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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

NASCI NO SERTÃO

Eu nasci no sertão.
Fui criança, menino, hoje sou cidadão.
Vivi entre carnaubeiras e a relva do campo
O cheiro da palha e da chuva no chão.
Quando penso no sertão fico cheio de pranto.
Comi os seus frutos, corri pelo tempo.
As folhas açoitadas pelo vento
Suave é a manhã do sertão.
Em sol ardente corpos trabalham o chão.
Semeia o campo, do solo tira o sustento,
olho a imensidão das terras por um momento,
E digo, meu Deus esta é a minha nação.
Ponte sobre Rio Jaguaribe - Comunidade da Ilhota
Russas - CE

Carnaubeiras (copernicia prunifera), senhoras de si. Arvore da providência, árvore da vida, resistente à seca dá vida e beleza ao sertão. É hoje a árvore símbolo do Ceará.

Não há luar como esse no sertão

Rio Jaguaribe As primeiras chuvas já começam a encher os buchos de rios e lagoas. Com as chuvas, tudo se transforma. O que antes era vida adormecida, emerge e dá ao sertanejo a a esperança dos bons e frutos e do pão


O pôr do sol ilumina as minhas lembranças nas águas serenas do Rio Jaguaribe
E deixa na minha alma a saudade dos meus tempos de criança,
do tempo que não existia tempo, mas apenas o momento lento de um menino correndo pelo tempo.


Os cataventos são o resultado das experiências do sertanejo no sertão. Tiram água subterrâneas do sertão. Com eles a vida brota do chão. Como profetas do sertão, inspiram-se nos animais e nas plantas da caatinga para dizer meu filho vamos cuidar da vida pois este ano tem inverno e muito feijão.

Um comentário:

Eliana Batista disse...

Olá, Luís


Lendo seu poema, lembrei dos tempos de criança também. Que tempo bom! Seu texto retrata nossa Terra com tanto primor! Parabéns, amigo!!!