Translate / Tradutor

domingo, 18 de julho de 2010

Para socióloga, Serra segue política de factoides

Serra é um político que se utiliza do velho discurso anticomunista e lacerdista. É um discurso que condena os movimentos sociais,  que condena as políticas sociais para o melhor desenvolvimento do povo brasileiro. 

Desenvolve um discurso de que melhor é privatizar para melhorar a vida do povo brasileiro e acabar com elefante branco do Estado brasileiro. 

Além do mais, utiliza-se mentiras, de hipocrisia e do cinismo para condenar as esquerdas daquilo que realmente pensa e faz. 

Vamos lembrar do discurso de Collor e de FHC, ambos acusavam o PT de trabalhar contra os interesses do povo brasileiro. E que foi que aconteceu? 

Collor meteu a mão na caderneta de poupança dos trabalhadores e FHC,  a despeito de prometer que não mexeria no real, fez uma desvalorização após a vitória nas eleições de 1998 que quebrou o país e até a Argentina. 

Antes, FHC dizia que o Lula faria a desvalorizaçaõ do real, o mesmo discurso mentiroso de SERRA. 

Importante, entender, leitores, que aquilo que SERRA fala soa mentira ao mesmo tempo que replica o discurso lacerdista.

Para socióloga, Serra segue política de factoides 

Rede Brasil Atual.  

Ao relacionar centrais sindicais a "profissionais da mentira", o candidato foge de debate real acerca do papel da mobilização em torno dos trabalhadores 
 
                                                   (Foto: Fábio Pozzebom/Abr)
São Paulo – As recentes acusações de José Serra, candidato do PSDB à Presidência, contra as centrais sindicais  refletem a cultura política brasileira de encobrir a falta de propostas com factoides. A avaliação é da professora de Sociologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Loriza Lacerda.

"O processo eleitoral no Brasil se notabiliza por uma coisa muito chamativa. Como não tem proposta, não tem muito o que apresentar ou não há a possibilidade de superação das dificuldades, vem a construção dos factoides", analisa a docente.

Loriza acredita que ao relacionar as centrais sindicais a "profissionais da mentira", o candidato não age em virtude de "uma reflexão profunda acerca das centrais". O pronunciamento de Serra seria mais uma estratégia política para testar o peso de cada tema.

"Acho que é muito mais uma postura de ir fazendo balões de ensaio para perceber o que seria interessante trabalhar ao longo desse período, uma vez que as propostas são muito pontuais e repetitivas, muito pouco inovadoras. Mais que tudo, pouco corajosas", aponta.

Leia também:
A pesquisadora continua sua avaliação dizendo que "[a afirmação sobre as centrais] pareceu-lhe significativa, mas isso cai por terra no instante que ele tiver uma outra frase de efeito, outra provocação a fazer ou responder e aí ele vai dando seus pequenos tiros", prevê a docente. Ela lembra que criar factoides, acusações e "perrengues" é uma prática comum na sociedade brasileira.

A essa política de perrengues, Loriza soma o perfil do candidato tucano de mudar de ideia e discurso com facilidade e causar confusão para os eleitores sobre o que ele realmente defende ou acredita. "Serra tem uma capacidade imensa de transformação e adaptação. Ele é um camaleão que quer garantir a continuidade a projetos que estão postos", conceitua.

Simbolismo

Já a doutora em Sociologia Maria Antonia Vieira Soares ressalta que há outro aspecto envolvido na troca de acusações de Serra com as centrais. "Talvez ele nem tenha isso com clareza, mas há uma questão simbólica. O Lula começou como sindicalista", lembra a professora da Unesp.

"A luta de Serra é contra o Lula, não é contra a Dilma. É contra a projeção do Lula, da grande aceitação dele, da avaliação altamente positiva do Lula. Ele está na defensiva", avalia.

Nenhum comentário: