Um excelente texto do Tijolaço para entender o Brasil pensado pequeno pela elite brasileira. Para entender isso, basta entrar nos aeroportos brasileiros, pequenos em relação aos dos EUA e Europa.
Dilma a Clinton: Brasil paga o preço de ter sido pensado como país pequeno. Assista
No Estadão, um resumo do discurso feito agora há pouco pela
Presidenta Dilma Rousseff no seminário promovido pelo ex-presidente
americano Bill Clinton, no Rio.
Um “xô, urubu” para ninguém botar defeito.
E uma afirmação, diante de um interlocutor norte-americano, de que nossa solidariedade primeira é com a América Latina.
O Estadão, aliás, “comeu” um parágrafo importante, que reproduzo ao final, completando o texto.
Aliás, a entrevista de Clinton a O Globo, hoje, é diplomática e
respeitosa e crítica à espionagem realizada sobre o Brasil. Bem
diferente do silêncio vergonhoso mantido por Obama sobre o assunto.
A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira, 09, em
evento do Bill Clinton Global Initiative, no Rio de Janeiro, que a
solidez das finanças públicas e o controle da inflação são pilares da
economia. A relação dívida pública e Produto Interno Bruto (PIB) chegou a
um dos menores níveis em 2013, de 35%, segundo a presidente, que também
destacou que a inflação fechou 2012 e vai encerrar 2013 em um nível de
estabilidade, em torno de 5,8%, mantendo-se dentro da meta traçada nos
últimos dez anos. Ela disse que, de devedor, o Brasil passou a condição
de credor e hoje possui US$ 375 bilhões de reservas.
No discurso, Dilma afirmou também que o Brasil se torna, cada
vez mais, uma terra de oportunidades. “Somos o terceiro país que mais
atrai Investimento Estrangeiro Direto (IED). Estamos só atrás de Estados
Unidos e China, segundo a Unctad (Conferência das Nações Unidas para
Comércio e Desenvolvimento).”
Ela ressaltou, porém, que isso não significa que todos os
problemas brasileiros estão resolvidos. “Por muitos anos, o Brasil foi
pensado como um país pequeno. (Agora) temos enormes desafios, (uma vez
que) pagamos por décadas de omissão na infraestrutura energética.” Ela
disse também que por muitos anos o Brasil não se voltou para vizinhos da
América do Sul e Caribe.
A presidente destacou os investimentos na melhoria de rodovias,
ferrovias, portos e aeroportos, além do leilão do Campo de Libra de
petróleo, que trará nos próximos 35 anos mais de R$ 1 trilhão de receita
ao País. E destacou a recente inclusão social como um fator dinamizador
da economia nacional. “A atual expansão não se faz às custas de
desigualdade social”, disse.
Na última década, segundo ela, foram criados 20 milhões
de empregos formais. “Todo esse processo, aliado à democratização do
crédito, contribuiu para a construção de um mercado de consumo de
massa.”
E o que faltou na matéria:
““A política salarial ensejou valorização do salário mínimo real, o
salário médio real aumentou 27% no período. Também criamos quantidade
significativa de empregos. Criamos mais de 4,8 milhões de empregos até
outubro, e chegaremos a este ano a uma das menores taxas de desemprego
de todos os tempos, o que coloca o Brasil numa posição invejável no
mundo de hoje. Nos últimos dez anos, conseguimos criar 20 milhões de
empregos formais”.
PS. Consegui o vídeo da fala de Dilma. No início, o tradutor
atrapalha um pouco a compreensão, mas depois isso para e dá para
acompanhar todo o conteúdo da fala presidencial.
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