Amigos e amigas
Vamos aprofundar as discussões sobre o Sistema Tributário Brasileiro.
Primeiro, precisamos desconstruir as nossas
representações sociais sobre tributos para reconstruir, a partir de
leituras, pesquisas, uma nova visão (nossa) sobre esse tema que está mal
posto na mídia brasileira.
Neste
sentido, este post permitirá uma boa discussão sobre os princípios
tributários e uma melhor compreensão sobre o Sistema Tributário Nacional
que é concentrador de renda.
Na
verdade o nosso sistema tributário é regressivo, onde os impostos
indiretos (IPI, ICMS, etc) correspondem a 60% da carga tributária.
O
nosso sistema tributário é injusto e concentrador de renda, ou seja, à
medida que a renda vai diminuindo, aumenta-se, proporcionalmente, a
contribuição.
No
Brasil, os ricos pagam menos tributos do que as pessoas mais humildes.
Isso contribui para a perpetuação da concentração de renda e a
desigualdade social no Brasil.
E o IPTU proposto por Haddad iria contra esta perpetuação da concentração de renda, quando propõe que ricos paguem mais.
De
acordo com MARTINS, o sistema tributário nacional fere o princípio da
equidade em decorrência do elevado peso dos tributos sobre bens e
serviços na arrecadação, pessoas que ganhavam até dois salários mínimos
em 2004 gastaram 48,8% de sua renda no pagamento de tributos.
Já o peso da carga tributária para as famílias com renda superior a 30 salários mínimos correspondia a 26,3%.
Outra
questão importante é que o sistema tributário também fere o princípio
da neutralidade, devido à grande quantidade de tributos que desestimulam
a produção e a geração de empregos.
No
Brasil erroneamente o sistema tributário está concentrado na tributação
da produção e no consumo, folha de pagamento, tornando os nossos
produtos mais caros, tanto no mercado interno como no mercado interno.
Por
outro lado, erroneamente o sistema tributário pouco tributa a renda, no
sentido de tornar o nosso sistema mais progressivo, ou seja, quem
ganhasse mais deveria contribuir mais com o nosso país.
Veja bem, a CPMF, um tributo progressivo, fiscalizador e justo, porque é tão combatido pela mídia e pela FIESP?
De acordo com VLADIMIR SAFATLE - FOLHA SP, paulatinamente é importante substituir as tributações sobre consumo e produção por tributações progressivas sobre renda.
Criação
de mecanismos como impostos sobre grandes fortunas, impostos sobre
herança e impostos sobre consumo de luxo poderão efetivar na prática os
princípios da tributação e combater a concentração de renda e as
desigualdades sociais.
Ainda
para SAFATLE, um sistema tributário progressivo passa pela retomada de
tributos como a CPMF porque é mais justo já que tributa mais aqueles que
têm grandes operações financeiras e visa subvencionar programas
sociais.
Concordando
com o autor, precisamos de mais impostos para os ricos e mais
benefícios sociais para os pobres. E talvez explica-se a gritaria do
pessoal do CANSEI, da FIESP, DA REDE GLOBO, contra a CPMF.
VLADIMIR
SAFATLE, Vladimir. FOLHA - SP. A tributação brasileira não é a mais
alta do mundo; se ela merece algum prêmio, é o de carga mais injusta.
MARTINS, Marcelo Maiolino. Sistema Tributário Injusto.
MARTINS, Marcelo Maiolino. Sistema Tributário Injusto.
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