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domingo, 15 de dezembro de 2013

“Macaca, suja, pobretona e preta velha”: Médica se nega a atender criança e é presa

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A classe médica brasileira está chegando ao fundo do poço. 2013 será o ano que a classe médica pedirá para esquecer e entrará o ano de 2014 com grandes reflexões. Exercer a profissão com dignidade ou assumir o corporativismo de uma vez. 
gledes.org. 
Ao ser levada para prestar esclarecimentos sobre o fato no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), a médica ainda teria mordido uma das policiais
Após se recusar a atender uma criança e ofender verbalmente a mãe da mesma, supostamente chamando-a de “macaca, suja, pobretona e preta velha” dentro do Hospital e Pronto Socorro da Criança da Compensa, na Zona Oeste de Manaus, uma pediatra identificada pela polícia como Socorro Pereira foi presa por policiais militares da 8ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) na noite desta terça-feira (10). A médica ainda não quis se identificar para os militares e ainda teria mordido uma PM, que efetuou sua prisão.
De acordo com a polícia, a mãe da criança denunciou a profissional de saúde depois da mesma se recusar a atender a menor de idade e ficar conversando no corredor com uma mulher. Ela teria se aproximado da médica para saber quando ela iria atender a menor de idade, que apresentava sintomas de vômito e diarréia. Socorro teria respondido de forma ofensiva e a expulsou da unidade com a criança, segundo a denúncia.
A atitude da pediatra foi denunciada à guarnição, que foi até o local e confirmou a ocorrência. De acordo com a polícia, ao perceber a presença dos policiais, a médica se recusou a se identificar e agiu também de forma agressiva contra os militares. Ao ser levada para prestar esclarecimentos sobre o fato no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), a médica ainda mordeu uma das policiais.
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Segundo testemunhas, os outros médicos saíram em favor da pediatra e deixaram de atender os pacientes por alguns minutos. A médica negou o fato e disse que a mãe foi grosseira ao questionar o atendimento e que decidiu sair sozinha da unidade, sem que ela a expulsasse.
Os policiais militares informaram ainda que a médica foi apresentada na delegacia por prevaricação - por ter se negado a prestar atendimento -, desobediência, racismo e resistência à prisão. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil do Amazonas, na delegacia a mãe não relatou em depoimento nada sobre as ofensas e a pediatra assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por omissão de socorro.
Ainda segundo a assessoria, a médica alegou abuso de autoridade por parte dos PMs e os denunciou na Corregedoria da Polícia Militar (PM), localizada na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Todos foram ouvidos na manhã desta quarta-feira (11).
Nota Susam
Em nota repassada à imprensa, a Secretaria de Estado da Saúde (Susam) informa que já determinou a instalação de Comissão de Sindicância para apurar as circunstâncias do incidente ocorrido na noite da última terça-feira (10), no Pronto Socorro da Criança da Zona Oeste, envolvendo uma médica da cooperativa de pediatria que mantém contrato com a Susam e uma usuária.
"Mediante o resultado dos trabalhos da comissão serão adotadas as medidas administrativas cabíveis, mas enquanto durar a apuração a referida médica está afastada do atendimento. A Susam destaca que, no momento do incidente, 12 médicos estavam de plantão na unidade e que o atendimento transcorria normalmente. A Susam reitera o seu compromisso com a Política Nacional de Atendimento Humanizado do SUS, cujas diretrizes devem ser seguidas por todas as unidades de saúde e profissionais que atuam na rede", informa o comunicado.
A nota diz, ainda, que "independente da apuração da conduta da médica, a direção do Pronto Socorro da Criança da Zona Oeste reforçou junto à sua equipe esses preceitos, que devem ser seguidos rigorosamente por todos os servidores da saúde".


Fonte: A Crítica

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