Maias acertam:Desemprego cai e renda sobe. A Corrupta sangra. Dizem por aí que o STF vai julgar A Privataria Tucana, e mais uma vez os Maias acertarão porque será o fim do mundo, mas para o PSDB e sua chefe, a Corrupta.Aposentado Invocado
CONJUNTURA
Desemprego cai e renda sobe
Índice de desocupação crava 4,9% em novembro, o menor já registrado no mês. Salário médio atinge R$ 1.809, um recorde
O fraco
desempenho da economia brasileira — a estimativa é de que o Produto
Interno Bruto (PIB) avance, no máximo, 1% neste ano — não impediu que a
taxa de desemprego caísse para 4, 9% em novembro, o menor nível para o
mês em 10 anos e o segundo mais baixo da história (superior apenas aos
4,7% de dezembro de 2011). E mais: o trabalhador chegou às vésperas do
Natal com o maior salário médio da história, R$ 1.809,60, com aumento de
5,3% ante novembro de 2011.
Com esse índice de desocupação, o Brasil vive o que os especialistas chamam de pleno emprego. Nas seis maiores regiões metropolitanas do país — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre —, só estão fora do mercado de trabalho quem quer e os que não têm qualificação mínima para preencher as vagas oferecidas. Segundo empresários, faltam pessoas com conhecimento para todos os tipos de função, mesmo para as mais básicas, como a de motorista de caminhão.
Na avaliação do economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros, a consistência do mercado de trabalho confirma o processo de retomada da atividade, ainda que em ritmo mais lento que o desejado. Para o economista Aurélio Bicalho, do Itaú Unibanco, boa parte dos empregos criados no país revela o novo perfil da economia brasileira. Se o desaquecimento da atividade foi mais forte na indústria de transformação, setores mais intensivos de mão de obra, como o comércio e a construção civil, continuam demandando mão de obra. O varejo, por sinal, foi o campeão de vagas abertas em novembro, por causa dos postos temporários de fim de ano.
“Há evidência também que aqueles setores que tiveram um enfraquecimento maior optaram por reduzir mais as horas trabalhadas do que diminuir o emprego, dada a expectativa de retomada da economia nos próximos trimestres”, disse Bicalho. No seu entender, mesmo que a taxa de desemprego volte a subir no início de 2013, por causa da demissão dos temporários do comércio, o indicador medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) continuará próximo dos menores níveis da história. A expectativa é de que a taxa de desocupação fique entre 5% e 5,5%, nível confortável para os planos de governo de manter em alta a popularidade da presidente Dilma Rousseff.
Domésticos
Outro fator que contribuiu para o bom resultado da taxa de desemprego foi a desistência de várias pessoas em procurar trabalho. Segundo o IBGE, em novembro, 106 mil pessoas saíram das estatísticas do instituto, enquanto o total de contratados aumentou em 98 mil. A tendência é de que o movimento se repita neste mês, quando, tradicionalmente, há mais abertura vagas temporárias e menos dias úteis para que os desocupados procurem trabalho. “Mas não há duvidas de que o mercado melhorou. Talvez pudesse estar num momento ainda melhor, se o nível de atividade estivesse mais forte”, assinalou Cimar Azeredo, coordenador da pesquisa do IBGE.
Azeredo destacou que a renda deverá se manter em alta, a despeito da inflação maior. “Temos, mesmo que numa velocidade menor, o aumento de assinaturas de carteiras de trabalho. Isso eleva o poder de compra dos trabalhadores e ajuda a manter o consumo aquecido”, ressaltou. O técnico lembrou que, no mês passado, foram criados, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 46.095 postos formais, com alta de 7,8% sobre novembro de 2011. Três grupos de trabalhadores lideraram os ganhos salariais: empregados domésticos, construção e serviços prestados a empresas.
Vários analistas, no entanto, veem nesses bons indicadores maior pressão sobre a inflação em 2013, já que, com dinheiro no bolso, os consumidores aceitam pagar mais caro pelos produtos que compram. “A pressão exercida pelo baixo desemprego e pelo aumento da renda real do trabalhador são fatores a serem pesados na condução da política monetária pelo Banco Central”, afirmou Flávio Combat, economista-chefe da corretora Concórdia.
“Temos, mesmo que numa velocidade menor, o aumento de assinaturas de carteiras de trabalho. Isso eleva o poder de compra dos trabalhadores e ajuda a manter o consumo aquecido” Cimar Azeredo, técnico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
VERA BATISTA
Comércio puxa a criação de vagas e dá
confiança ao governo de que a economia está se recuperando, ainda que em
ritmo quém do desejado |
Com esse índice de desocupação, o Brasil vive o que os especialistas chamam de pleno emprego. Nas seis maiores regiões metropolitanas do país — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre —, só estão fora do mercado de trabalho quem quer e os que não têm qualificação mínima para preencher as vagas oferecidas. Segundo empresários, faltam pessoas com conhecimento para todos os tipos de função, mesmo para as mais básicas, como a de motorista de caminhão.
Na avaliação do economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros, a consistência do mercado de trabalho confirma o processo de retomada da atividade, ainda que em ritmo mais lento que o desejado. Para o economista Aurélio Bicalho, do Itaú Unibanco, boa parte dos empregos criados no país revela o novo perfil da economia brasileira. Se o desaquecimento da atividade foi mais forte na indústria de transformação, setores mais intensivos de mão de obra, como o comércio e a construção civil, continuam demandando mão de obra. O varejo, por sinal, foi o campeão de vagas abertas em novembro, por causa dos postos temporários de fim de ano.
“Há evidência também que aqueles setores que tiveram um enfraquecimento maior optaram por reduzir mais as horas trabalhadas do que diminuir o emprego, dada a expectativa de retomada da economia nos próximos trimestres”, disse Bicalho. No seu entender, mesmo que a taxa de desemprego volte a subir no início de 2013, por causa da demissão dos temporários do comércio, o indicador medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) continuará próximo dos menores níveis da história. A expectativa é de que a taxa de desocupação fique entre 5% e 5,5%, nível confortável para os planos de governo de manter em alta a popularidade da presidente Dilma Rousseff.
Domésticos
Outro fator que contribuiu para o bom resultado da taxa de desemprego foi a desistência de várias pessoas em procurar trabalho. Segundo o IBGE, em novembro, 106 mil pessoas saíram das estatísticas do instituto, enquanto o total de contratados aumentou em 98 mil. A tendência é de que o movimento se repita neste mês, quando, tradicionalmente, há mais abertura vagas temporárias e menos dias úteis para que os desocupados procurem trabalho. “Mas não há duvidas de que o mercado melhorou. Talvez pudesse estar num momento ainda melhor, se o nível de atividade estivesse mais forte”, assinalou Cimar Azeredo, coordenador da pesquisa do IBGE.
Azeredo destacou que a renda deverá se manter em alta, a despeito da inflação maior. “Temos, mesmo que numa velocidade menor, o aumento de assinaturas de carteiras de trabalho. Isso eleva o poder de compra dos trabalhadores e ajuda a manter o consumo aquecido”, ressaltou. O técnico lembrou que, no mês passado, foram criados, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 46.095 postos formais, com alta de 7,8% sobre novembro de 2011. Três grupos de trabalhadores lideraram os ganhos salariais: empregados domésticos, construção e serviços prestados a empresas.
Vários analistas, no entanto, veem nesses bons indicadores maior pressão sobre a inflação em 2013, já que, com dinheiro no bolso, os consumidores aceitam pagar mais caro pelos produtos que compram. “A pressão exercida pelo baixo desemprego e pelo aumento da renda real do trabalhador são fatores a serem pesados na condução da política monetária pelo Banco Central”, afirmou Flávio Combat, economista-chefe da corretora Concórdia.
“Temos, mesmo que numa velocidade menor, o aumento de assinaturas de carteiras de trabalho. Isso eleva o poder de compra dos trabalhadores e ajuda a manter o consumo aquecido” Cimar Azeredo, técnico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Nenhum comentário:
Postar um comentário