Nesse sentido, faz-se necessário criar zonas de desenvolvimento
proximal e nelas intervir, ou seja, devido à peculiar natureza social e
cultural em que as crianças estão inseridas e a forma como os saberes
são processados, há necessidade de uma mediação externa que guie as
crianças na direção prevista nas intenções educativas.
Para tanto, os professores criarão desafios, abordagens para além desse
nível e a utilização de diversos meios e instrumentos de apoio e
suporte como o computador, que pode intermediar o ensino associado à
noção de ZDP.
Isso é enfatizado por Vygotsky, quando ele fala que a ZDP pode
proporcionar novas maneiras da criança “menos competente”, enfrentar
desafios e atividades, graças à ajuda oferecida pelo seu professor ou
por pessoas mais experientes (seus colegas) ao longo da interação. Nessa
perspectiva, o psicólogo bielo-russo, coloca que a ZDP é um espaço
sempre em processo de mudança com a própria interação, que pressupõe um
relacionamento constante e contínuo entre o que os alunos sabem
previamente e aquilo que têm de aprender.
Em síntese, o nível de desenvolvimento real é o nível de
desenvolvimento das funções mentais da criança que se estabelecem como
resultado de certos estágios de desenvolvimento já concluídos.
Determinam funções que já amadureceram, produtos finais de
desenvolvimento. Já a Zona de Desenvolvimento Proximal é a distância
entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar por
intermédio da solução independente de problemas, e o nível de
desenvolvimento potencial, determinado por meio da solução de problemas
sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais
capazes. Determina funções que ainda não amadureceram, mas que estão em
processo de maturação, funções que amadurecerão, mas que estão
presentemente em estado embrionário.
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