Júlio Clebsch
Howard Gardner, em seu livro O Verdadeiro, o Belo e o Bom, nos fala de seis grandes forças que estão influenciando a educação. Uma delas é a que aborda os aspectos sociais, culturais e pessoais. E talvez seja essa a força mais atuante e marcante.
Sociólogos e psicólogos mencionam o aparecimento da "Geração Y". São jovens de vinte e poucos anos (25, no máximo) com uma nova forma de ver e interagir com o mundo e com você, professor. Quer uma característica deles? Numa das modificações de comportamento mais surpreendentes das últimas décadas, os estudantes americanos (brasileiros também), que normalmente saíam de casa lá pelos 16 anos – e raramente retornavam – vêm mudando de atitude: não querem deixar de morar com os pais. Preferem o conforto e a segurança da casa de papai e mamãe. Outras características:
São conservadores: valorizam as tradições, concordam com a educação recebida dos pais e nem passa pela cabeça deles mudar o mundo.
Trabalham para viver. Não vivem para trabalhar.
São informais tanto no trabalho, ou seja, também na escola.
São imediatistas. Antigamente significa cinco anos atrás. O futuro é na próxima semana.
Essencialmente visuais, poderíamos classificá-los como "multimídia".
São altamente criativos. É sim senhor! O fundador do site de busca na Internet Aonde.com tinha apenas 16 anos e o vendeu por um milhão de dólares. Precisa mais?
Escrevo tudo isso para reforçar o fato de que precisamos ampliar nossa visão de mundo antes de só nos preocuparmos em oferecer uma aula melhor ou mais criativa. Ela assim se tornará se pudermos compreender o que se passa com a moçada que está diante de nós. Um exemplo prático: como a Geração Y é imediatista, devemos oferecer aulas práticas, reforçando a aplicabilidade do que se está ensinando. Outra: como são visuais, utilizaremos imagens, cor, dinamismo.
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