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domingo, 6 de julho de 2025

💣 "O preço da ocupação da Palestina: colapsos mentais, violência sexual e o abismo ético do sionismo"

“Sinto o cheiro de tantos cadáveres e não aguento mais.”

Frase atribuída a um soldado israelense em colapso, pouco antes de cometer suicídio.

Em meio à devastação em Gaza, imagens e relatos perturbadores emergem não apenas das ruínas palestinas, mas também das entranhas do próprio exército israelense. A guerra deixa marcas em todos — mortos, vivos e sobreviventes. Soldados desabam. Crianças desaparecem. Mulheres são violadas. A civilização recua.


A guerra não tem lado justo quando perde sua alma.

Colapsos mentais e o fardo da violência

Nas últimas semanas, circularam nas redes vídeos de soldados israelenses em colapso psicológico, chorando, gritando ou simplesmente em silêncio profundo, paralisados pelo que viram ou fizeram. Um deles teria deixado uma carta com a frase: “Sinto o cheiro de tantos cadáveres e não aguento mais”. Embora o nome “Daniel Edri” seja amplamente citado, não há confirmação oficial sobre a identidade — o que não invalida o alerta que ecoa: há soldados se quebrando por dentro.

A Associação Psiquiátrica de Israel já apontava que até 30% dos soldados desenvolvem sintomas graves de estresse pós-traumático após operações em Gaza. Muitos voltam mutilados da alma, outros não voltam.

“Estamos matando famílias inteiras, e depois voltamos para casa como se nada tivesse acontecido.”

Ex-soldado israelense, em depoimento ao https://www.972mag.com/about/ 

Violência sexual como instrumento de dominação

O horror não se restringe aos bombardeios. Em março de 2025, a ONU divulgou um relatório documentando atos sistemáticos de violência sexual cometidos por forças israelenses contra palestinos,  homens, mulheres e crianças. Os crimes incluem:

Estupros com objetos metálicos e bastões elétricos;

Nudez forçada e abusos genitais;

Tortura com conotação sexual;

Publicação de vídeos de humilhação.

Esses abusos ocorreram em campos como Sde Teiman, Ofer e Negev, e foram filmados por próprios soldados, alguns vídeos vazaram e chocaram até mesmo setores da sociedade israelense. O caso mais emblemático levou à acusação formal contra 5 soldados reservistas por estupro e agressões brutais contra prisioneiros palestinos, incluindo adolescentes.

A impunidade, porém, ainda predomina.

A traição do sionismo à ética judaica

Muitos judeus ao redor do mundo rejeitam as ações do Estado de Israel e denunciam o sionismo político como uma ideologia de exclusão, apartheid e genocídio. Grupos como o Jewish Voice for Peace e o Neturei Karta afirmam que o sionismo “profana a Torá” e “destrói tanto o povo judeu quanto os palestinos”.

O historiador judeu Ilan Pappé é incisivo:

“O sionismo destrói tanto os palestinos quanto o próprio povo judeu.”

Não se trata de “ódio aos judeus” — trata-se de recusar a transformação de uma fé milenar em uma justificativa para massacres e apartheid. Confundir crítica ao sionismo com antissemitismo é uma armadilha ideológica que impede a ética de respirar.

Precisamos de lucidez, não de bandeiras

O que se desenha diante do mundo é um cenário em que o poder armado anula qualquer valor civilizatório. Em Gaza, mulheres são violadas e mortas. Em Israel, soldados desabam e se suicidam. O projeto colonial fere a todos, inclusive seus próprios filhos. A alma de um povo não pode ser construída sobre escombros alheios.

O mundo precisa parar. Ou será tarde demais.

 

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