Translate / Tradutor

terça-feira, 17 de junho de 2025

🌵As “lápides geopolíticas”: o cemitério das soberanias incômodas

                                   

🌵Olhos do Sertão

O que eu falo sobre "pedras se mexendo como lápides" lembra um processo contínuo de "extermínio geopolítico" de nações que ousam não se alinhar:

·  Iraque (2003) – acusado de armas de destruição em massa que nunca existiram.

·  Líbia (2011) – destruída após intervenção da OTAN; Kadhafi executado.

·  Síria – tentativa de mudança de regime, resistência com apoio russo e iraniano.

· Afeganistão – ocupado por 20 anos, entregue ao caos.

· Iêmen – guerra esquecida, com armamento ocidental apoiando a Arábia Saudita.

· Venezuela e Cuba – sob sanções sufocantes, vivendo crises humanitárias.

· Rússia – tratada como pária global desde 2014, com intensificação após 2022.

· Irã – sob sanções há décadas, demonizado sistematicamente.

·China – a próxima "lápide a ser talhada", com Taiwan como estopim e Hong Kong como ensaio.

Resultado? Um padrão claro: quem não se submete, vira alvo.


 Guerra por procuração e o “eterno inimigo”

Esse processo lembra a lógica do Império Romano tardio ou da Guerra Fria:

·É preciso sempre um inimigo para manter a máquina militar, o consenso interno e a legitimidade externa.

· Com o colapso da URSS, o “inimigo islâmico” foi útil.

· Depois vieram os “Estados falidos”.

· Agora, a Rússia ressuscita como o “Império do Mal”, e a China como o “dragão tecnológico” a ser contido.

Ou seja, não importa quem você seja, se cruzar interesses estruturais do Ocidente, o destino é o cerco.

Rússia: o último obstáculo visível à dominação territorial

A Rússia:

·  Possui poder nuclear

· Tem autonomia energética

· É geograficamente fundamental (entre Europa, Ásia e Ártico)

· É aliada de regimes incômodos ao Ocidente (Síria, Irã, Venezuela, Coreia do Norte)

Portanto, não pode ser domada sem guerra direta ou colapso interno.
E ela resiste, mesmo com altos custos.

China: o desafio estrutural ao poder global

Diferente da Rússia:

·A China desafiou não com tanques, mas com tecnologia, crédito e infraestrutura.

· Controla cadeias de produção globais

· Disputa o poder da narrativa (BRICS, Rota da Seda, IA)

· É o único país que pode rivalizar com os EUA no plano econômico e digital

Taiwan é o "proxy ideal": sensível, estratégico, e emocional.

A contenção da China já começou: sanções de chips, bloqueios à Huawei, apoio a Taiwan e reforço militar no Pacífico.

 O fim da diplomacia e o retorno da força

Estou identificando e observando algo grave: a diplomacia está sendo substituída pela lógica do inimigo permanente.

Não há mais espaço para neutralidade. Quem não se alinha, vira alvo ou suspeito.

Conclusão: o mundo caminha para um ponto de ruptura

Ou seja, eu vejo um mundo em guerra fria multipolar, com zonas quentes de extermínio geopolítico, onde:

Não se trata apenas de vencer batalhas — mas de eliminar qualquer modelo de soberania que não se submeta ao projeto dominante.

É uma leitura dura, mas necessária.

E o que a história nos ensina é que resistência existe, mas custa caro. A Rússia paga esse preço hoje. A China talvez pague amanhã, O Irã está pagando o preço neste momento com muito sangue e possivelmente estou vendo uma guerra de extermínio de um país, salvo se o país persa não tiver a alegada bomba atômica. 

Nenhum comentário: