Pedro Bastos: Neoliberais jogam culpa da inflação nas costas do povo
publicado em 3 de setembro de 2014 às 15:29
Elegendo Marina com voto de protesto, vão pagar a conta - Viomundo
O Banco Central independente e os 20 centavos
Vivemos no Brasil uma disputa entre os que querem continuar
expandindo salários reais, direitos sociais e bens públicos e os que
consideram que a sobrecarga democrática gera irracionalidades
econômicas. Os primeiros estavam nas ruas em junho de 2013, os segundos
estão em gabinetes propondo isolar a política econômica da pressão das
ruas
O movimento neoliberal ganhou impulso nos Estados Unidos e na
Grã-Bretanha em meio à tendência de estagflação na década de 1970. Os
intelectuais neoliberais alegavam que as irracionalidades econômicas da
democracia estavam na raiz dos desequilíbrios econômicos.
Não culpavam os predadores de rendas que seriam alvo da crítica às
estratégias de industrialização dos países subdesenvolvidos, mas a
sobrecarga democrática e de expectativas trazida pelo excesso de
desenvolvimento.
O abuso de demandas salariais acima da produtividade do trabalho e a
sobrecarga de serviços públicos acima da capacidade de poupar das
sociedades estariam na raiz da estagflação. Com argumentos
pré-keynesianos, dizia-se que a redistribuição deveria ser contida em
nome da poupança e da acumulação.
Por isso, a plataforma neoliberal não envolvia apenas ampliar o papel
do mercado e da competição para selecionar os melhores e punir os
preguiçosos: privatização de empresas e serviços públicos, contração do
gasto social, desregulamentação do mercado de trabalho e liberalização
dos fluxos de capitais. E
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