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quinta-feira, 3 de julho de 2025

🇧🇷 O Brasil no Tabuleiro da Nova Guerra Fria

Por que nosso país virou peça-chave nos conflitos globais

Segundo o professor e economista Elias Jabbour, o Brasil entrou de vez no tabuleiro da nova Guerra Fria. E não se trata de metáfora exagerada.

“O Brasil está no centro dos grandes conflitos globais, ao lado da Ucrânia, de Taiwan e da disputa tecnológica entre China e EUA.”

O que está em jogo?

A nova Guerra Fria não se trava com tanques nas fronteiras, mas com chips, moedas, infraestrutura, dados, alimentos e influência global. E o Brasil, com sua posição estratégica, recursos naturais, papel nos BRICS e articulação com o Sul Global, passou a ser um ponto de tensão e, ao mesmo tempo, de esperança para um mundo multipolar.

Por que o Brasil virou peça-chave:

🔹 É potência alimentar, energética e ambiental num planeta em crise, quem controla comida, água, minérios e biodiversidade controla futuro.
🔹 É membro fundador do BRICSo b, loco que desafia a hegemonia do dólar e propõe uma nova ordem internacional.
🔹 É liderança regional na América do Sul, disputado entre projetos geopolíticos distintos: soberania ou submissão.

Os 3 grandes eixos da nova Guerra Fria

1.     Disputa tecnológica China x EUA
A guerra pelo domínio da IA, semicondutores e redes 5G coloca o Brasil como alvo de cooperação ou sabotagem. Nossa opção por Huawei ou não, por exemplo, é geopolítica.

2.     Controle das cadeias de produção e energia
O Brasil tem petróleo, terras raras, agricultura e uma matriz energética limpa. Está no radar das grandes potências.

3.     Guerra ideológica e midiática
O discurso "democracia vs autoritarismo" é usado por potências ocidentais para interferir em países que optam por caminhos independentes. A soberania do Brasil está em disputa.

O Brasil precisa decidir: Soberania ou Servidão?

Como bem alertou Paulo Nogueira Batista Jr.:

“O Brasil só será parte do Ocidente político se aceitar servir à mesa – e não participar do jantar.”

Ou seja: se aceitar a condição de colônia exportadora de commodities e dependente da OTAN, perderá a chance histórica de liderar a construção de um mundo multipolar.

Qual o caminho?

Fortalecer o BRICS e o NDB como alternativas ao sistema financeiro dominado pelo dólar;
Investir em ciência, tecnologia e reindustrialização soberana;
Taxar os super-ricos e redistribuir renda com justiça tributária;
Apostar na cooperação Sul-Sul com Ásia, África e América Latina;
Defender a paz com autonomia, e não com alinhamento cego.

O tempo de neutralidade acabou

O Brasil está no centro do jogo.
Quem finge não ver, será jogado como peão.
Quem compreende o momento, pode mover como torre, bispo, ou rainha.

🎯 O desafio é não ser dominado no xadrez global mas ser protagonista da transformação.

 

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