Correiodobrasil.com
Por Redação - de São Paulo e Brasília Tanto FHC quanto o ministro Gilmar Mendes constam de documentação anexada a processo contra Marcos Valério
Documentos reveladores e inéditos sobre a contabilidade do chamado ‘valerioduto tucano‘,
que ocorreu durante a campanha de reeleição do então governador de
Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998, constam de matéria
assinada pelo jornalista Leandro Fortes, na edição dessa semana da
revista Carta Capital. A reportagem mostra que receberam
volumosas quantias do esquema, supostamente ilegal, personalidades do
mundo político e do judiciário, além de empresas de comunicação, como a
Editora Abril, que edita a revista Veja.
Estão na lista o ministro Gilmar Mendes, do STF, o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), os ex-senadores Artur
Virgílio (PSDB-AM), Jorge Bornhausen (DEM-SC), Heráclito Fortes (DEM-PI)
e Antero Paes de Barros (PSDB-MT), os senadores Delcídio Amaral (PT-MS)
e José Agripino Maia (DEM-RN), o governador Marconi Perillo (PSDB-GO) e
os ex-governadores Joaquim Roriz (PMDB) e José Roberto Arruda (ex-DEM),
ambos do Distrito Federal, entre outros. Também aparecem figuras de
ponta do processo de privatização dos anos FHC, como Elena Landau, Luiz
Carlos Mendonça de Barros e José Pimenta da Veiga.
Os documentos, com declarações, planilhas de pagamento e recibos
comprobatórios, foram entregues na véspera à Superintendência da Polícia
Federal, em Minas Gerais. Estão todos com assinatura reconhecida em
cartório do empresário Marcos Valério de Souza – que anos mais tarde
apareceria como operador de esquema parecido envolvendo o PT, o suposto
“mensalão”, que começa a ser julgado pelo STF no próximo dia 2. A
papelada chegou às mãos da PF através do criminalista Dino Miraglia
Filho – advogado da família da modelo Cristiana Aparecida Ferreira, que
seria ligada ao esquema e foi assassinada em um flat de Belo Horizonte
em agosto de 2000.
Segundo a revista, Fernando Henrique Cardoso, em parceria com o filho
Paulo Henrique Cardoso, teria recebido R$ 573 mil do esquema. A editora
Abril, quase R$ 50 mil e Gilmar Mendes, R$ 185 mil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário