Presidenta afirma que não recuará e que redução do preço de
energia é prioridade para 2013 e tão importante quanto taxa de juros e
de câmbio para melhorar a competitividade do país
Dilma durante a abertura do Encontro Nacional da Indústria (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
São
Paulo - A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (5), durante a
solenidade de abertura do 7º Encontro Nacional da Indústria, em
Brasília, que lamenta “profundamente” a “insensibilidade”
dos governos estaduais que não aderiram ao novo modelo de concessões
elétricas, cujo objetivo é baixar em 20.2% as tarifas de energia no
Brasil.
“Para
isso, nós adotamos dois conjuntos de medidas. Um conjunto que era
reduzir os encargos nas tarifas de energia, notadamente a RGR, a CSS
e Conta de Desenvolvimento Energético. Essas três tarifas, junto
com o fim das concessões de energia elétrica, antecipação em
alguns casos e o fim em outros, permitiram que a gente reduzisse em
22% essas tarifas”, explicou a presidenta.
Dilma
afirmou que a redução do preço de energia será questão
prioritária em 2013, como fator essencial para estimular a
competitividade no país. “O governo federal vai buscar o máximo
esforço para reduzir as tarifas, isso é algo fundamental no Brasil,
é tão importante quanto a redução da taxa de juros e de câmbio
para melhorar a competitividade do país.”
Os
estados que não aceitaram diminuir lucros para reduzir também as
tarifas são governados pela oposição, sobretudo pelo PSDB. Por uma
decisão que teve o avala da cúpula tucana, as principais usinas de
São Paulo, Minas Gerais e Paraná, ligadas respectivamente à Cesp,
à Cemig e à Copel, ficaram de fora do novo modelo. Como elas são
responsáveis por 25% de toda a geração de energia do país, a
expectativa de redução média caiu de 20% para 17%. No caso dos
consumidores residenciais, caiu de 16% para 10%, com efeito no bolso dos consumidores esperado para março.
Em
seu discurso, porém, Dilma afirmou que não irá “recuar”
e sinalizou que manterá os índices de redução originalmente
previstos usando recurso do orçamento da União, que “serão
repassados para suprir a indústria e a população brasileira,
“aquilo que os outros não tiverem a sensibilidade de fazer”.
Ainda
sobre a competitividade, Dilma ressaltou a importância na queda da
taxa de juros para para aumento da produtividade e a importância dos
recursos naturais para a produção industrial do país. “Devemos
utilizar nossos recursos não apenas para exportar produtos
primários. Temos que diversificar nossa base produtiva, fortalecer a
indústria, investir em capital humano e em vantagens competitivas em
todos os setores.”
Pronatec
A
educação foi lebrada por Dilma como uma questão não apenas social
e moral, mas “política e econômica também.” Segundo a
presidenta, não há inovação tecnológica sem educação de
qualidade para a população. “Nenhum país chegou a ser
competitivo e desenvolvido sem estar ancorado a fundo na questão da
educação.”
A presidenta ressaltou a parceria com o
Confederação Nacional da Indústria (CNI) no Programa Nacional de
Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “O Pronatec tem a
chave do futuro do país, tem a capacidade de dar qualidade ao ensino
médio e dar qualidade aos profissionais e trabalhadores. Tudo o que
colocarmos na educação é investimento no presente e uma poupança
para o futuro.”
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