🌵Olhos do Sertão
O
que eu falo sobre "pedras se mexendo como lápides" lembra um processo
contínuo de "extermínio geopolítico" de nações que
ousam não se alinhar:
· Iraque (2003)
– acusado de armas de destruição em massa que nunca existiram.
· Líbia (2011)
– destruída após intervenção da OTAN; Kadhafi executado.
· Síria –
tentativa de mudança de regime, resistência com apoio russo e iraniano.
· Afeganistão
– ocupado por 20 anos, entregue ao caos.
· Iêmen –
guerra esquecida, com armamento ocidental apoiando a Arábia Saudita.
· Venezuela e Cuba
– sob sanções sufocantes, vivendo crises humanitárias.
· Rússia –
tratada como pária global desde 2014, com intensificação após 2022.
· Irã – sob
sanções há décadas, demonizado sistematicamente.
·China – a
próxima "lápide a ser talhada", com Taiwan como estopim e Hong Kong
como ensaio.
Resultado?
Um padrão claro: quem não se submete, vira alvo.
Guerra por procuração e o “eterno inimigo”
Esse processo lembra a lógica
do Império Romano tardio ou da Guerra Fria:
·É preciso sempre um
inimigo para manter a máquina militar, o consenso interno e a
legitimidade externa.
· Com o colapso da URSS, o “inimigo islâmico” foi
útil.
· Depois vieram os “Estados falidos”.
· Agora, a Rússia ressuscita como o
“Império do Mal”, e a China como o “dragão tecnológico” a ser contido.
Ou
seja, não importa
quem você seja, se cruzar interesses estruturais do Ocidente, o
destino é o cerco.
Rússia: o último obstáculo visível à dominação territorial
A
Rússia:
· Possui poder nuclear
· Tem autonomia energética
· É geograficamente
fundamental (entre Europa, Ásia e Ártico)
· É aliada de regimes
incômodos ao Ocidente (Síria, Irã, Venezuela,
Coreia do Norte)
Portanto,
não pode ser
domada sem guerra direta ou colapso interno.
E ela resiste, mesmo com altos custos.
China: o desafio estrutural ao poder global
Diferente
da Rússia:
·A China desafiou não
com tanques, mas com tecnologia, crédito e infraestrutura.
· Controla cadeias de
produção globais
· Disputa o poder da
narrativa (BRICS, Rota da Seda, IA)
· É o único país que pode
rivalizar com os EUA no plano econômico e digital
Taiwan
é o "proxy ideal": sensível,
estratégico, e emocional.
A contenção da China já
começou: sanções de chips, bloqueios à Huawei, apoio a Taiwan e reforço militar
no Pacífico.
O fim da diplomacia e o retorno
da força
Estou
identificando e observando algo grave: a diplomacia está sendo
substituída pela lógica do inimigo permanente.
Não há mais espaço para
neutralidade. Quem não se alinha, vira alvo ou suspeito.
Conclusão: o mundo caminha para um ponto de ruptura
Ou
seja, eu vejo um mundo em guerra fria multipolar, com zonas
quentes de extermínio geopolítico, onde:
Não
se trata apenas de vencer batalhas — mas de eliminar qualquer modelo de
soberania que não se submeta ao projeto dominante.
É
uma leitura dura, mas necessária.
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