir seus compromissos com os estrangeiros, invadiu o território e foi rechaçado. O governo brasileiro, com o chanceler Rio Branco à frente, ao mesmo tempo em que deslocava tropas para o Acre, negociou com La Paz e os acionistas do empreendimento e impôs a definitiva soberania.

Durante os últimos anos, principalmente com Collor e Fernando Henrique, a Amazônia se abriu a ONGs internacionais e à presença sempre atrevida de estrangeiros. São esses estrangeiros que – sempre pensando em preservar o território para seu uso futuro – se levantam agora contra a construção da usina de Belo Monte. Um deles é o cineasta James Cameron, autor de Avatar, um filme de ficção científica destinado, segundo alguns observadores, a preparar a opinião mundial para aceitar uma intervenção internacional na Amazônia. Cameron declarou com insolência que a ideia de seu filme veio de uma visita à Amazônia e de seu objetivo de “preservar a região”. Se um cineasta brasileiro chefiasse um protesto diante do Pentágono contra a guerra do Iraque seria preso e deportado. No Brasil ele foi festejado. E continua afirmando, com insolência, que “impedirá” a construção de Belo Monte.

Ao tomar a decisão de construir a usina contra todos esses opositores, o governo Lula reafirma a soberania sobre a Amazônia, de maneira firme. O governo tomou todas as medidas para que o impacto sobre a natureza fosse mínimo. Poucas áreas serão alagadas – e não haverá um grande lago, como o de Tucuruí ou o de Itaipu. Embora houvesse defensores de que se construíssem várias represas menores, a disseminação das obras agrediria mais a natureza do que uma só. A energia de Belo Monte é absolutamente necessária ao país e à melhoria da vida de centenas de milhares de brasileiros que vivem na região em situação de miséria.

Alega-se que os índios serão agredidos em sua cultura. Mas não há, a rigor, mais cultura indígena na região, ocupada por brancos, infestada de agentes dissimulados que continuam a cobiçar as riquezas amazônicas. O problema é de outra natureza, é a do espaço vital (o mesmo “espaço vital” que pariu o nazismo alemão). Os países nórdicos têm projetos seculares de ocupar o sul do mundo – os dois grandes continentes da África e da América Meridional. Esse projeto se reanima agora, com a probabilidade de que a intensa atividade vulcânica esperada no hemisfério norte torne inabitável grande parte da Europa e da América do Norte. Não podemos transigir, para não voltarmos a ser colônias.

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