PT: Desemprego em baixa recorde, mas “hecatombe” é apenas questão de tempo- Viomundo
Ilustração via e-mail
CORVOS DE ALUGUEL
Divulgado, hoje pela manhã, pelo IBGE, o índice de desemprego no
Brasil em novembro, de 4,6%, é um emblema dos tempos em que vivemos, em
muitos sentidos.
Na seara civilizatória, equivale dizer que em meio a um mundo
assombrado pela falência múltipla das maiores nações capitalistas, o
Brasil se impõe como um modelo econômico ao mesmo tempo sólido e
solidário, com antenas voltadas para o futuro e raízes firmes na
realidade presente.
Somos um país que compra aviões de caça de última geração, mas que
tem como bandeira fundamental a erradicação da fome, da pobreza e da
injustiça social.
No entanto, embora os dados de novembro do IBGE revelem a menor taxa
de desemprego da história do Brasil, essa circunstância serve também
para expor, ainda mais, o depositório de ressentimentos que virou boa
parte da mídia brasileira.
Conservadora, reacionária e alinhada ao antipetismo mais rasteiro em
circulação nas redes sociais, a mídia brasileira embaralha os conceitos
de liberdade de imprensa e de expressão para esconder suas verdadeiras
intenções. Esconder que, ao se vender como oposição política, faz
oposição ao Brasil.
Não a qualquer Brasil, mas a este Brasil da última década, o Brasil de pleno emprego, o Brasil dos governo do PT.
O Brasil de todos.
É preciso ler o primeiro parágrafo da matéria publicada, hoje, na
Folha de S.Paulo, sobre o menor desemprego da história do País, para se
entender a dimensão desse ressentimento sem fim.
Diz a Folha, primeiro:
“Apesar do menor ritmo da economia no terceiro trimestre, da freada
do consumo e do crédito restrito, as empresas não lançaram mão ainda de
demissões e a taxa de desemprego segue em níveis baixos.”
Trata-se de um “nariz-de-cera”, como se diz no jargão jornalístico,
montado para desmerecer e desqualificar uma notícia que os pobres
leitores da Folha ainda terão que procurar muitas linhas abaixo, até
chegar na profecia da Cassandra escolhida para anunciar o fim da
tragédia.
Diz a matéria da Folha, em seu último parágrafo:
“Um dos indicadores que já sinalizam uma piora é a renda. De outubro
para novembro, o rendimento, estimado em R$ 1.965,20, subiu 2%. Já em
comparação com novembro de 2012, houve expansão de 3%, num ritmo menor
do que nos meses anteriores.”
Ou seja, a piora virá porque, no último mês, a renda subiu 2% – ou 3%, se comparado a novembro de 2012.
Não é só ridículo, é perigoso.
Apesar dos pesares, quis dizer o jornal, no fim das contas, ainda não conseguimos destruir os sonhos nem restaurar o medo.
Triste constatar que, levados a este inferno de mágoas eleitorais
pelas mãos de seus patrões, muitos jornalistas brasileiros se
transformaram em especialistas na arte de transformar boas novas em
presságios de mau agouro.
Parecem não perceber, mas vagam miseravelmente perdidos no vão
ideológico em que se meteram, cada vez mais ignorados pela gente do País
que mal disfarçadamente desprezam.
Ilustração sugerida pelo Gerson Carneiro (na Folha): acharam o culpado pela crise!
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