Lembro muito bem do ano de 1998 e como atuou a mídia demotucana naquelas eleições. O Brasil praticamente quebrado, sem dinheiro em caixas, com altos desemprego e o câmbio amarrado à força para garantir a reeleição do neobobo FHC.
Naquele ano, as Organizações Globo simpresmente resolveram que não tinha o "horário eleitoral gratuito da Rede Globo via jornal nacional. Como não se tinha nada de bom para falar das "coisas boas" do governo FHC, esta emissora resolver simplesmente esquecer que o Brasil tinha eleições naquele ano, principalmente no processo eleitoral.
Aqui pelo interior cearense alguns radialistas são pagos para ficarem calados. E naquele ano as Organizações Globo ficaram calados, covardemente calados diante do processo eleitoral.
E todo o esforço era para esconder a quebradeira do Brasil no governo FHC. Todo o esforço era garantir a vitória no primeiro turno. E FHC além de comprar deputados para a emenda da reeleição, comprou tudo, até o PMDB.
É importante lembrar que Paulo Henrique Amorim, como âncora do Jornal da Band vinha fazendo um bom trabalho, atacando por todos os lados, mas de repente foi demitido no meio do processo eleitoral, salva engano.
E tudo fizeram para despolizar, para enganar, para esconder a situação falimentar do Estado brasileiro. O patrimônio foi doado, Estado desmontado com uma quadrilha que se apoderou das jóais da coroa brasileira, como a Vale do Rio Doce e o sistema Telebrás.
Por fim, as Organizações Globo até hoje são protetoras dos bons serviços que FHC fez ao seus, porque o Brasil foi desmontado violentamente por estes serviçais e lacaios demotucanos.
E só para lembrar como o DataFolha tirou a Marta Suplicy do segundo turno nas eleições de 1998. Tendo vice como o valioso Brizolo, a despeito de ser bem votado, as Organizações Globo não deixaram acontecer o segundo turno.
Agora, tanto como em 2006, a luta é levar a eleição para o segundo turno. E o povo precisa saber que o voto em Marina é para garantir o segundo turno para o SERRA. O voto útil para esta mídia agora é ao contrário, para favorecer o candidato demotucano SERRA.
Hudson Luiz: Relembrando uma pesquisa na eleição paulista de 1998
Datafolha e o “voto útil” para o governo de SP em 1998
Hudson Luiz Vilas Boas, no Dissolvendo no ar
E não é que os números do Ibope se aproximam mais dos divulgados pelo Vox Populi do que os do Datafolha!!!
Surpreendente!!!
Mas relembrando o passado e refrescando um pouco a memória, vamos a um episódio curioso ocorrido nas eleições para o governo de São Paulo no não tão longínquo ano de 1998. Naquele ano foram realizadas eleições gerais no Brasil e concorriam ao governo do estado de São Paulo, dentre outros, o ex-prefeito da capital Paulo Maluf (PPB), Mario Covas (PSDB) tentando a reeleição, o ex-prefeito de Osasco Francisco Rossi (PDT), o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) e a deputada federal em primeiro mandato Marta Suplicy (PT).
Para Paulo Maluf e Orestes Quércia não dispensarei maiores comentários. Francisco Rossi tinha como base de sustentação o segmento evangélico e garantia possuir dons metafiscos capazes até de suspender congestionamentos na grande São Paulo. Marta Suplicy, como dito antes, era deputada em primeiro mandato e se ancorava na boa atuação que tivera na Câmara dos Deputados, sobretudo em defesa dos direitos humanos. O seu grande cabo eleitoral era o então marido, o Senador Eduardo Suplicy. Claro que Marta tinha luz própria e pode parecer machismo de minha parte ligá-la assim ao ex-marido, todavia é impossível negar o papel importantíssimo que o Senador, àquela época em campanha vitoriosa pela reeleição, desempenhou na campanha de Marta.
A campanha se desenrolara com uma incerteza e duas seguranças. As seguranças: Haveria segundo turno e Maluf detinha cacife o suficiente para disputá-lo graças ao nicho do eleitorado que mantivera por décadas. A incerteza: quem seria o oponente de Maluf no segundo turno.
Covas eleito em 1994 para ocupar o Palácio dos Bandeirantes detinha baixos índices de aprovação ao seu governo e não conseguia transmitir ao eleitorado motivos plausíveis para continuar a frente do governo paulista. Marta contava com parcos recursos financeiros para uma campanha daquela magnitude e lutava contra a tradicional aversão que o eleitorado paulista nutre pelo PT. Quem surgia como favorito para disputar o segundo turno contra Maluf era Francisco Rossi, um demagogo com posições bastante conservadoras e um canastrão religioso (cristão).
Na antevéspera da eleição, numa sexta-feira, 2 de outubro, o Instituto Datafolha divulgou o seguinte resultado duma pesquisa sobre intenção de voto: Maluf,31%; Rossi,18%; Covas,17%; Marta,15% e Quércia, 6%.
Maluf, bem a frente de seus adversários, dificilmente perderia a passagem para o segundo turno. Já a segunda vaga encontrava-se em aberto e seria disputada entre Rossi e Covas, com aquele tendo ligeira vantagem sobre este.
A única salvação, apontada pelo Datafolha, para impedir um eventual segundo turno entre Maluf e Rossi residia nos eleitores mais atentos e que repudiavam tanto Maluf quanto Rossi, fazerem uso do chamado “voto útil”. Esse voto útil consistia em convencer os eleitores que originalmente intencionavam votar em Marta a votarem em Covas. E em boa parte, realmente, os votos de Marta migraram para Covas antes mesmo de a candidata petista recebê-los. Não foram poucos aqueles que acreditaram piamente no Datafolha e, cheios de boa intenção e com medo dum catastrófico segundo turno entre Maluf e Rossi, se utilizaram do voto útil em prol de Mario Covas.
Transcorrida a eleição no domingo, 4 de outubro, e iniciada a apuração o que se presenciou foi um cenário deveras diverso daquilo pintado dois dias antes pelo Datafolha. Se Maluf abria vantagem sobre seus adversários e se isolara na primeira posição como já se esperava, era Marta quem surgia na segunda posição tendo Covas em seu encalço e ambos deixando Rossi bem atrás.
A apuração, que naquele ano ainda era manual na maioria das localidades, prosseguiu em clima de suspense e com fortes emoções. No final Covas ultrapassou Marta e graças a míseros 0,9% de votos a mais se garantiu no segundo turno.
Veja o resultado oficial e note como ele difere do apresentado dois dias antes pelo Datafolha: Maluf, 5.351.035 (32,12%); Covas, 3.813.186 (22,95%); Marta, 3.738.750 (22,5%); Rossi, 2.843.515 (17,11%) e Quércia 714.097 (4,1%).
O Datafolha simplesmente não acertou um único resultado em cheio. E o pior, no erro mais grosseiro o instituto deu a Marta Suplicy 7,5% menos do que ela obteve, isso numa pesquisa realizada a menos de cinco dias da eleição. O eleitor de Marta confiante no Datafolha se viu na seguinte posição: escolher entre os males o menor ou simplesmente lavar as mãos. Dá pra imaginar, depois de abertas as urnas, a cara de idiota de muitos eleitores que ludibriados pelo Datafolha deram o “voto útil” a Covas na certeza de que Marta não tinha chances de ir ao segundo turno.
Não há dúvidas que o Instituto Datafolha interferiu na intenção de voto dos paulistas naquele ano. E interferiu a favor do então governador Mario Covas, um dos lideres do tucanato que corria o risco de entrar para a História como um governador que não conseguiu se quer passar para o segundo turno na sua tentativa de reeleição – seria vexaminoso.
Mais uma vez repito o que já venho dizendo há algum tempo. É impossível medir a credibilidade dos institutos de pesquisa, em pesquisas eleitorais, simplesmente por inexistir dados que comprovem, ou não, sua veracidade faltando tanto tempo para as eleições. Contudo nesse caso especifico, a credibilidade dos serviços prestados pelo Datafolha ficou em xeque.
PS do Viomundo: Já contei a história do Datafolha em 1985, quando a pesquisa de boca-de-urna do instituto deu vitória de Fernando Henrique Cardoso numa eleição que Jânio Quadros venceu com 4% de margem. Uma pesquisa errada no dia da eleição pode ter todo tipo de efeito: de desmobilizar os eleitores de um candidato que acreditem que ele será derrotado a desmobilizar os fiscais do partido que acreditem que o candidato em nome do qual fiscalizam será derrotado. Para ler, clique aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário