Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Se só pretos, pobres, prostitutas e petistas vão para a cadeia no Brasil, o último dos quatro pês vem se mostrando um estigma ainda pior do que os outros três. Estes, sofrem porque, uma vez presos, são esquecidos; o quarto pê sofre porque não é esquecido nem quando preso.
O Judiciário brasileiro ficou de quatro para a mídia. Acata suas ordens para infernizar a vida dos condenados do julgamento do mensalão. Nega-lhes direitos como o regime semiaberto enquanto trata de esmiuçar as condições de sua prisão em busca de “regalias” a suprimir.
Os espiões que a mídia cooptou entre os agentes carcerários da penitenciária da Papuda para que informem qualquer alento que possa ser permitido aos alvos principais de sua fúria punitiva – ou seja, José Dirceu e Delúbio Soares – descobriram que eles gostam de ler.
A leitura pode ser um bálsamo para o encarcerado que a aprecie. Deveria ser estimulada, aliás. Tira a mente do que não presta. Contudo, a “regalia” que permitia que condenados do mensalão lessem à vontade foi revogada por estarem “lendo mais do que o permitido”.
A tortura psicológica costuma ser vista como até mais intensa e penosa do que a tortura física, que, após algum tempo, o torturado aprende a suportar, até por seu corpo e seus sentidos não resistirem. Já a psique humana é um parque de diversões para o sádico; permite supliciar sem limites.
Se a mídia não quer “regalias” para os condenados do mensalão tais como ler um livro, tampouco quer algum direito constitucional como o de um condenado cumprir sua pena tal como foi preconizada – e nunca de forma mais dura ou mais branda.
O objetivo que excita o sadismo midiático é o de minar o espírito dos dois petistas e o dos companheiros que partilham a dor deles não só por sabê-los condenados injustamente, mas por cumprirem uma pena mais dura do que aquela que deveriam estar cumprindo.
Sob essa sanha pervertida, os sádicos midiáticos já encontraram mais direitos a suprimir enquanto os direitos a preservar são ignorados: os condenados do mensalão poderão ficar com a luz acesa até às 24 horas do dia 24 de dezembro. E, escândalo dos escândalos, após receberem uma “ceia de natal”.
Dizem os instrumentos de tortura conformados em papel impresso que os “mensaleiros” receberão “quentinhas” contendo com arroz, feijão, carne, legumes e verduras. E o luxo é tanto que terão acesso à cantina do presídio, onde poderão comprar cigarros e refrigerante.
Esses “mensaleiros” não se emendam, não é mesmo?
As “regalias” de que desfrutrariam os petistas que atiçam a perversidade midiática, porém, não são regalias coisa alguma. Eles ainda dispõem de alguma diferenciação dos condenados ao regime fechado simplesmente porque estão padecendo sob ele ilegalmente, pois deveriam estar no regime semiaberto.
Isso em um país em que traficantes, estupradores, assassinos e até políticos corruptos conseguem ficar em liberdade contando com a sabida e consabida leniência que o dinheiro ou a influência da mídia podem comprar da Justiça.
Se você está indignado com essa sessão interminável de tortura politicamente motivada, regozije-se: você é uma pessoa justa, humana e, acima de tudo, sã. Regozije-se, pois, ao não sentir prazer com o sofrimento alheio.
Deixo você com um pensamento. Há 2013 anos nascia o Maior dos injustiçados pela justiça. É Seu Aniversário. Eleve, pois, a sua prece de lamento pela perenidade daquela sanha persecutória e punitiva das turbas que tanto prazer extraiu de seu Calvário.
Que o seu Natal, leitor, seja tão feliz quanto a revolta com a perversidade humana permitir.
Se só pretos, pobres, prostitutas e petistas vão para a cadeia no Brasil, o último dos quatro pês vem se mostrando um estigma ainda pior do que os outros três. Estes, sofrem porque, uma vez presos, são esquecidos; o quarto pê sofre porque não é esquecido nem quando preso.
O Judiciário brasileiro ficou de quatro para a mídia. Acata suas ordens para infernizar a vida dos condenados do julgamento do mensalão. Nega-lhes direitos como o regime semiaberto enquanto trata de esmiuçar as condições de sua prisão em busca de “regalias” a suprimir.
Os espiões que a mídia cooptou entre os agentes carcerários da penitenciária da Papuda para que informem qualquer alento que possa ser permitido aos alvos principais de sua fúria punitiva – ou seja, José Dirceu e Delúbio Soares – descobriram que eles gostam de ler.
A leitura pode ser um bálsamo para o encarcerado que a aprecie. Deveria ser estimulada, aliás. Tira a mente do que não presta. Contudo, a “regalia” que permitia que condenados do mensalão lessem à vontade foi revogada por estarem “lendo mais do que o permitido”.
A tortura psicológica costuma ser vista como até mais intensa e penosa do que a tortura física, que, após algum tempo, o torturado aprende a suportar, até por seu corpo e seus sentidos não resistirem. Já a psique humana é um parque de diversões para o sádico; permite supliciar sem limites.
Se a mídia não quer “regalias” para os condenados do mensalão tais como ler um livro, tampouco quer algum direito constitucional como o de um condenado cumprir sua pena tal como foi preconizada – e nunca de forma mais dura ou mais branda.
O objetivo que excita o sadismo midiático é o de minar o espírito dos dois petistas e o dos companheiros que partilham a dor deles não só por sabê-los condenados injustamente, mas por cumprirem uma pena mais dura do que aquela que deveriam estar cumprindo.
Sob essa sanha pervertida, os sádicos midiáticos já encontraram mais direitos a suprimir enquanto os direitos a preservar são ignorados: os condenados do mensalão poderão ficar com a luz acesa até às 24 horas do dia 24 de dezembro. E, escândalo dos escândalos, após receberem uma “ceia de natal”.
Dizem os instrumentos de tortura conformados em papel impresso que os “mensaleiros” receberão “quentinhas” contendo com arroz, feijão, carne, legumes e verduras. E o luxo é tanto que terão acesso à cantina do presídio, onde poderão comprar cigarros e refrigerante.
Esses “mensaleiros” não se emendam, não é mesmo?
As “regalias” de que desfrutrariam os petistas que atiçam a perversidade midiática, porém, não são regalias coisa alguma. Eles ainda dispõem de alguma diferenciação dos condenados ao regime fechado simplesmente porque estão padecendo sob ele ilegalmente, pois deveriam estar no regime semiaberto.
Isso em um país em que traficantes, estupradores, assassinos e até políticos corruptos conseguem ficar em liberdade contando com a sabida e consabida leniência que o dinheiro ou a influência da mídia podem comprar da Justiça.
Se você está indignado com essa sessão interminável de tortura politicamente motivada, regozije-se: você é uma pessoa justa, humana e, acima de tudo, sã. Regozije-se, pois, ao não sentir prazer com o sofrimento alheio.
Deixo você com um pensamento. Há 2013 anos nascia o Maior dos injustiçados pela justiça. É Seu Aniversário. Eleve, pois, a sua prece de lamento pela perenidade daquela sanha persecutória e punitiva das turbas que tanto prazer extraiu de seu Calvário.
Que o seu Natal, leitor, seja tão feliz quanto a revolta com a perversidade humana permitir.
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