A classe médica brasileira está chegando ao fundo do poço. 2013 será o ano que a classe médica pedirá para esquecer e entrará o ano de 2014 com grandes reflexões. Exercer a profissão com dignidade ou assumir o corporativismo de uma vez.
Ao
ser levada para prestar esclarecimentos sobre o fato no 19º Distrito
Integrado de Polícia (DIP), a médica ainda teria mordido uma das
policiais
Após se recusar a atender uma criança e ofender
verbalmente a mãe da mesma, supostamente chamando-a de “macaca, suja,
pobretona e preta velha” dentro do Hospital e Pronto Socorro da Criança
da Compensa, na Zona Oeste de Manaus, uma pediatra identificada pela
polícia como Socorro Pereira foi presa por policiais militares da 8ª
Companhia Interativa Comunitária (Cicom) na noite desta terça-feira
(10). A médica ainda não quis se identificar para os militares e ainda
teria mordido uma PM, que efetuou sua prisão.
De acordo com a
polícia, a mãe da criança denunciou a profissional de saúde depois da
mesma se recusar a atender a menor de idade e ficar conversando no
corredor com uma mulher. Ela teria se aproximado da médica para saber
quando ela iria atender a menor de idade, que apresentava sintomas de
vômito e diarréia. Socorro teria respondido de forma ofensiva e a
expulsou da unidade com a criança, segundo a denúncia.
A atitude
da pediatra foi denunciada à guarnição, que foi até o local e confirmou a
ocorrência. De acordo com a polícia, ao perceber a presença dos
policiais, a médica se recusou a se identificar e agiu também de forma
agressiva contra os militares. Ao ser levada para prestar
esclarecimentos sobre o fato no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP),
a médica ainda mordeu uma das policiais.
Segundo
testemunhas, os outros médicos saíram em favor da pediatra e deixaram
de atender os pacientes por alguns minutos. A médica negou o fato e
disse que a mãe foi grosseira ao questionar o atendimento e que decidiu
sair sozinha da unidade, sem que ela a expulsasse.
Os policiais
militares informaram ainda que a médica foi apresentada na delegacia por
prevaricação - por ter se negado a prestar atendimento -,
desobediência, racismo e resistência à prisão. De acordo com a
assessoria de imprensa da Polícia Civil do Amazonas, na delegacia a mãe
não relatou em depoimento nada sobre as ofensas e a pediatra assinou um
Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por omissão de socorro.
Ainda
segundo a assessoria, a médica alegou abuso de autoridade por parte dos
PMs e os denunciou na Corregedoria da Polícia Militar (PM), localizada
na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Todos foram ouvidos na
manhã desta quarta-feira (11).
Nota Susam
Em
nota repassada à imprensa, a Secretaria de Estado da Saúde (Susam)
informa que já determinou a instalação de Comissão de Sindicância para
apurar as circunstâncias do incidente ocorrido na noite da última
terça-feira (10), no Pronto Socorro da Criança da Zona Oeste, envolvendo
uma médica da cooperativa de pediatria que mantém contrato com a Susam e
uma usuária.
"Mediante o resultado dos trabalhos da
comissão serão adotadas as medidas administrativas cabíveis, mas
enquanto durar a apuração a referida médica está afastada do
atendimento. A Susam destaca que, no momento do incidente, 12 médicos
estavam de plantão na unidade e que o atendimento transcorria
normalmente. A Susam reitera o seu compromisso com a Política Nacional
de Atendimento Humanizado do SUS, cujas diretrizes devem ser seguidas
por todas as unidades de saúde e profissionais que atuam na rede",
informa o comunicado.
A nota diz, ainda, que "independente da
apuração da conduta da médica, a direção do Pronto Socorro da Criança da
Zona Oeste reforçou junto à sua equipe esses preceitos, que devem ser
seguidos rigorosamente por todos os servidores da saúde".
Fonte: A Crítica
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