Abaixo traço uma pequena análise deste vídeo - Guerra de Trump contra os BRICS dá errado: Putin e China detonam o dólar. Primeiro que os diálogos no vídeo, BRICS: ameaça à hegemonia do dólar e à geopolítica dos EUA, logo no início do vídeo, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, declara que os BRICS foram criados com o intuito de enfraquecer a supremacia do dólar nas transações internacionais. Em tom de enfrentamento, afirma que, se os BRICS quiserem jogar este jogo, os EUA responderão com tarifas e sanções.
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quarta-feira, 23 de julho de 2025
segunda-feira, 21 de julho de 2025
sábado, 19 de julho de 2025
O Brasil de Lula está sendo pressionado a tomar lado, e a tentativa de neutralidade já não é possível no atual contexto multipolar.
O vídeo que estou analisando levanta pontos
importantes da atual conjuntura geopolítica e destaca com clareza o papel do
Brasil dentro desse tabuleiro em transformação, principalmente sob o governo
Lula e em um cenário do retorno desastroso de Trump à presidência dos EUA.
Abaixo, sintetizo e organizo os principais pontos em
destaque, com comentários críticos e observações analíticas, a partir de pontos
que considero importantes
Trump e a tentativa de mudança de regime no Brasil
O vídeo sugere que Trump busca derrubar Lula e implantar um regime cliente, governado por um presidente fantoche, provavelmente alinhado aos interesses geopolíticos dos EUA.
De quintal a potência: o que está em jogo na escalada dos EUA contra o Brasil?
Tarifas, chantagens, pressão militar e guerra de narrativas: por que o Brasil se tornou alvo direto da ofensiva geopolítica dos EUA? Qual o papel de Donald Trump e do trumpismo nesse novo cenário? E como isso se conecta à luta contra o BRICS e à tentativa de frear a ascensão de uma potência do Sul Global?
O
velho fantasma do “Quintal”
A ideia
de que a América Latina e o Brasil seriam o “quintal dos Estados Unidos” não é
nova. Ela remonta à Doutrina Monroe (1823), com o lema “A América para os
americanos”, que na prática significava: “a América sob influência dos EUA”.
Desde então, golpes, intervenções, bloqueios e chantagens passaram a fazer
parte do repertório usado para manter essa hegemonia.
O Brasil, como maior país da região, sempre foi visto com especial atenção: grande demais para ignorar, estratégico demais para ser livre.
sexta-feira, 18 de julho de 2025
Que a prisão de Bolsonaro não seja espetáculo, mas justiça com dignidade e reparação às mães que nunca puderam enterrar seus mortos
Hoje, Jair Bolsonaro recebeu uma medida cautelar do Supremo Tribunal Federal (STF). Foi alvo de busca e apreensão, conduzido para prestar depoimento à Polícia Federal e obrigado a usar tornozeleira eletrônica. Não me alegro, não celebro. Não me regozijo. Porque isso não é questão de vingança. É, sobretudo, questão de justiça.
Justiça para as mães dos desaparecidos políticos que morreram sem sequer
poder enterrar seus filhos, vítimas da ditadura civil-militar. Justiça diante
da humilhação institucionalizada, como o cartaz que Bolsonaro mantinha em seu
gabinete: “Só quem procura osso é cachorro”, uma resposta vil à Comissão
Nacional da Verdade (CNV), criada pela então presidenta Dilma Rousseff.
Justiça diante do escárnio com que tratou as mortes por COVID-19. Quando
questionado sobre os milhares de brasileiros mortos, respondeu com frieza: “E
daí? Eu não sou coveiro” e, não satisfeito, passou a imitar pessoas morrendo
sem ar, zombando da dor alheia.
Bolsonaro se orgulhava de dizer que sua especialidade era matar. Desejou
publicamente que Dilma “pegasse um câncer e morresse”. E, no dia da votação do
impeachment, prestou um voto simbólico e cruel “em nome de Ustra”, o notório
torturador do regime civil-militar. A cada frase, a cada gesto, feriu mães,
filhos, netos, feriu a história e o tecido da nossa humanidade.
Hoje, portanto, não é um dia de júbilo. É um dia de memória. De
lembrança das mulheres que perderam seus filhos na tortura, na violência
política, ou na pandemia, sem um enterro, sem um adeus. É por elas que a
justiça dos homens e das mulheres, e talvez também a justiça de Deus, começa a
se fazer presente.
Que a prisão de Bolsonaro, quando vier, não seja espetáculo, mas ato de dignificação das mães que nunca puderam enterrar seus mortos, seja na ditadura, seja no descaso genocida da pandemia. Que seja memória e reparação. Nunca revanche.