Em BH, Dilma diz ser temerário mexer com bancos públicos, como propõe Marina
Presidenta, candidata à reeleição,
questiona o que teria acontecido com a economia brasileira não fosse o
papel dos três bancos públicos no início da crise, em 2009
por Redação da RBA
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última modificação
03/09/2014 18:34
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Hoje em Dia/Folhapress
Presidenta participou da 8ª Olimpíada do Conhecimento e destacou a importância da inovação para o país
São Paulo – Ao participar da 8ª Olimpíada do
Conhecimento na tarde de hoje (3), em Belo Horizonte, a presidenta Dilma
Rousseff voltou a defender a política industrial de seu governo,
atacada pela sua principal adversária na disputa eleitoral, Marina
Silva, do PSB. Admitiu que a economia brasileira enfrenta um momento
difícil, mas questionou: "O que teria acontecido se não tivéssemos feito
isso?", referindo-se às bases dessa política, com a criação do Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do Ciência
sem Fronteiras e da política de conteúdo nacional da indústria. Essas
ações, cuja finalidade é qualificar e criar emprego, foram sustentadas
pela atuação dos bancos públicos, que garantem crédito subsidiado.
"E como pode alguém querer reduzir o papel dos
bancos?", questionou Dilma. Para ela, é inaceitável e temerária a
proposta de Marina: "Os bancos públicos dão crédito subsidiado para os
investimentos no Brasil", disse, exemplificando: "O BNDES é responsável
por sustentar a política de investimento. O Banco do Brasil financia o
Plano Safra, que, para a agricultura familiar destinou R$ 24 bilhões, e
mais R$ 156 bilhões para o agronegócio, totalizando R$ 180 bilhões."
O programa de governo de Marina comenta que os bancos públicos
"expandiram agressivamente" sua atuação em meio à crise de 2008 e 2009, e
depois disso mantiveram a elevação da oferta de crédito em substituição
ao papel do setor privado. "A expansão do crédito corporativo concedido
por bancos públicos teve caráter concentrador: alocou empréstimos
subsidiados prioritariamente para grandes empresas, e para isso fez uso
crescente de recursos fiscais." Com isso, o projeto entende ser
necessário fazer uma transição para que o setor privado passe a ser
majoritário nos subsídios a agropecuária e habitação popular.
Em 2009, a crise atingiu o mundo inteiro com o fim do crédito,
recordou Dilma. "Nós aguentamos e reagimos porque tínhamos três bancos
públicos que garantiram crédito, porque no mercado internacional não
tinha um centímetro de crédito." E voltou a cutucar Marina: "O papel
dos bancos é bom conhecer primeiro pra depois propor, senão desestrutura
a economia brasileira."
Também rebateu críticas que recebeu de Marina sobre a política de
subsídios: "O Minha Casa, Minha Vida é subsidiado, porque uma pessoa que
ganha pouco não tem como comprar, a não ser que o Tesouro subsidie. Nós
temos política de subsídio e não nos envergonhamos dela, que sustenta
toda a estrutura produtiva do país."
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