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sábado, 24 de novembro de 2012

Genoino diz ter Constituição e votos a seu lado

Depois de condenado pelo STF na Ação Penal 470, ex-presidente do PT assumirá como deputado federal em 2013, na cadeira do prefeito eleito de São José dos Campos (SP), que deixará a Câmara; "Está na Constituição. Tenho a legitimidade da soberania de 92 mil votos que recebi, o poder emana do povo"; o petista diz que continuará tentando provar sua inocência; 

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"Eu vou lutar até o fim da minha vida"247

 Depois de condenados pelo STF, os políticos acusados de terem envolvimento no caso do chamado 'mensalão' correm o risco de perderem seus mandatos. De acordo com a posição de alguns colunistas, como Fernando Rodrigues, da Folha, que lembra de um regimento interno do Supremo, esse poder cabe apenas à Câmara. Para o jurista Luiz Flávio Gomes, porém, que lembra neste artigo de dispositivos da Constituição sobre o assunto, no caso dos réus da AP 470 caberia à Casa apenas declarar essa perda de mandato. Numa entrevista concedida ao repórter Paulo Donizetti de Souza, de Revista do Brasil, o ex-presidente do PT, José Genoino, condenado pelo STF a seis anos e 11 meses de prisão, defende que tem não só a Constituição, mas votos a seu lado para assumir seu mandato de deputado federal no ano que vem, quando substituirá o prefeito eleito de São José dos Campos, interior paulista. Leia e assista abaixo trechos de sua entrevista. Genoino diz ter Constituição e votos a seu lado para assumir vaga de deputado Rede Brasil Atual - O ex-presidente do PT, José Genoino, deve assumir em janeiro seu mandato de deputado federal. A afirmação foi feita na última segunda 19, quando recebeu em sua casa a reportagem da Rede Brasil Atuale da TVT para uma entrevista exclusiva. Genoino disse ter ao seu lado a Constituição e a soberania popular. "Está na Constituição. Tenho a legitimidade da soberania de 92 mil votos que recebi, o poder emana do povo." Segundo ele, a convocação não depende de sua vontade. "Se o parlamentar renuncia, o presidente da Câmara tem de convocar o suplente mais votado." O petista refere-se à saída do deputado Carlinho Almeida, que abrirá uma vaga na Casa ao assumir a Prefeitura de São José dos Campos em 1º de janeiro (SP). Após sua condenação no julgamento do "mensalão", no início de outubro, Genoino demitiu-se do cargo de assessor especial do Ministério da Defesa e decidiu aguardar a conclusão do processo pelo Supremo Tribunal Federal. A pena determinada pelo STF, de seis anos e onze meses de prisão, ainda não tem data para começar a ser aplicada, o que só deve ocorrer em 2013. Até lá, Genoino pretende exercer seu mandato e tentar recursos judiciais para modificar a decisão do Supremo, que considerou injusta. "O julgamento se deu numa conjuntura política muito específica. Fizeram coincidir com as eleições e a grande imprensa teve papel decisivo, porque criou uma condição de ou condena ou é conivente com a corrupção, com a impunidade. Criou uma condição binária, maniqueísta, num sentido de não examinar provas, não examinar os detalhes dos autos e não individualizar condutas", avaliou. O ex-dirigente lembrou que abriu seu sigilo bancário, fiscal e telefônico: "Eu quebrei. E não encontraram nada. Zero. Mas isso nada valeu. Eu vou lutar até o fim da minha vida. Jamais vou deixar de recuperar minha história. E minha história não é de dinheiro nem de riqueza, é de ideias". Da conversa participaram sua mulher Rioco Kayano e sua filha Miruna, que descreveram como a família tem enfrentado o cenário. Assista abaixo a trechos da entrevista veiculados pela TVT. A íntegra da reportagem estará na edição de dezembro da Revista do Brasil.

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