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quarta-feira, 9 de julho de 2025

Lula responde com soberania à chantagem de Trump e ganha a plataforma eleitoral de 2026 de bandeja

Por Luis Moreira

Professor, ambientalista e militante petista desde os anos 1989

Na tarde desta quarta-feira, 9 de julho de 2025, o presidente Lula deu uma resposta que entrou para a história recente da diplomacia brasileira. Diante da chantagem explícita feita por Donald Trump, que ameaçou o Brasil com tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros,  caso o país não intervenha no processo judicial contra os golpistas de 8 de janeiro. O presidente Lula reagiu como se espera de um estadista: com firmeza, sobriedade e soberania.

“O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém.”

A declaração veio por meio de nota oficial, mas o alcance político é muito mais amplo. Em tempos de guerra de narrativas, em que a extrema-direita manipula símbolos e mentiras, Lula ocupou o espaço vazio deixado por muitos de seus ministros e reassumiu seu papel de liderança nacional e internacional.

Soberania não se negocia

Trump, ao tentar deslegitimar o STF e proteger os seus aliados bolsonaristas, não só atacou o Brasil como país soberano, como também entregou a Lula, de bandeja, a plataforma eleitoral de 2026: a defesa da soberania, da justiça e da democracia.

Mais uma vez, a extrema-direita revelou seu verdadeiro projeto: servir aos interesses externos, vender o país e atacar as instituições brasileiras. Não é de hoje que Bolsonaro e seus filhos fazem política como se fossem agentes da CIA. O Brasil é só um trampolim para seus objetivos pessoais e sua obediência ao império.

A mentira do déficit e a farsa do discurso de ódio

Lula também desmascarou a mentira difundida por Trump de que os Estados Unidos têm prejuízo na balança comercial com o Brasil. Nos últimos 15 anos, os EUA acumularam superávit de 410 bilhões de dólares com nosso país. E ainda por cima, se beneficiam de um comércio favorável e de empresas que atuam aqui sem respeitar nossas leis digitais.

Lula foi claro: "Para operar em nosso país, todas as empresas nacionais e estrangeiras estão submetidas à legislação brasileira."

Essa resposta desmonta o discurso liberal e entreguista que tenta confundir liberdade de expressão com a liberdade de propagar crimes, como racismo, fake news, ódio e golpismo.

A hora é de mobilização

Este momento pode ser um divisor de águas. Lula demonstrou que:

O Brasil não será colônia;

A justiça não será chantageada;

E que o governo, se necessário, adotará a reciprocidade econômica.

Trump pode até ameaçar com tarifas, mas Lula mostrou que está disposto a resistir. Se os EUA impõem tarifas, o Brasil pode retaliar. E mais do que isso: pode aprofundar sua aliança com os BRICS, com China, Rússia, Índia, África do Sul e todos os que defendem um mundo multipolar.

Conclusão: Lula encurrala os golpistas e reassume a iniciativa

A velha mídia, os bancos, os bilionários, os bolsonaristas e os Estados Unidos se uniram para tentar encurralar o presidente. Mas Lula respondeu com altivez.

Quem radicalizou não foi Lula foi o império. E Lula apenas reagiu com coragem.

É hora de espalhar essa resposta. Nas redes, nas ruas, nos sindicatos, nas igrejas, nas escolas, nos comitês populares.

Porque, como disse Paulo Freire, “esperançar é lutar por justiça.”

E como diria Boaventura de Sousa Santos, "a alternativa à gramática dominante do tempo é a gramática da esperança e da solidariedade." E essa gramática só pode ser escrita por mãos brasileiras.

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O Brasil precisa ouvir, ler e sentir que ainda há resistência.

🟥 Viva a soberania. Viva Lula. Viva o povo brasileiro.


 Tendo em vista a manifestação pública do presidente norte-americano Donald Trump apresentada em uma rede social, na tarde desta-quarta (9), é importante ressaltar: O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém. O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais. No contexto das plataformas digitais, a sociedade brasileira rejeita conteúdos de ódio, racismo, pornografia infantil, golpes, fraudes, discursos contra os direitos humanos e a liberdade democrática. No Brasil, liberdade de expressão não se confunde com agressão ou práticas violentas. Para operar em nosso país, todas as empresas nacionais e estrangeiras estão submetidas à legislação brasileira. É falsa a informação, no caso da relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, sobre o alegado déficit norte-americano. As estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit desse país no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de 410 bilhões de dólares ao longo dos últimos 15 anos. Neste sentido, qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica. A soberania, o respeito e a defesa intransigente dos interesses do povo brasileiro são os valores que orientam a nossa relação com o mundo.




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