A trilha sonora do filme é composta por John Williams, com letras em inglês e com a participação do violinista Itzhak Perlman. A canção “I Won’t Light a Candle” foi adaptada por diversos intérpretes no idioma inglês, incluindo Sarah Brightman e outros nomes da cena lírica e clássica internacional.
Portanto, Paula não inventou nada. Ela interpretou uma música que já nasceu em inglês no contexto
cinematográfico ocidental. O filme é uma produção de Hollywood, falado
majoritariamente em inglês, com atores de diversas nacionalidades, e a trilha segue esse padrão narrativo e
comercial.
A trilha sonora e o idioma não têm de ser
“realistas”
O argumento do comentarista — de
que a música deveria estar em alemão por se passar na Alemanha — é uma visão estreita da arte e do cinema.
Por quê?
- Filmes se comunicam com
públicos amplos.
- Trilha sonora não é tradução
literal da cena — é evocação
emocional, estética e narrativa.
- Grandes filmes ambientados
na China, Roma Antiga, Palestina ou Egito Antigo, por exemplo, são feitos
em inglês, francês, português — porque
a arte também fala a linguagem do coração, não só da geografia.
📌 “Schindler’s List” é um filme americano,
feito para emocionar o mundo. E a canção em inglês não “destoa”, ela amplia o alcance da dor e da memória.
Como Olhos
do Sertão percebe Paula Magh nesta linda canção?
Com poesia, lucidez e respeito pela liberdade artística. Veja uma
proposta de post reflexivo:
Paula Magh, Schindler’s List e a língua da
memória
Às vezes, quem não ouve com o
coração acha que entende com a cabeça.
Quando Paula Magh canta I Won’t
Light a Candle, versão vocal da trilha de A Lista de Schindler, ela
não está “destoando” da história. Ela está dando voz à memória coletiva da humanidade.
O filme é falado em inglês. A
música foi composta em inglês.
A dor, no entanto, não tem idioma fixo.
O Holocausto não fala só alemão.
Ele fala silêncio.
Fala nomes apagados.
Fala notas longas no violino de Perlman.
Fala inglês, iídiche, hebraico, português — e também fala com vozes como a de Paula.
A arte não é obrigação de
localização.
Ela é território da emoção.
E quando o mundo precisa lembrar, não
importa o idioma — importa a coragem de cantar.
Olhos do Sertão está com Paula.
Porque reconhece quando a arte toca no universal.
E porque sabemos que, do sertão ao leste europeu,
há dores que só a música traduz.
#PaulaMagh
#SchindlersList
#ArteÉUniversal
#LínguaDaMemória
#MúsicaNãoTemFronteiras
#VozesQueCuram
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