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quinta-feira, 17 de julho de 2025

Agora Israel fala em criar Campo de Concentração em Gaza


Genocídio e Campo de Concentração em Gaza, Cumplicidade Ocidental e a Resistência no Mar Vermelho

O que se desenrola diante dos nossos olhos não é apenas mais um conflito no Oriente Médio. Trata-se de um genocídio televisionado, um massacre sistemático contra o povo palestino em Gaza, com a conivência do Ocidente e o silêncio ensurdecedor de instituições que deveriam proteger os direitos humanos universais.

A relatora especial da ONU para os Territórios Palestinos Ocupados, Francesca Albanese, publicou recentemente um relatório devastador que classifica as ações de Israel como genocidas. O documento expõe não apenas a brutalidade da ocupação, mas também como empresas norte-americanas lucram diretamente com a destruição da Palestina.

A resposta dos Estados Unidos, país que se autoproclama guardião da democracia, foi sancionar a própria relatora da ONU. Sim, você leu certo: o império puniu quem ousou dizer a verdade. Um ataque frontal não só à integridade das Nações Unidas, mas à própria ideia de legalidade internacional. A mensagem é clara: o direito internacional vale apenas quando favorece seus interesses.

Israel, por sua vez, intensifica sua máquina de guerra com apoio irrestrito de Washington. Bombardeios contra hospitais, escolas, campos de refugiados e infraestruturas civis já deixaram dezenas de milhares de mortos, em sua maioria mulheres e crianças. O próprio governo israelense, segundo reportagens da própria mídia local, não esconde planos para criar guetos e “campos de concentração” onde pretende confinar os palestinos que restarem vivos. E se não estiverem nesses campos? Serão considerados alvos militares. Extermináveis.

É o retorno do fascismo, mas agora com chancela democrática, financiamento norte-americano e silêncio europeu. É o espelho invertido da história, onde descendentes de vítimas do Holocausto reproduzem a lógica dos guetos e da segregação.

No meio disso tudo, o Iêmen se levanta. Um dos únicos países a agir concretamente contra o genocídio, bloqueando o Mar Vermelho como forma de pressão. Em resposta, os EUA bombardearam o território iemenita. Mas o governo do Iêmen é firme: só cessará seus ataques quando cessar o massacre em Gaza.

Enquanto isso, Israel precisou fechar o porto de Eliat após ataques iemenitas. Pela primeira vez em décadas, um pequeno país do Sul global impôs perdas econômicas reais ao poder colonial israelense.

Do outro lado, a Europa, cúmplice. Todos os países signatários do Tribunal Penal Internacional simplesmente ignoraram o mandado pendente contra Benjamin Netanyahu por crimes de guerra e contra a humanidade. O presidente de Israel sobrevoou seu espaço aéreo sem ser incomodado. A tal ordem internacional mostrou seu rosto: farsa, seletiva, branca, colonial.

A máscara caiu. O Ocidente, EUA, Europa e Israel, demonstrou que os direitos humanos não são universais, são geopolíticos. São arma quando interessa, silêncio quando incomoda.

No meio disso, o povo palestino resiste. Sem água, sem comida, sem teto. Mas com dignidade. Com humanidade. E agora com aliados inesperados, como o Iêmen, o Irã, e povos ao redor do mundo que se recusam a assistir passivamente esse horror.

Palavras finais

O que acontece hoje em Gaza define o futuro do Direito Internacional, da dignidade humana e da própria ideia de civilização. Se o mundo permitir que este genocídio siga impune, então o sistema global de justiça, paz e cooperação entre os povos não passa de uma piada macabra.

Que cada um de nós escolha de que lado da história quer estar.

O silêncio também mata.

A neutralidade é cumplicidade.

E a resistência, neste momento, é um dever ético e humano

O Estado de Israel é um estado etnocrático, não é uma democracia e tem um governo de segregação. E é um dos regimes mais autoritários do mundo.


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