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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Escrevendo com as lentes do século XX.

Comentários de Olhos do Sertão sobre o texto  - Puro êxtase  de Valdo Cruz - Folha de São Paulo

A Folha parece ser o retrato fiel do desespero dos demotucanos. Vejam a baixaria de FHC e Globo para dequalificar os avanços do governo Lula.

Parece que há uma estratégia de dizer que Lula tudo bem, mas continuidade do PT não é bom para o país como se no governo FHC não tivesse tomado de assalto o patrimônio público por gangues do tipo de Daniel Dantas. Veja que o ex-ministro Mendonça foi pego falando em Telegangue e outras coisas mais.

O Estado brasileiro, na época de FHC estava capturado por uma gangue que Luís Nassif chama de Cabeças de Planilha que ficaram ricos com informações privilegiadas do Banco Central. Todos hoje são donos e sócios de bancos e escritórios de consultoria nacional e internacional, isto porque o Neobobo FHC estava soberbo com o poder e com os títulos recebidos de universiades em suas viagens de promoção social.

Querem saber de uma coisa: eu gostaria que alguém fizesse uma comparação das viagens de FHC e do Lula, no entanto os próprios empresários sabem do tipo de viagens de Lula e os ganhos para as empresas e gerações de empregos nestes páis. O Lula abriu mercados pelo mundo a fora, e o FHC engordou sua coleção de títulos, o que lhe restará, quando morrer uma inscrição em sua lápide: falta-me ainda um título.

Voltando ao texto de Valdo Cruz - o jornalista escreve, segundo interesses da Folha e não do leitor da Folha de São Paulo. E fala de coisas e dogmas da economia do século XX, como se estivéssemos eternamente no dilema de crescer sem gerar inflação.

Ele queria que o Lula ficasse parado durante a crise e não tomasse atitudes para desonerar alguns setores importantes da economia? O mundo reconhece que o Brasil está acertando na dose das medidas e que perdas de arrecação serão compensadas a médio prazo, quando o Brasil estiver crescendo a uma taxa média entre quatro e cinco por cento.

Voltando a outra reflexão do texto. O jornalista fala como se o PT estivesse nos tentáculos do poder como se não houvesse no governo sete ministérios dos mais importantes nas mãos do PMDB.

Na verdade, o desespero da Folha e dos demotucanos está nas contas que podemos fazer. Dilma se elege e em um futuro próximo teremos o Lula como sucessor e se com oito tivemos grandes transformações econômicas e sociais e em mais oitos estas transformações serão aprofundadas.

Teremos mais brasileiros vindos das classes E, D para as classes C, ou seja, haverá maior mobilização social do sentido de aumentarmos e diversificarmos a classe média brasileira. O brasleiro terá o seu padrão de vida aumentado e consequentemente teremos maiores consumidores. Desta forma, o mercado brasileiro estará se agigantando para ser um dos maiores do mundo.

Por fim meus caros, o que é importante dizer que a Dilma, eleita presidente do Brasil, encontrará um país com a economia de ordem e apenas terá o trabalho de aprofundas as políticas sociais de Lula e levar a "criança" - Brasil - para o lugar que merece - entre as cinco maiores Nações do planeta com desenvolvimento humano e justiça social.


Leia abaixo o texto de Valdo Cruz que ainda escreve com as lentes do século XX.  - - Valdo Cruz - Puro Êxtase

O petismo está em êxtase. Não há, no horizonte, nenhum sinal relevante de dissensões internas quanto ao projeto desenhado pelo presidente Lula para sua sucessão. Talvez não haja nenhum no momento. O partido está fechado em torno da estratégia de eleger Dilma Rousseff a nova ocupante do Palácio do Planalto. E, com isso, manter no poder, por mais quatro, oito anos, todo aparato petista. Alguns petistas pensam no projeto de olho na continuidade de um programa de governo no qual acreditam. Outros, muitos, se apegam ao projeto na busca de manter suas posições no aparato estatal, que ocuparam com muito prazer e não desejam largar tão cedo.

As chances, pela fotografia do momento, não são nada desprezíveis. Os tucanos, apesar de publicamente não concordarem, sabem muito bem que os ventos hoje não são nada favoráveis. Explicam, em parte, a resistência do governador José Serra em se lançar desde já candidato à Presidência da República. Voltemos, porém, aos petistas e seus sonhos. Dentro do partido, todos ressaltam que a economia estará a todo vapor no próximo ano, tonificando, e muito, a candidatura de Dilma Rousseff. Candidatura que, por ter sido lançada muito cedo, tem tido a chance e tempo suficiente para tentar consertar os pontos fracos e frágeis.

O risco, contudo, para o país, pode estar na euforia do momento. Lula deixou de lado, hoje, todo seu conservadorismo, marca do seu primeiro mandato e início do segundo. Agora, a ordem é eleger Dilma Rousseff, o que leva o governo petista a adotar medidas que antes seriam engavetadas. O maior sinal dessa nova linha de conduta está refletida nas contas do governo, que registram a cada mês um resultado pior do que o outro. Nada que possa, por enquanto, comprometer a estabilidade da economia.

Só que as rédeas soltas podem levar, novamente, o país a um ritmo de crescimento não totalmente sustentável para a economia brasileira. Isso não se dará no início do ano que vem, mas poderá ser notado no final do primeiro semestre de 2010. Acontecendo, ficará a dúvida se o governo Lula terá a responsabilidade de adotar as medidas necessárias para evitar a volta da inflação e o desequilíbrio, de fato, das contas públicas. Ou topará uma inflaçãozinha mais alta em nome do projeto de poder.

Parte dessa resposta será dada quando ficar definido o futuro do atual presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Deixando-se levar por seus sonhos políticos, Meirelles abandona o barco do BC em abril. Quem será seu substituto? Muito provavelmente a solução será caseira, um técnico de carreira. O nome mais forte é o de Alexandre Tombini. Terá ele o respaldo e o poder para agir se o momento econômico demandar uma ação mais forte do BC? Sinceramente, hoje, o melhor seria que o ex-tucano e neopeemedebista Henrique Meirelles desistisse de vez de seus projetos eleitorais e anunciasse que ficará no comando do BC até o final do governo Lula. Pela sua conduta até aqui, seria um bom sinal para toda a economia. A conferir

Valdo Cruz, 48, é repórter especial da Folha. Foi diretor-executivo da Sucursal de Brasília durante os dois mandatos de FHC e no primeiro de Lula. Ocupou a secretaria de redação da sucursal. Escreve às terças.

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