Uma boa contribuição sobre a diferença entre multidisciplinaridade e interdisciplinaridade.
Essa
discussão parece velha, mas nunca se esgotou porque ainda estamos
presos aos paradigmas no processo de ensino e aprendizagem, quando a
sociedade do conhecimento (a priori, é está que está em construção, mas
pouco vivenciada e entendida por poucos) o mundo, as novas mídias e os
ambientes de aprendizagem vivenciam uma transdisciplinaridade, onde
poucos conseguem perceber os limites entre as disciplinas nas áreas do
conhecimento.
O fato é que ainda tem muito o que aprender quando de
vivenciar a interdisciplinaridade no trabalho docente, por exemplo.
Vou
tecer alguns comentários, a titulo de preâmbulo sem ainda adentrar mais profundamente sobre este tema, mas segue a minha
contribuição a título de provocação e reflexão, sem me preocupar com
argumentações mais sólidas e ancoradas nas leituras. No momento, exponho
o meu entendimento sobre a questão proposta.
E
contribuindo na construção colaborativa de aprendizagem, entendo que na
multidisciplinaridade não há diálogo entre disciplinas. Cada uma, de forma
isolada, apresenta possíveis soluções para os problemas apresentados em
determinada área de estudo. Em equipe multidisciplinar, por exemplo, o
geólogo, o geógrafo, o engenheiro florestal, o agrônomo podem ser
necessários para propor projeto para resolução de problemas de
recuperação ambiental de áreas degradadas, cada especialista
contribuindo com o seu conhecimento sobre recuperação ambiental, mas sem
integração do conhecimento, ao contrário os conhecimentos utilizados
para para propor a resolução do problema estão isolados, cada qual na
sua área de competência.
Na
interdisciplinaridade, o projeto sobre recuperação ambiental seria
fruto de integração de conhecimento em visão globalizante do problema.
No referido projeto as questões estão articuladas em uma ou mais áreas
do conhecimento na proposição da resolução do problema – recuperação
ambiental.
Nesse sentido, as disciplinas se articulam dentro da
realidade proposta – recuperação de áreas degradadas, por exemplo, em
processo de conhecimento mais estruturado, posto que os conceitos
trabalhados no projeto estão organizados em âmbito mais global (não
estarei falando de geologia, geografia, engenharia florestal, talvez
estejamos falando de ciências ambientais, etc, onde também as estruturas
metodológicas na resolução do problema proposto estejam compartilhadas
por estas disciplinas.
Abraços.
Luis
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