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domingo, 25 de julho de 2010

Fraude no Datafolha se dá nos questionários não rastreáveis

Para entender como o Datafolha conseguiu a proeza de colocar Serra na frente, um dia após do Vox Populi apontar Dilma com vantagem de oito pontos, é preciso conhecer alguns detalhes de como são feitas as pesquisas Datafolha.

Diferentemente dos demais institutos, o Datafolha entrevista pessoas nas ruas e não nas suas residências. Daí você pergunta: Em que isso faz diferença, LEN? A diferença é na checagem de parte dos questionários – que é uma prática estatística informada por todos os institutos ao TSE no momento do registro da pesquisa – enquanto os outros institutos definem um número de domicílios a serem visitados pelos supervisores para checar os resultados informados pelos pesquisadores, o Datafolha precisa solicitar um número de telefone ao pesquisado para que o supervisor possa checar parte das entrevistas feitas.

Acontece que o Datafolha só precisa checar 20% das entrevistas realizadas, e no caso da amostragem de 10.000 que usou na última pesquisa,  bastava entrar em contato com aproximadamente 2.000 telefones de entrevistados para confirmar os dados.

Como podemos perceber no questionário do Datafolha não há em nenhum local qualquer menção a obrigatoriedade do fornecimento de telefone, e como o campo para anotação dessa informação se encontra no final do questionário, se fosse um campo mandatório que bloqueasse a continuação da pesquisa ele estaria no início e não no fim. Além disso, o campo de checagem no início do questionário admite a opção “sem telefone” e, novamente, se fosse um campo obrigatório, não faria o menor sentido existir uma opção não aceitável para o supervisor marcar.

Aí que está o pulo do gato. Nos outros institutos, que fazem pesquisas em domicílios, todos os formulários são rastreáveis, mesmo os que não foram checados pela supervisão, podendo em uma auditoria ou investigação policial serem verificados, pois com as informações de endereço o entrevistado pode ser encontrado.


Imagem do Luis Nassif Online

Como o Datafolha realiza pesquisas nas ruas, quando um questionário é marcado no campo de checagem como “sem telefone” ou “telefone errado”, este questionário pode ser manipulado como bem entender o diretor do instituto, pelo simples fato de que não são rastreáveis, ou seja, os entrevistados não podem ser encontrados para que em uma auditoria ou investigação policial possam ser verificados os dados que supostamente responderam ao entrevistador.

Nada impede que esses questionários tenham sido fabricados pelo próprio instituto para manipular os resultados, pois não podem ser verificados. Na verdade, os resultados do Datafolha dependem da fé na sua credibilidade porque não podem ser confirmados por auditoria.

http://gmpconsult.com.br/blogdolen/?p=3516

Um comentário:

Ede disse...

Quer dizer: Vocês já começaram a CENSURA no Brasil????