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domingo, 15 de fevereiro de 2009

PATATIVA DO ASSARÉ, PENSAMENTO SOCIAL DO SERTÃO

Antônio Gonçalves da Silva

Patativa do Assaré

Sertanejo, poeta popular, compositor, cantor e improvisador brasileiro.
Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome, pergunto o que há?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará.
Patativa do Assaré



fotos do Colégio São Francisco

Sertão, argúem te cantô,
Eu sempre tenho cantado
E ainda cantando tô,
Pruquê, meu torrão amado,
Munto te prezo, te quero
E vejo qui os teus mistéro
Ninguém sabe decifrá.
A tua beleza é tanta,
Qui o poeta canta, canta,
E inda fica o qui cantá.

(De EU E O SERTÃO - Cante lá que eu canto Cá - Filosofia de um trovador nordestino - Ed.Vozes, Petrópolis, 1982)


"Há dor que mata a pessoa
Sem dó nem piedade.
Porém não há dor que doa"


"Meus versos é como semente
Que nasce arriba do chão;
Não tenho estudo nem arte,
A minha rima faz parte
Das obras da criação
Como a dor de uma saudade."

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