O motivo pelo qual vejo as novas tecnologias na educação está exatamente
nessa questão, que possam servir de ponte para quebra dos velhos
paradigmas na educação que não cria, que não transforma e que ainda
trabalha com cópia. Antes, a professora solicitava uma pesquisa, o aluno
copiava do livro e a entregava. E isso era pesquisar.
E hoje, alguns
alunos copiam da internet e também alguns professores recebem como
pesquisa. O fato, falta uma proposta pedagógica para pensar o uso
inteligente do computador na escola.
Nesse sentido, o computador como uma
proposta pedagógica definida pode contribuir na aprendizagem, uma fonte
de pesquisas via internet, um processador de conteúdos. Nessa
perspectiva, o papel do professor é preponderante na interação
professor-aluno-computador, de modo que a criança possa construir o seu
conhecimento em um ambiente de aprendizagem desafiador, em que a máquina
do conhecimento auxilie o professor a promover o desenvolvimento da
autonomia e da criatividade.
Estamos convictos, até aqui na discussão que é questão maior é ter um
projeto inovador de uso do computador, internet e suas ferramentas no
processo de ensino e aprendizagem. Sem esta proposta pedagógica
referendada na concepção construtivista, a tecnologia se perderá.
No entanto, é inegável o fascínio que o computador provoca na criança,
talvez por causa da possibilidade de interação que pode proporcionar
para ela, provocando desequilíbrios na medida em que a criança, por meio
da busca de equilibração, motiva-se e permanece ativa ao meio e ao
objeto.
Pois, no computador, o erro é analisado como mais um desafio
(desequilíbrio), que continuamente leva a criança a buscar as novas
descobertas, formulando, portanto, novas hipóteses, respeitando o nível
individual de cada uma de maneira que a aquisição e as descobertas no
computador são tão velozes e desafiadoras que ela aceita novos desafios.
Nesse processo de ensino, o processo é um mediador, um problematizador
que cria situaçoes e desafios para o aluno resolver.
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