Amigos, é importante e necessária realizar reflexões sobre os temas propostos de nossa atualidade, com as mudanças climáticas e a seca que assola o nordeste. E uma questão
importante é como funciona a interdisciplinaridade nas atividades
pedagógicas em temas desta atualidade complexa que vive o mundo.
Seria a intedisciplinalide melhor pensada e trabalhada em
projetos? E como seria o tema gerador?
Vejamos uma tema que nos deixa inquieto neste momento porque estamos
vivendo isso na prática: A SECA? Como se poderia trabalhar este tema em
uma visão interdisciplinar?
Qua a importância do tema gerador na interdisciplinaridade? E como trabalhar o tema SECA na visão interdisciplinar?
Qual seria a contribuição da geografia para a compreensão da seca no semiárido? Numa perspectiva de geografia física, mas considerando os
elementos humanos e sociais?
Os estudantes seriam levados a entender a
seca, não como ausência de água, mas sua má distribuição ao longo do ano
no semiárido nordestino.
Como a SECA é mais uma questão social, econômica e política do que
natural, a sociologia, a história e filosofia buscariam realizar um
debate sobre as causas da falta de água, da miséria e de outros elementos
que estão entranhados nos efeitos da seca no sertão nordestino, por
quê?
Porque entende-se que a seca na região nordestina revela que as
pessoas não estão preparadas para a convivência com o semiárido, que
faltam políticas para o abastecimento humano, etc.
E que a seca é mais uma
questão sociológica do que natural, posto que a economia primária é
grande observadora de mão-de-obra de um lado. De outro, historicamente é
preciso discutir a concentração de terra nas mãos de poucos.
Nesse
sentido, as ciências humanas, sociais seriam necessárias para explicar
como se deu a concentração da terra, a capturarão do Estado nas mãos de
poucos, a figura dos coronéis do sertão que controlavam terras e açudes,
etc.
Como a SECA está presente no imaginário como um problema NATURAL, é
preciso ampliar o entendimento para as causalidades do fenômeno SECA
para além das questões naturais, geográficas porque a grande escassez na
região do semiárido nordestino não foi apenas de água, mas principalmente a
escassez de políticas públicas e tecnologias sociais para a convivência
com o semiárido.
É isso mesmo, a partir de questões locais podemos atingir questões
globais no currículo por resolução de problemas, utilziando um tema
gerador. Seca parece ser um tema velho, mas as dificuldades dos homens e
mulheres do sertão com a escassez de água nos revelam a incapacidade
governamental e nossa de entender que a maior escassez é de politicas
públicas para o desenvolvimento do semi-árido.
Veja que o semi-árido tem maiores possibilidades do que de fracassos. E
quais as tecnologias sociais para o desenvolvimento do sertão? Deixo a
pergunta no ar, mas lembrando que o problema não é NATURAL (A SECA), mas
a CERCA onde se jogou milhões de nordestinos com o paradigma do
abandono e da miséria.
Atenciosamente,
Luís Moreira
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