Do blog do Nassif
Por Oswaldo Alves
A posição de Dilma em relação aos "não colaboradores" da redução do custo da energia no Brasil
São 8 minutos nos quais a presidente esclarece o esforço do governo e concentra suas críticas.
Nós somos um dos países que temos de ter a energia elétrica mais
barata do mundo, uma das mais baratas do mundo. E não temos , mas não
temos, mas a boa notícia é que podemos ter, podemos caminhar para isso.
E o governo deu um passo. Não pensem que é o maior passo. Ainda tem
muita energia hidrelétrica que vai vencer no futuro. Nós demos um passo
pequeno – 22 ou 23% da geração -, na transmissão até foi um passo maior –
deve estar em torno de uns 65, 66%, por aí.
Então, neste primeiro passo, nós queríamos... nós fizemos uma
proposta de reduzir o preço da energia elétrica. Essa proposta não foi
feita com o chapéu alheio. Esse chapéu que nós estamos usando é de todos
os brasileiros, porque é deles que é a energia elétrica, eles pagaram
por isso.
Nós não estamos tirando de ninguém. É um equívoco. Nós estamos é
devolvendo, até tributo nós estamos devolvendo. Quando nós devolvemos
RGR e quando nós devolvemos a CDE, é porque nós fizemos o Luz para
Todos.
Foi um... nós fizemos o Luz para Todos e estamos ali naquele limite
que é o limite de quando vocês chega na universalização. Nós já temos,
nós já vemos que vai acabar, e que, daqui para frente, os investidores
das empresas serão obrigados a cumprir o resto - o que hoje já fazem na
área urbana poderão fazer na área rural.
Então, o que nós estamos fazendo é: nós estamos devolvendo aquilo que
nos foi dado. Pelo contrário, nós não estamos fazendo... ninguém está
fazendo graça com o chapéu alheio. Estamos devolvendo a quem de direito.
E por isso a prorrogação hoje dos contratos não seria adequada para o
país. O país precisa de energia mais barata, precisa para as
indústrias, precisa para as empresas comerciais, enfim, precisa para
todos, inclusive para as famílias.
Por isso, o que nós estamos fazendo é reduzir, naquela proporção que
enviamos para o Congresso, a conta da luz, que é, no caso das empresas,
no caso maior, de maior uso intensivo, chega a 28%; no caso das
famílias, em média, chegaria a 16%.
Nós tivemos não colaboradores nessa missão. E quando você tem não
colaboradores, os não colaboradores deixam no seu rastro uma falta de
recursos. Essa falta de recursos vai ser bancada pelo governo federal,
pelo Tesouro do governo federal. Agora, a responsabilidade por não ter
feito isso é de quem decidiu não fazer. Não há possibilidade de
tergiversar. Quem não foi capaz de perceber que o Brasil tem hora para
tudo. Tem hora para a gente não prorrogar e tem hora para a gente
prorrogar. A hora de prorrogar passou. Agora é a hora de devolver. E por
isso, nós iremos devolver.
Eu quero destacar aqui que o governo federal fará um imenso esforço.
Não é...não é trivial. Por que não é trivial? Porque junto com esse
esforço nós estamos reduzindo, nós estamos reduzindo tributação,
alterando para a folha de pagamento, reduzindo IPI aqui. E, portanto,
nós temos pressão. Não é trivial.
Nós vamos fazer esse esforço porque nós temos compromisso com este
país, compromisso com a competitividade deste país. E por isso, faz
parte dessa medida de hoje, dos portos. Portos, conjuga com ferrovia e
rodovia, conjuga com redução dos tributos, conjuga com redução de juro,
com melhoria do ambiente competitivo no Brasil e conjuga com redução de
energia elétrica.
Eu quero dizer para vocês que nós assumimos, quando assumimos o
governo, assumimos a responsabilidade com o país, com a sua indústria,
com a sua agricultura, com o setor de serviços, com os mais pobres. E
isso é simultâneo. Nós não assumimos compromisso só com um ou só com
outro. Nós assumimos compromisso com todos.
E por isso eu quero dizer a vocês: nós temos feito um grande esforço.
Eu acredito que temos um grande impulso nessa parceria, governo e
iniciativa privada. Eu estou certa disso. Eu acho que nós temos uma
diferença em relação a muitos países. Nós temos um setor empresarial que
sobreviveu a todas as intempéries. E nós sabemos quantas intempéries
ocorreram ao longo dos últimos 20 anos.
Eu tenho certeza que nós vivemos uma outra fase e que nós juntos
podemos ter um marco regulatório mais amigável, mas ao mesmo tempo bem
claro nas suas regras e que não deixa margem a que se possa usar
indevidamente os recursos privados e públicos deste país. E tenho
certeza que todos nós queremos que ele seja uma contribuição do país à
sua população.
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