Por Bepe Damasco, em seu blog:
Em primeiro lugar, quero me desculpar com os amigos e amigas que me prestigiam com sua atenção. É que o mundo, literalmente, desabou sobre nossas cabeças em pleno feriado da Proclamação da República e eu nada pude postar porque estava fora do Rio, sem acesso à internet. Quando viajei, tudo indicava que os mandados de prisão dos condenados na Ação Penal 470 só seriam expedidos no começo desta semana. Contudo, como não há limite para a sanha vingativa, mesquinha, autoritária e eleitoreira de Joaquim Barbosa, tudo se precipitou no dia 15.
A inspiração para o título deste post é uma frase indignada do doutor Ulisses Guimarães, que no auge do regime ditatorial disparou : "Tenho ódio e nojo da ditadura". Mais de 40 anos depois, em plena vigência do regime democrático, experimento a mesma sensação de asco e revolta em relação a um Supremo Tribunal Federal que se curva diante do monopólio de direita que controla a mídia no Brasil e manda para a cadeia, sem provas e da forma mais infame, integrantes da generosa e heroica geração de brasileiros que resistiu à ditadura e ajudou a construir o regime de liberdades e franquias democráticas de hoje.
No momento em que fazem a festa os inimigos do Bolsa Família, do Minha Casa, Minha Vida, do Prouni, da política externa soberana e independente, do reaparelhamento do Estado brasileiro, do resgate de mais de 30 milhões de brasileiros da miséria, da política de valorização do salário mínimo e de tantos outros programas e projetos da era petista que melhoraram a vida do povo brasileiro, temos de prestar irrestrita solidariedade aos nossos presos políticos, denunciar com toda a força as arbitrariedades e irregularidades do processo e das prisões e apostar na mobilização para expor ao Brasil e ao mundo as barbaridades jurídicas cometidas em nome de um pseudo-combate à corrupção.
Nesta tarde de domingo, segue a pleno vapor a violação dos direitos dos presos, num roteiro feito sob medida para firmar a imagem de Barbosa como a do justiceiro capaz de encarcerar os que se apropriam do erário público. Como a sociedade foi brutalmente manipulada pela condenação prévia dos réus promovida pela mídia em sua guerra contra Lula, Dilma, o PT e a esquerda, o presidente do STF, respaldado pela maioria dos ministros, acaba desfrutando de um inaceitável salvo conduto para afrontar o Código Penal, o Código de Processo Penal, a doutrina, a jurisprudência, a Lei de Execuções Penais e a Constituição do Brasil.
Os condenados petistas estão trancafiados no presídio da Papuda, em Brasília, em regime fechado, contrariando a sentença que lhes garantia regime semiaberto - liberdade durante o dia e recolhimento ao presídio à noite. E sabem por que isso está acontecendo ? Simplesmente porque Barbosa omitiu deliberadamente dos mandados de prisão a recomendação sobre o tipo de regime de cada um dos apenados. Tudo para se vangloriar, durante sua cada vez mais provável campanha eleitoral no ano que vem, de que manteve no xadrez por alguns dias lideranças históricas do Partido dos Trabalhadores.
Também não foi por outro motivo que ele decidiu sozinho pelas prisões em pleno feriadão. Era preciso espetacularizar ao máximo o episódio. Para isso, ele sempre soube que podia contar com o Partido da Imprensa Golpista. Nem sempre, porém, tudo sai como o planejado. A altivez e os punhos erguidos de Dirceu e Genoíno, na típica saudação socialista, teve de ser engolido em seco pela dobradinha Barbosa/PIG. O mesmo se pode dizer da chamada ao vivo do Jornal Nacional, no momento em que Dirceu se entregava, quando um constrangidíssimo repórter Tonico Ferreira entrava no ar cercado por manifestantes portanto cartazes em defesa dos petistas e atordoado pelos gritos de " A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura."
Genoíno, segundo denúncia de sua filha, padece na Papuda sem a alimentação adequada para um convalescente de cirurgia cardíaca. Também não há garantias de que estão sendo ministrados a tempo e a hora os cinco remédios dos quais precisa diariamente. É hora de reagir contra essa vilania. E sem medo. Que se dane se a maioria das pessoas, por obra e graça da manipulação midiática, aplaudam esse tipo de coisa. Também nos anos de chumbo os resistentes eram chamados de terroristas e a repressão tinha forte apoio popular. Depois, a história tratou de reescrever tudo. O mesmo há de acontecer agora. Mas a velocidade para virar esse jogo depende de nós.
Em primeiro lugar, quero me desculpar com os amigos e amigas que me prestigiam com sua atenção. É que o mundo, literalmente, desabou sobre nossas cabeças em pleno feriado da Proclamação da República e eu nada pude postar porque estava fora do Rio, sem acesso à internet. Quando viajei, tudo indicava que os mandados de prisão dos condenados na Ação Penal 470 só seriam expedidos no começo desta semana. Contudo, como não há limite para a sanha vingativa, mesquinha, autoritária e eleitoreira de Joaquim Barbosa, tudo se precipitou no dia 15.
A inspiração para o título deste post é uma frase indignada do doutor Ulisses Guimarães, que no auge do regime ditatorial disparou : "Tenho ódio e nojo da ditadura". Mais de 40 anos depois, em plena vigência do regime democrático, experimento a mesma sensação de asco e revolta em relação a um Supremo Tribunal Federal que se curva diante do monopólio de direita que controla a mídia no Brasil e manda para a cadeia, sem provas e da forma mais infame, integrantes da generosa e heroica geração de brasileiros que resistiu à ditadura e ajudou a construir o regime de liberdades e franquias democráticas de hoje.
No momento em que fazem a festa os inimigos do Bolsa Família, do Minha Casa, Minha Vida, do Prouni, da política externa soberana e independente, do reaparelhamento do Estado brasileiro, do resgate de mais de 30 milhões de brasileiros da miséria, da política de valorização do salário mínimo e de tantos outros programas e projetos da era petista que melhoraram a vida do povo brasileiro, temos de prestar irrestrita solidariedade aos nossos presos políticos, denunciar com toda a força as arbitrariedades e irregularidades do processo e das prisões e apostar na mobilização para expor ao Brasil e ao mundo as barbaridades jurídicas cometidas em nome de um pseudo-combate à corrupção.
Nesta tarde de domingo, segue a pleno vapor a violação dos direitos dos presos, num roteiro feito sob medida para firmar a imagem de Barbosa como a do justiceiro capaz de encarcerar os que se apropriam do erário público. Como a sociedade foi brutalmente manipulada pela condenação prévia dos réus promovida pela mídia em sua guerra contra Lula, Dilma, o PT e a esquerda, o presidente do STF, respaldado pela maioria dos ministros, acaba desfrutando de um inaceitável salvo conduto para afrontar o Código Penal, o Código de Processo Penal, a doutrina, a jurisprudência, a Lei de Execuções Penais e a Constituição do Brasil.
Os condenados petistas estão trancafiados no presídio da Papuda, em Brasília, em regime fechado, contrariando a sentença que lhes garantia regime semiaberto - liberdade durante o dia e recolhimento ao presídio à noite. E sabem por que isso está acontecendo ? Simplesmente porque Barbosa omitiu deliberadamente dos mandados de prisão a recomendação sobre o tipo de regime de cada um dos apenados. Tudo para se vangloriar, durante sua cada vez mais provável campanha eleitoral no ano que vem, de que manteve no xadrez por alguns dias lideranças históricas do Partido dos Trabalhadores.
Também não foi por outro motivo que ele decidiu sozinho pelas prisões em pleno feriadão. Era preciso espetacularizar ao máximo o episódio. Para isso, ele sempre soube que podia contar com o Partido da Imprensa Golpista. Nem sempre, porém, tudo sai como o planejado. A altivez e os punhos erguidos de Dirceu e Genoíno, na típica saudação socialista, teve de ser engolido em seco pela dobradinha Barbosa/PIG. O mesmo se pode dizer da chamada ao vivo do Jornal Nacional, no momento em que Dirceu se entregava, quando um constrangidíssimo repórter Tonico Ferreira entrava no ar cercado por manifestantes portanto cartazes em defesa dos petistas e atordoado pelos gritos de " A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura."
Genoíno, segundo denúncia de sua filha, padece na Papuda sem a alimentação adequada para um convalescente de cirurgia cardíaca. Também não há garantias de que estão sendo ministrados a tempo e a hora os cinco remédios dos quais precisa diariamente. É hora de reagir contra essa vilania. E sem medo. Que se dane se a maioria das pessoas, por obra e graça da manipulação midiática, aplaudam esse tipo de coisa. Também nos anos de chumbo os resistentes eram chamados de terroristas e a repressão tinha forte apoio popular. Depois, a história tratou de reescrever tudo. O mesmo há de acontecer agora. Mas a velocidade para virar esse jogo depende de nós.
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