Meus amigos(as), há sinalizações de que o mesmo modus operandi que levou Bush ao poder pode ser replicado no Brasil, agora com o STF como protagonista. Aconteceu em Honduras, no Paraguai e agora no Brasil? Veremos.
Desde golpe de Bush, direita se aglutina no Judiciário
Personagem da revista Mad, conforme retratado na Wikipedia
sugerido por e-mail pelo RC
Colunistas| 19/12/2012 | Copyleft
O STF. Por que não?
Desde o golpe que levou Bush Filho ao poder contra Al Gore, há uma
tendência de forças de direita se aglutinarem em torno do Judiciário
para, sempre que possível, derrogar ou ameaçar a soberania do voto
popular. Foi assim em Honduras. Por que não no Brasil? Na falta de
outros argumentos, ou votos, a direita brasileira encastelou-se no
Supremo.
Leio, compartilhando, a indignação dos companheiros com a decisão do
STF invadindo prerrogativas do Congresso Nacional e cassando os mandatos
dos deputados considerados culpados no processo 470.
Mais um desmando, eivado de contradições, sobretudo a do voto
decisivo do ministro Celso de Mello: cassou aqui e agora onde não
cassara lá e antes.
A argumentação de que no meio do caminho foi votada a Lei da Ficha Limpa e outras leis não cola.
O assunto é matéria constitucional, no fim de contas.
Porém no fim de contas, esse acontecido, bem como o comportamento no Supremo e da mídia em torno não surpreende muito.
Afinal, segue tendência internacional.
Desde o golpe que levou Bush Filho ao poder contra Al Gore, há uma
tendência de forças de direita se aglutinarem em torno do Judiciário
para, sempre que possível, derrogar ou ameaçar a soberania do voto
popular.
Foi assim em Honduras. Por que não no Brasil?
Na falta de outros argumentos, caminhos ou votos, a direita brasileira encastelou-se no Supremo.
A batalha judicial também é o último esteio da direita argentina, no
que diz respeito à lei contrária à indevida concentração da mídia.
O difícil de assimilar é que neste caminho envereda-se por confrontos
institucionais inusitados, como este agora provocado com o Congresso
que, no momento (quarta-feira 18) quer votar mais de 3000 vetos em bloco
para votar um único, o dos royalties do petróleo.
Sim, houve a liminar acolhida pelo ministro Fux no meio do caminho,
mas a pedra já estava bloqueando o bom entendimento e abrindo espaço
para a bílis mal-humorada.
Há uma coisa que chama a atenção nisso tudo. É o despropositado poder da vaidade humana.
Pode-se ler isto tanto na arrogância dos comentários que pedem o
linchamento dos réus, quanto no comportamento desavisado de juízes que
ameaçam a validade de nossa Constituição tão dificilmente conquistada.
Flávio Aguiar é correspondente internacional da Carta Maior em Berlim.
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