Tucanos de alto escalão em SP receberam propina, afirma ex-diretor da Siemens
Os denunciados são os secretários
Edson Aparecido (Casa Civil), José Aníbal (Energia), Jurandir Fernandes
(Transportes) e Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Social), e o senador
Aloysio Nunes
por Redação RBA
publicado
21/11/2013 10:27,
última modificação
21/11/2013 10:47
Rede Brasil Atual
Os denunciados são os secretários Edson Aparecido
(Casa Civil), José Aníbal (Energia), Jurandir Fernandes (Transportes) e
Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Social), e o senador Aloysio Nunes
©alan marques/folhapress
Aloysio Nunes (direita) e José Serra conversam no Senado: esquema envolve governos do PSDB em São Paulo
São Paulo – O ex-diretor da Siemens Everton
Rheinheimer entregou para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(Cade) um relatório em que afirma possuir documentos que comprovam a
existência de um grande esquema de corrupção em São Paulo, durante os
governos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, todos do PSDB. O
esquema envolvia secretários, deputados e um senador, e seria a
principal fonte de abastecimento dos caixas dois tucano e do Democratas
(DEM) nas eleições.
Segundo informações publicadas hoje (21) pelo jornal O Estado de S. Paulo,
Rheinheimer sustenta que o senador Aloysio Nunes e os secretários
Jurandir Fernandes (Transportes) e Rodrigo Garcia (Desenvolvimento
Social) tinham estreita relação com o diretor presidente da Procint,
Arthur Teixeira. Segundo o Ministério Público e a Polícia Federal, a
Procint Projetos e Consultoria Internacional é suspeita de intermediar o
repasse da propina.
O secretário da Casa Civil da gestão Geraldo Alckmin, Edson
Aparecido, e o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) teriam sido
citados por Teixeira como destinatários das propinas pagas pelas
empresas de sistema ferroviário Bombardier, Siemens, Alstom, CAF, MGE,
T'Trans, Temoinsa e Tejofran.
Além deles o ex-governador do Distrito Federal (DF) José Roberto
Arruda e o atual vice-governador do DF, Tadeu Filippelli, estariam
envolvidos com o esquema através da empresa MGE.
O relatório com as denúncias data do dia 17 de abril deste ano, mas
só agora veio a público. O ex-executivo da Siemens é um dos seis
denunciantes que assinaram acordo de leniência com o Cade para entregar o
esquema em troca de redução de sua possível condenação.
Rheinheimer afirma também ser o autor das denúncias realizadas
em 2008 e que levaram à investigação do suposto esquema de propina pagas
a políticos e funcionários de alto escalão do governo paulista, que
teria beneficiado empresas que tem contratos com o Metrô e a Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), durante as gestões do PSDB
entre 1998 e 2008.
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