Leonardo Boff sobre as eleições: "Dilma ainda é a melhor opção para o povo brasileiro"
Professor
universitário, militante de causas sociais e ambientais e autor de mais
de 60 livros, o teólogo Leonardo Boff concedeu, recentemente, algumas
entrevistas sobre a sensação de necessidade de mudanças que a população
vivencia desde as manifestações de junho do ano passado e as opções que
estão postas nas eleições presidenciais deste ano no Brasil.
Em entrevista ao site 247 (link is external), o premiado teólogo fez uma avaliação do cenário eleitoral para a presidência. Lembrou das políticas públicas adotadas pelo PT que foram responsáveis por retirar 36 milhões de pessoas da pobreza. De acordo com Boff, agora o brasileiro substituiu a "fome de pão, de casa, de luz elétrica" pela fome "de ensino, de cultura, de transporte minimamente digno, de saúde razoável e de lazer". Para ele, no entanto, os problemas só poderiam ser solucionados por meio da continuidade do projeto político em vigor. "Dentre os partidos que podem fazer mudanças na linha do povo, apenas vejo o PT, desde que consolide o que fez e avance e aprofunde as mudanças novas atendendo as demandas da rua. Dilma é ainda a melhor para o povo brasileiro", disse.
Boff falou também sobre a importância da consolidação dos avanços sociais dos últimos 12 anos, conquistados através dos programas sociais implantados pelos governos Lula e Dilma, como o Bolsa Família, o Luz Para Todos, Minha Casa Minha Vida, além da construção novas escolas técnicas federais e universidades. "Até hoje nenhum governo fez políticas públicas cuja centralidade era o povo marginalizado, os invisíveis, considerados óleo gasto e zeros econômicos. Lula e Dilma introduziram políticas republicanas, vale dizer, que têm as grandes maiorias em seu foco", disse Boff. Ainda segundo o líder religioso, "quem fez isso com sucesso deve poder continuar a fazê-lo e de forma mais profunda e abrangente".
Marina Silva por Leonardo Boff
Leonardo Boff foi professor da atual candidata pelo PSB, Marina Silva. Ele destacou as mudanças que ocorreram na vida dela. "Primeiro ela mudou de religião", disse. Para ele, Marina saiu de um cristianismo de libertação, ligado aos povos da floresta e aos pobres, e passou para um cristianismo fundamentalista que se baseia em leituras literalistas da Bíblia. "Isso enrijece a mente e a torna ingênua face à realidade política", disse, destacando ainda que isso "representa uma volta ao velho e ao atrasado da política, ligada aos bancos e ao sistema financeiro".
Boff ainda acusou a candidata de manter um discurso "apenas retórico" sobre sustentabilidade e classificou sua visão como "fraca teoricamente", revelando "a contaminação que já sofreu de seus aliados e conselheiros, todos neoliberais e submissos à lógica do mercado que não é nada cooperativo, mas estritamente competitivo". Lembrando que os assessores de Marina, atualmente, são desse campo - a herdeira do Banco Itaú Maria Alice (Neca), Guilherme Leal da Natura e o economista neoliberal Eduardo Gianetti da Fonseca - observou ao site Viomundo (link is external): "Os pobres perderam uma aliada e os opulentos ganharam uma legitimadora", referindo-se à Marina.
Em entrevista ao site 247 (link is external), o premiado teólogo fez uma avaliação do cenário eleitoral para a presidência. Lembrou das políticas públicas adotadas pelo PT que foram responsáveis por retirar 36 milhões de pessoas da pobreza. De acordo com Boff, agora o brasileiro substituiu a "fome de pão, de casa, de luz elétrica" pela fome "de ensino, de cultura, de transporte minimamente digno, de saúde razoável e de lazer". Para ele, no entanto, os problemas só poderiam ser solucionados por meio da continuidade do projeto político em vigor. "Dentre os partidos que podem fazer mudanças na linha do povo, apenas vejo o PT, desde que consolide o que fez e avance e aprofunde as mudanças novas atendendo as demandas da rua. Dilma é ainda a melhor para o povo brasileiro", disse.
Boff falou também sobre a importância da consolidação dos avanços sociais dos últimos 12 anos, conquistados através dos programas sociais implantados pelos governos Lula e Dilma, como o Bolsa Família, o Luz Para Todos, Minha Casa Minha Vida, além da construção novas escolas técnicas federais e universidades. "Até hoje nenhum governo fez políticas públicas cuja centralidade era o povo marginalizado, os invisíveis, considerados óleo gasto e zeros econômicos. Lula e Dilma introduziram políticas republicanas, vale dizer, que têm as grandes maiorias em seu foco", disse Boff. Ainda segundo o líder religioso, "quem fez isso com sucesso deve poder continuar a fazê-lo e de forma mais profunda e abrangente".
Marina Silva por Leonardo Boff
Leonardo Boff foi professor da atual candidata pelo PSB, Marina Silva. Ele destacou as mudanças que ocorreram na vida dela. "Primeiro ela mudou de religião", disse. Para ele, Marina saiu de um cristianismo de libertação, ligado aos povos da floresta e aos pobres, e passou para um cristianismo fundamentalista que se baseia em leituras literalistas da Bíblia. "Isso enrijece a mente e a torna ingênua face à realidade política", disse, destacando ainda que isso "representa uma volta ao velho e ao atrasado da política, ligada aos bancos e ao sistema financeiro".
Boff ainda acusou a candidata de manter um discurso "apenas retórico" sobre sustentabilidade e classificou sua visão como "fraca teoricamente", revelando "a contaminação que já sofreu de seus aliados e conselheiros, todos neoliberais e submissos à lógica do mercado que não é nada cooperativo, mas estritamente competitivo". Lembrando que os assessores de Marina, atualmente, são desse campo - a herdeira do Banco Itaú Maria Alice (Neca), Guilherme Leal da Natura e o economista neoliberal Eduardo Gianetti da Fonseca - observou ao site Viomundo (link is external): "Os pobres perderam uma aliada e os opulentos ganharam uma legitimadora", referindo-se à Marina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário