Translate / Tradutor

domingo, 10 de agosto de 2014

A difícil tarefa de ser alfabetizador

 

O fato é que muitos professores não tem a devida competência para serem professores nas séries iniciais, onde os alunos estão em processo de desenvolvimento da linguagem. 
 
Sobre esta questão, processo de alfabetizaçaõ  que o exige que o Professor se transforme em um verdadeiro educador, um educador com uma visão globalizante  dos fenômenos  educativos, um educador comprometido social e politicamente. Para Freire “ação e mundo, “mundo e ação” estão também intimamente solidários pela seguinte questão:
Não basta saber ler mecanicamente que “Eva viu a uva”. É necessário compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir uvas e quem lucra com esse trabalho. (...) Os defensores da neutralidade da alfabetização não mentem quando dizem que a clarificação da realidade simultaneamente com a alfabetização é um ato político. Falseiam, porém, quando negam o mesmo caráter político à ocultação que fazem da realidade     (FREIRE, apud GADOTTI, 1997, p. 255).
Nas palavras de Paulo Freire, alfabetizar é construir um conhecimento no contexto social do indivíduo, é alfabetizar o homem para a vida e a cidadania. Para este grande educador brasileiro, não se pode dissociar “ler a palavra” de “ler o mundo”  e completa:
Alfabetizar-se é adquirir a língua escrita através de um processo de construção do conhecimento, com uma visão crítica da realidade. Quando se trata do adulto, a técnica que proponho é uma conseqüência natural da tomada de consciência dos problemas vividos pelo grupo. Com a escrita, ele exerce a plena cidadania. Para as crianças, a teoria é a mesma, mas valoriza-se mais o lúdico. A criança é o sujeito do processo educativo, não havendo dicotomia entre o aspecto cognitivo e o afetivo, mas uma relação dinâmica, prazerosa, dirigida para o ato de conhecer o mundo. ( FREIRE,  apud  LAGÔA, 1990, nº 41).
LAGÔA, Ana. Afinal, o que é alfabetizar? Nova Escola. Nº 41, 1990.
GADOTTI, Moacir. História das Idéias Pedagógicas. 5ª ed. São Paulo: Ática, 1997

Nenhum comentário: