Translate / Tradutor

segunda-feira, 30 de junho de 2025

✡☦☪🌵 Entre Abraão e o Sertão: O que une judeus, cristãos, muçulmanos e os povos da fé nordestina?

 Nas areias quentes do Oriente Médio nasceu uma das heranças mais duradouras da humanidade: a fé em um único Deus. De um homem chamado Abraão, nômade, estrangeiro, pai de filhos rivais e patriarca de povos irmãos — emergem três das maiores tradições espirituais do mundo: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.

Mas será que essa história está tão distante assim dos nossos sertões?

A Palavra Revelada

Judeus seguem a Torá, cristãos a Bíblia, muçulmanos o Alcorão. Cada escritura é considerada

Curiosamente, aqui no sertão, há também os que escutam vozes, veem sinais, leem o mundo com os olhos da fé: os beatos, os profetas do povo, os romeiros, os poetas de cordel e os rezadores, que decifram a Bíblia com os pés no chão rachado e o coração no céu.

Se lá há profetas, cá temos Padim Ciço, Maria de Araújo, o Beato Lourenço, os penitentes, os romeiros, figuras sagradas do nosso chão árido. Se no deserto há oásis de fé, no sertão há bicas de esperança, fogueiras de promessa, terços de lágrimas e folhas de cura.

O Irã é a Pérsia que resistiu

Por Luis Moreira Oliveira Filho – Olhos do Sertão

“Nem o tempo, nem os impérios, apagam a memória de um povo que carrega sua história no idioma, na poesia e na terra.”
Olhos do Sertão

Poucos lugares no mundo carregam em si o peso de uma civilização milenar como o Irã. Conhecido durante séculos como Pérsia, esse território foi berço de impérios, de poetas e de lutas. Mas a história da Pérsia não terminou nos livros antigos — ela vive, pulsa e resiste na alma do Irã moderno.

domingo, 29 de junho de 2025

O Tiro pela culatra: quando a guerra une um povo

Por Luis Moreira Oliveira Filho – Olhos do Sertão

“Não há nada mais perigoso para um império do que a arrogância da força.”

— Epígrafe não atribuída, mas sentida

Segundo o jornal israelense Haaretz, a guerra contra o Irã foi um erro estratégico profundo. Ao atacar civis, Israel não apenas violou o direito internacional, mas acendeu a chama do nacionalismo iraniano até mesmo entre os dissidentes do regime.

“Agora eles se uniram em torno do Irã. Até mesmo aqueles que eram contra o regime escrevem nas mídias sociais: ‘Lutaremos contra qualquer agressor pelo nosso país’.”, diz a reportagem.

A lógica é antiga, mas os impérios esquecem: bombas não vencem corações, apenas endurecem consciências. Quando um povo é ferido no orgulho e no corpo, ele não se rende, ele resiste. Foi assim com o Vietnã, com a Palestina, com o Afeganistão. Está sendo com o Irã.

Entre diásporas e bancos: A questão judaica e os ecos do antissemitismo no espelho da história

 Por Luis Moreira Oliveira Filho – Blog Olhos do Sertão

“O exílio é mais do que uma ausência.

É uma ferida que caminha com o corpo.”

— Mahmoud Darwish

Nos sertões da memória, também habitam os exilados. Povos sem chão, sem casa, sem pátria. Alguns criam na religião a bússola de retorno. Outros constroem muros e muros de esquecimento. A história dos judeus, marcada por dor e resistência, caminha entre esses extremos: da diáspora ao domínio, da perseguição ao poder, do gueto ao banco, do templo ao tanque.

Este texto não é contra um povo. É contra o uso político e econômico da memória. É contra a violência que se esconde atrás de nomes sagrados. É contra o silêncio. É contra o apagamento.

 

O Apartheid do Século XXI: sionismo, colonialismo e o sangue da Palestina e seu povo.

O Apartheid do Século XXI: sionismo, colonialismo e o sangue da Palestina e seu povo. 

Por Luis Moreira Oliveira Filho – Olhos do Sertão

“Não existe estrada para a paz. A paz é o caminho.”


— Mahatma Gandhi

 Introdução: o mal do século XXI

Se o século XX foi manchado pelo horror do nazismo, com suas câmaras de gás e ideologia da raça superior, o século XXI é marcado por um outro tipo de terror, mais disfarçado, mais sofisticado, mas não menos cruel: o sionismo enquanto projeto de apartheid, limpeza étnica e genocídio institucionalizado. A cada dia, imagens de mulheres, crianças e famílias palestinas enterradas sob escombros nos chegam como gritos sufocados por décadas de colonização e ocupação brutal.

Nordeste: território de resistência, memória e esperança


Durante muito tempo, o Nordeste foi tratado como resto. A história oficial do Brasil, escrita sob as luzes do Sul e do Sudeste, tentou apagar as dores e as potências desse chão de sol quente, suor e dignidade. Mas o Nordeste nunca foi terra de silêncio: sempre foi território de resistência e de memória.

Minha própria família é testemunha disso. Meu avô materno alguns e tios fugiram da seca, da fome e da miséria. Foram em direção ao Maranhão, ao Tocantins, à Amazônia, como tantos nordestinos que tomaram o rumo do mato, dos rios e das promessas. Uns voltaram. Outros se perderam no mapa e na saudade.

Minha avó materna morreu sem ver novamente o filho Emanuel. Ele partiu em busca de uma vida melhor e nunca mais deu notícia. A perda em vida foi ferida que o tempo não fechou. O nome dele era lembrado nas preces, como se ainda fosse possível que um dia voltasse à Ilha do Poró, em Jaguaruana, de onde saíram tantos Moreira, Barbosa, Oliveira e Pereira, famílias inteiras que fugiram, não por escolha, mas por necessidade.

sábado, 28 de junho de 2025

A aposta na luta de classes: uma estratégia viável para Lula ganhar as eleições de 2026?

 

Hoje me deparei com uma discussão interessante no vídeo da TV 247 com Leo Sobreira, José Reinaldo e Joaquim de Carvalho. Nesse sentido é importante é tecer alguns questionamentos e reflexões – A aposta de luta de classes é uma estratégia viável diante de deserto de ideias e conhecimentos em que se encontra imerso neste lodo de ignorância e fake News? Farei outros questionamentos alinhados com a questão norteadora.                

Essa é uma pergunta rica, complexa e profundamente enraizada na conjuntura política, econômica e simbólica do Brasil atual. Vamos analisar por partes, tentando costurar estas provocações em torno de 2026 e da possibilidade de um novo triunfo eleitoral de Lula.

OLHOS DO SERTÃO: UMA ANÁLISE GEOPOLÍTICA China e Irã: uma aliança que desafia a hegemonia ocidental

  OLHOS DO SERTÃO: UMA ANÁLISE GEOPOLÍTICA

China e Irã: uma aliança que desafia a hegemonia ocidental

Tudo indica que a China está se posicionando abertamente ao lado do Irã. Recentemente, após ataques de Israel contra instalações nucleares iranianas, Pequim enviou um forte sinal diplomático ao mundo: um avião de transporte militar chinês aterrissou em Teerã com armamentos modernos. Para o mundo, a mensagem era clara: o Irã não está sozinho. Essa movimentação simboliza não apenas um gesto pontual, mas a consolidação de uma aliança estratégica que tem crescido a passos largos desde 2016.

Em sua visita a Teerão naquele ano, o presidente Xi Jinping declarou o desejo de integrar o Irã à Iniciativa Cinturão e Rota (Belt and Road Initiative), a megaplataforma de infraestrutura e logística da China. De lá para cá, Teerão tornou-se um elo fundamental nessa teia de corredores econômicos, energeticamente estratégico para os interesses chineses. Em 2023, o Irã tornou-se membro pleno da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), bloco liderado por Pequim e Moscou, que inclui também a Índia e os países da Ásia Central, visando construir uma alternativa de segurança e cooperação à hegemonia ocidental.

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Como impedir o "golpe de 2026"? Como avançar?

Trago uma reflexão e um manifesto através de Cazuza como espelho de um Brasil que teima em repetir seus próprios fantasmas e a pergunta que faço é a pergunta de milhões: como impedir que 2026 seja o marco da repetição do golpe ou o início de um novo projeto de país?

Vamos organizar essa resposta em três eixos: diagnóstico, caminhos de luta e o papel do povo e da cultura (inclusive o Olhos do Sertão).

Diagnóstico: o Brasil ainda vive sob o espectro do golpe

Primeiro que o futuro deste país, parece repetir sempre o passado. E os “ratos na piscina” não são metáforas vagas, estão em cargos, em votos comprados, em acordos escusos no Congresso, nas redações dos grandes jornais e nos algoritmos que operam como nova forma de colonialismo mental.

·        Golpe de 1964: com tanques, tortura, censura e assassinato.

·        Golpe de 2016: com toga, mídia e farsa jurídica.

·        Tentativa de golpe de 2022/2023: com fake news, militares e redes digitais financiadas por bilionários.

Tudo isso com o apoio ou conivência da elite econômica, que sempre lucra com a instabilidade e sempre teme o povo organizado, alfabetizado e politicamente consciente.

🎼 1. A música original de “A Lista de Schindler” (Schindler’s List)

A trilha sonora do filme é composta por John Williams, com letras em inglês e com a participação do violinista Itzhak Perlman. A canção “I Won’t Light a Candle” foi adaptada por diversos intérpretes no idioma inglês, incluindo Sarah Brightman e outros nomes da cena lírica e clássica internacional.

Portanto, Paula não inventou nada. Ela interpretou uma música que já nasceu em inglês no contexto cinematográfico ocidental. O filme é uma produção de Hollywood, falado majoritariamente em inglês, com atores de diversas nacionalidades, e a trilha segue esse padrão narrativo e comercial.

🌬️🎶 Olhos do Sertão – Quando o vento uiva e a arte resiste na voz lírica de Paulo Magh


    🌬🎶 Olhos do Sertão – Quando o vento uiva e a arte resiste na voz lírica de Paulo Magh

Olhos do Sertão é poesia.
É geopolítica feita com chão, suor e sensibilidade.
É também reconhecimento dos grandes talentos que a grande mídia ainda não vê, porque seus algoritmos não conhecem a alma do vento.

Na voz de Paula Magh, o cover de Wuthering Heights ecoa como um grito antigo —
Entre Kate Bush e André Matos, entre o gótico e o lírico, entre o inglês das brumas e o português das carnaubeiras, há uma ponte invisível onde a arte verdadeira atravessa.

💰⚖️ Brasil: um paraíso fiscal para os ricos, um fardo pesado para os pobres

No Brasil, o sistema tributário é injusto, perverso e regressivo.

Quem tem menos, paga mais. Quem tem mais, paga quase nada.

🧾 A maior parte dos impostos recai sobre o consumo (ICMS, IPI, ISS, PIS, COFINS) — ou seja, sobre o pão, o gás, a luz, a roupa, o arroz e o feijão.
Enquanto isso, renda e patrimônio — os verdadeiros indicadores de riqueza — são pouco ou nada tributados.

Quer um exemplo cruel?

  • Se você ganha um salário mínimo e compra um botijão de gás, paga até 30% de imposto.
  • Se você é milionário e herda uma fortuna, paga quase nada.
    Aliás, no Brasil nem se cobra imposto sobre grandes fortunas — apesar de estar previsto na Constituição desde 1988!

🌵✨ O que Olhos do Sertão pode fazer por um Brasil que voltou a respirar?

 O governo Lula mostra, com dados e com o chão da vida, que o Brasil está de pé novamente.

📉 Desemprego no menor nível da década.
📈 Recorde de empregos com carteira assinada.
🏠 Minha Casa Minha Vida retomado.
📚 Escolas e universidades reabrindo caminhos.
🩺 Mais médicos, mais saúde, mais vida.

📊 O que os dados do IBGE revelam? Efeito Lula na economia que gera trabalho e renda.

 Taxa de desemprego: 6,2%

    • Menor nível para o trimestre encerrado em maio desde o início da série histórica (2012).
    • Em 2022, era 9,8%. Em dois anos, a redução foi significativa.
  • Emprego com carteira assinada (CLT): 39,8 milhões
    • Recorde histórico — mais trabalhadores com direitos garantidos por lei (férias, FGTS, INSS etc).
  • População ocupada: 104 milhões de pessoas
    • Um aumento de 2,5% em relação ao trimestre anterior.
  • Queda na informalidade:
    • De 38,1% para 37,8% — a menor desde 2016.
    • Representa mais estabilidade e segurança no mercado de trabalho.

Por que isso é relevante?

Efeito Lula: desemprego cai para 6,2% e carteira assinada bate recorde

É a melhor taxa de desocupação da década; informalidade cai ao menor nível desde 2016. Taxa de desemprego no Brasil cai para 6,2% em maio

https://exame.com/economia/taxa-de-desemprego-no-brasil-cai-para-62-em-maio/ Desemprego cai para 6,2%, informalidade recua e emprego com carteira bate recorde Desemprego cai para 6,2% em maio, menor taxa para o mês da série histórica Emprego com carteira bate RECORDE  no trimestre e desemprego cai para 6,2%, diz IBGE

Isso parece uma notícia boa né? E é !

AIEA sob suspeita? A denúncia de Scott Ritter e os impasses nucleares com o Irã

Em recente entrevista à emissora Al Mayadeen, o ex-oficial da Marinha dos EUA e ex-inspetor de armas da ONU, Scott Ritter, lançou uma grave acusação contra a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e seu diretor-geral, Rafael Grossi. Segundo Ritter, não haveria razão legítima para o encontro de Grossi com autoridades israelenses, a não ser o repasse de informações de inteligência que teriam sido utilizadas por Israel para atacar instalações nucleares iranianas.

A denúncia, se confirmada, abala profundamente a credibilidade da AIEA como organismo técnico e imparcial, responsável por garantir que o uso da energia nuclear se mantenha dentro dos parâmetros pacíficos estabelecidos pelos acordos internacionais.

domingo, 22 de junho de 2025

Guerra no Irã foi planejada há anos.

 Brian Berletic — ex-fuzileiro naval dos EUA, autor e analista de relações internacionais — defende uma narrativa crítica à política externa de Trump com relação ao Irã. Aqui estão os principais pontos do seu argumento:


Guerra planejada há anos

Berletic afirma que a escalada contra o Irã não foi algo repentino nem impulsionado apenas pelo governo Trump; segundo ele, trata-se de uma estratégia de longo prazo articulada pelos EUA e seus aliados para enfraquecer o Irã estrategicamente. Ele sugere que mesmo as tentativas diplomáticas de Trump são dissimuladas, servindo como cobertura para interesses militares e econômicos, especialmente envolvendo o complexo industrial-militar dos EUA e poderes regionais como Israel e Arábia Saudita. marxist.com+15seguinte.inf.br+15geopol.pt+15

Diplomacia” como fachada

Embora Trump tenha apresentado-se como alguém à procura de acordos e até de paz — mencionando que “o Irã parece estar se acalmando” e que sanções seriam a principal arma —, Berletic argumenta que essa postura diplomática é um artifício para mascarar um plano mais agressivo. O foco real estaria em pressionar o Irã e mantê-lo sob cerco contínuo.

Por que a retaliação iraniana é inevitável?


Por que a retaliação iraniana é inevitável?

Por Prof. Seyed Mohammad Marandi  - Síntese - por  Olhos do Sertão

O ataque dos Estados Unidos contra o Irã, seja direto ou indireto, por meio de sanções, sabotagens e operações militares, como o ataque às usinas nucleares, é  interpretado em Teerã não apenas como uma agressão ao governo, mas como uma afronta à soberania nacional e à dignidade de todo o povo iraniano.

Segundo o professor Seyed Mohammad Marandi, da Universidade de Teerã e ex-assessor da equipe de negociação nuclear do Irã, a resposta iraniana a tais atos de hostilidade não é uma opção política, mas uma exigência moral, estratégica e cultural. O Irã, afirma ele, possui uma longa tradição de resistência, construída sobre o orgulho de sua história e a consciência de que o imperialismo estrangeiro nunca foi derrotado com silêncio ou submissão.

sábado, 21 de junho de 2025

☢Do Japão ao Oriente Médio: A lógica do império que despreza a vida: a resistência é legítima quando a barbárie se disfarça de civilização.

 O país que jogou duas bombas atômicas sobre populações civis indefesas — Hiroshima e Nagasaki — volta agora a ameaçar o mundo com novos ataques a instalações nucleares. Não se trata de defesa. Trata-se de dominação brutal disfarçada de moralidade.

Hiroshima e Nagasaki: o nascimento da barbárie nuclear moderna

Em agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram duas bombas atômicas sobre cidades japonesas densamente povoadas.

·        Cerca de 200 mil mortos.

·        Civis carbonizados.

·        Gerações inteiras marcadas pela radiação.

·        E tudo isso com o Japão já derrotado e prestes a se render.

Mais uma Guerra? O Irã pode ser o novo cemitério dos EUA

 



Mais uma Guerra? O Irã pode ser o novo cemitério dos EUA

As guerras imperiais dos Estados Unidos seguem o mesmo roteiro: arrogância, desprezo pelas culturas locais e uso desenfreado da força militar. Mas o resultado, muitas vezes, é o oposto do planejado. O Vietnã ensinou. O Afeganistão gritou. Agora, o Irã pode ser a próxima tragédia anunciada.

Os Fantasmas do Passado

Vietnam (1955–1975):
Um povo disposto a tudo para manter sua soberania derrotou a maior potência militar do mundo. O Vietnã mostrou que tanques e bombas não vencem a dignidade de um povo unido.

Afeganistão (2001–2021):
Duas décadas de ocupação. Trilhões de dólares gastos. Milhares de vidas perdidas. E no fim? O Talibã voltou ao poder no mesmo dia em que o último soldado americano saiu. A retirada foi tão humilhante quanto previsível.

 O Irã não é um alvo fácil

O Irã não é uma nação frágil. É uma potência regional com uma história milenar, um povo orgulhoso, forças armadas treinadas e redes de aliados como o Hezbollah, milícias no Iraque, Síria e Iêmen. Qualquer agressão pode incendiar todo o Oriente Médio — e com ele, a economia mundial.

·        Terreno difícil

·        População de 88 milhões

·        Capacidade de guerra assimétrica

·        Influência regional consolidada

Atacar o Irã seria como abrir as portas do inferno geopolítico.

O Custo da Arrogância Imperial

Os EUA parecem não ter aprendido nada com suas derrotas. Insistem em ver o mundo como tabuleiro, os países como peças, e os povos como obstáculos. Essa lógica colonial, revestida de “liberdade” e “democracia”, tem deixado rastros de sangue e ruínas por onde passa.

Uma Guerra que pode acender o mundo

Se o Irã for atacado, não será uma guerra localizada. Israel, Líbano, Síria, Iêmen, Iraque e até potências globais como Rússia e China serão afetadas direta ou indiretamente. A guerra pode ser o estopim de um conflito maior — ou até de uma nova ordem mundial.

O Irã pode não ser o fim dos EUA, mas será mais um túmulo cavado pela própria soberba.

Que esta reflexão nos ajude a enxergar além da propaganda. Que os povos do mundo saibam diferenciar os interesses das potências das verdadeiras lutas por justiça e soberania.


Israel tem armas nucleares, mas os demais países do Oriente Médio não podem ter.

Vivemos tempos das maiores maiores hipocrisias geopolíticas de nossa contemporaneidade  e para escrever sobre isso, precisamos combinar história, estratégia militar, colonialismo, e o jogo de interesses globais. Vamos por partes:

Israel tem armas nucleares, mas nunca admitiu oficialmente

Israel segue uma política chamada de "ambiguidade estratégica" (ou deliberate ambiguity). Nunca confirmou nem negou publicamente que possui armas nucleares. No entanto:

  • Estimativas apontam que Israel possua entre 80 e 400 ogivas nucleares.
  • As ogivas teriam sido desenvolvidas no centro nuclear de Dimona, no deserto do Neguev, com apoio secreto da França e, depois, dos EUA, nas décadas de 1950 e 1960.
  • Em 1986, o técnico nuclear Mordechai Vanunu vazou informações à imprensa britânica, revelando fotos e dados detalhados do programa nuclear israelense. Ele foi sequestrado pelo Mossad na Itália, julgado em segredo e preso por 18 anos em Israel.

Israel não assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP)

Enquanto países como Irã, Iraque e Síria assinaram o TNP (comprometendo-se a não desenvolver armas nucleares), Israel nunca assinou. Isso significa:

  • Israel não se submete às inspeções da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica);
  • Não é oficialmente responsabilizado ou pressionado pelas potências ocidentais — principalmente pelos EUA.

A política de “dois pesos e duas medidas”

O Ocidente, liderado pelos EUA, aplica uma lógica seletiva:

  • Israel é tratado como aliado estratégico, e sua bomba atômica é ignorada pela comunidade internacional.
  • Irã, Síria, Iraque e outros países árabes/muçulmanos são pressionados duramente sempre que demonstram qualquer intenção de desenvolver tecnologia nuclear — mesmo para fins civis.
  • O Irã, por exemplo, nunca teve uma bomba atômica, mas sofreu sanções severas, sabotagens e ameaças militares constantes por tentar desenvolver tecnologia nuclear.

O fator colonial e racial

Essa desigualdade também é sustentada por uma lógica colonialista e racista:

  • Os países do "Ocidente branco" podem ter bombas nucleares porque supostamente seriam mais “civilizados” ou “responsáveis”.
  • Já os países do Sul Global, especialmente muçulmanos, são tratados como perigosos, instáveis e indignos de confiança — uma forma disfarçada de racismo geopolítico.

O papel dos EUA: o "guarda-chuva nuclear"

Os EUA mantêm Israel como posto avançado militar e estratégico no Oriente Médio. Garantem proteção, armas de ponta e impunidade:

  • Vetos constantes no Conselho de Segurança da ONU para proteger Israel;
  • Fornecimento bilionário anual de ajuda militar (mais de US$ 3 bilhões/ano);
  • Blindagem diplomática total, inclusive para crimes de guerra.

E se outro país do Oriente Médio tivesse armas nucleares?

Seria visto como ameaça ao “equilíbrio regional” — que na prática significa manter a supremacia militar de Israel. Se Irã, por exemplo, tivesse bomba atômica:

  • Romperia a hegemonia israelense.
  • Forçaria negociações mais equilibradas.
  • Dificultaria invasões e ocupações.

Por isso, é considerado "inaceitável" — não por razões morais, mas por cálculo geopolítico.

Conclusão:

Israel pode ter bomba atômica porque é aliado dos EUA e do Ocidente, e os outros não, porque representariam um desafio à ordem geopolítica estabelecida.

É uma questão de poder, controle e imperialismo, disfarçada de “segurança internacional”.

 

EUA e o fim da vergonha: quando o Ocidente escolhe a barbárie, o genocídio e a destruição de países soberanos.

Vivemos tempos perigosos, talvez os mais perigosos desde a Segunda Guerra Mundial. A diferença é que agora, os bandidos que governam o mundo não escondem mais seus crimes, eles os anunciam em palanques, os exibem nas redes sociais, e os justificam com cinismo diante das câmeras.

Donald Trump, o mesmo que riu da ciência e debochou da pandemia, agora se orgulha de ter bombardeado usinas nucleares no Irã. Uma afirmação que, por si só, seria motivo de alerta máximo para qualquer nação. Mas o que se vê é silêncio, cumplicidade ou indiferença. A normalização da loucura. A institucionalização do delírio bélico.

Benjamin Netanyahu, o “Bibi”, comanda Israel com mão de ferro e desprezo absoluto pelas vidas palestinas. Usa o terror como política de Estado. Alinha-se com grupos extremistas, alimenta o ódio religioso, e tenta silenciar qualquer voz que ouse defender a paz, a coexistência ou os direitos humanos. Tudo sob o manto de uma falsa legitimidade ocidental.

Na Europa, seus próxis, lideranças frágeis, alinhadas aos interesses do capital bélico e da OTAN, seguem apoiando guerras por procuração, acobertando massacres e fechando os olhos para o racismo, o neocolonialismo e o apartheid do século XXI.

🔥 Por que perder o Irã é uma ameaça existencial para a Rússia?

A ameaça de "perder o Irã" é vista como uma ameaça existencial para a Rússia por razões profundamente geopolíticas, estratégicas e econômicas. A entrevista com Stanislav Krapivnik, ex-oficial do Exército dos EUA, aprofunda essas razões no contexto da crescente tensão no Oriente Médio, especialmente após o ataque de Israel ao Irã e a iminente possibilidade de uma ofensiva dos EUA. A seguir, trago os principais pontos e reflexões que ajudam a entender essa complexa equação:

Irã como aliado estratégico da Rússia na Ásia Ocidental

  • O Irã é o principal parceiro regional da Rússia no Oriente Médio, principalmente desde a guerra na Síria, onde ambos apoiaram o regime de Bashar al-Assad contra grupos apoiados pelo Ocidente.
  • Ele atua como contrapeso à influência norte-americana e israelense na região.
  • Juntos, Rússia e Irã compartilham interesses geoestratégicos como:
    • O enfraquecimento da OTAN;
    • A contenção de bases militares americanas próximas às fronteiras russas;
    • O controle sobre rotas energéticas e marítimas estratégicas (como o Estreito de Ormuz).

sexta-feira, 20 de junho de 2025

🌍 Uma Guerra Mundial não declarada? Irã, Israel e o conflito dos blocos


Por Luis Moreira – Blog Olhos do Sertão

Nas últimas semanas, os olhos do mundo se voltaram para o Oriente Médio, onde o conflito entre Irã e Israel parece ter ultrapassado os limites de um embate regional. Mais do que uma disputa entre dois países, o que está em curso é uma guerra por procuração – uma guerra indireta – envolvendo os principais blocos de poder do século XXI.

De um lado, os Estados Unidos, o Reino Unido e Israel. Do outro, o Irã, com o apoio estratégico de Rússia e China. Ainda que nenhum desses grandes atores esteja oficialmente em guerra direta, seus tentáculos estão em cada fronteira, cada base militar, cada satélite no céu e, sobretudo, no campo invisível da informação, da logística e da tecnologia.

Guerra por Procuração: o Novo Modo de Fazer Guerra

A guerra moderna não depende apenas de soldados nas trincheiras. Ela se faz com drones, inteligência artificial, ataques cibernéticos, satélites, sabotagem econômica e controle de narrativas. Chamamos isso de guerra híbrida: um modelo que mistura o conflito militar direto com guerras informacionais, econômicas e tecnológicas.

O Irã, historicamente resistente e com mais de cinco mil anos de civilização, é um exemplo claro de adaptação a essa nova lógica. Enfrentou impérios antigos, ataques modernos e embargos cruéis, e segue de pé. Seu território montanhoso e estratégico, sua cultura de resistência e sua capacidade de formar alianças regionais (como Hezbollah, Houthis e milícias no Iraque) tornam sua derrota improvável.

🌌 Caminho da Gnose, da Consciência e da Educação Libertadora

 


Por Luís Moreira de Oliveira Filho – Professor, buscador, semeador de Consciências

Chego a este momento da vida, com 60 anos de existência e 40 dedicados ao ensino, carregando a maturidade de quem já atravessou muitos mundos, olhares e encontros. Foram milhares de alunos, das infâncias às universidades, que, assim como eu, aprenderam e ensinaram em uma longa travessia de suas vidas. 

Mas hoje, mais do que nunca, percebo que o verdadeiro caminho não é simplesmente ensinar conteúdos, nem formar sujeitos apenas para o mundo do trabalho, mas formar consciências livres, críticas, despertas, tanto no mundo quanto para além dele.

É nessa busca que me aproximo, com profunda reverência, do Gnosticismo, essa antiga corrente espiritual que afirma que o conhecimento salvador (gnose) é o caminho da libertação interior. Os evangelhos de Maria Madalena, Tomé e Felipe, tidos como apócrifos, me provocam profundamente, porque anunciam uma espiritualidade que não depende de instituições nem dogmas. Apontam, antes, para o sagrado que habita em cada ser, e que só pode ser acessado por meio do autoconhecimento e da consciência desperta.

🌹 Maria Madalena – A Apóstola Silenciada, a Sabedoria Ressurgente

Por Luis Moreira de Oliveira Filho

Blog: Olhos do Sertão

“Eu a guiarei para torná-la homem, para que ela também se torne um espírito vivente, semelhante a vós, homens. Pois toda mulher que se tornar homem entrará no Reino dos Céus.”
(Evangelho de Tomé, logion 114)

Quem foi Maria Madalena?

Maria de Magdala. Mulher da Galileia. Discípula de Jesus. Primeira testemunha da ressurreição. Chamá-la de “pecadora arrependida” é reduzir sua grandeza espiritual a uma caricatura criada por homens que temeram sua luz.

Magdala era uma cidade portuária da Galileia. Maria provavelmente foi uma mulher culta, forte, independente. Os evangelhos canônicos nos dizem que Jesus expulsou dela “sete demônios” — metáfora que pode se referir a curas profundas, talvez espirituais ou sociais. Ela então o segue com fidelidade.

📜 Os Evangelhos Proibidos e o Cristianismo Esquecido: a Revelação da Biblioteca de Nag Hammadi

 Por Luis Moreira de Oliveira Filho

Blog: Olhos do Sertão

Entre desertos e jarros antigos, um outro Jesus emerge — mais humano, mais livre, mais próximo. E Maria Madalena, longe da imagem estereotipada de pecadora, ressurge como mestra espiritual, símbolo do feminino silenciado.

Um achado no Egito que abalou os alicerces da fé oficial

Em 1945, um camponês egípcio chamado Mohamed al-Samman fez uma descoberta que mudaria a forma como entendemos o cristianismo primitivo: em um jarro de barro enterrado próximo à cidade de Nag Hammadi, no Alto Egito, estavam ocultos 13 códices contendo 52 textos escritos em copta — a maioria deles considerados heréticos pela Igreja oficial.

Esses textos fazem parte do que hoje chamamos de Biblioteca de Nag Hammadi. Eles não apenas oferecem uma visão alternativa de Jesus, mas revelam um cristianismo plural, diverso, recheado de espiritualidade mística e sabedoria interior — um cristianismo que foi suprimido e perseguido ao longo dos séculos.

📜 Os Manuscritos do Mar Morto: segredos da fé, silêncios do deserto

Por Luis Moreira de Oliveira Filho

Blog: Olhos do Sertão

Um dos maiores achados arqueológicos do século XX

Entre 1947 e 1956, o mundo foi surpreendido por uma descoberta arqueológica capaz de abalar os alicerces da fé institucional: os Manuscritos do Mar Morto, escondidos por séculos nas cavernas de Qumran, na atual Cisjordânia. Mais de 900 manuscritos — religiosos, legais, poéticos e escatológicos — foram revelados ao mundo, lançando nova luz sobre o judaísmo antigo e sobre os contextos espirituais nos quais o cristianismo e o judaísmo rabínico emergiram.

O que são os Manuscritos do Mar Morto?

Esses manuscritos, escritos em hebraico, aramaico e grego, datam de cerca do século III a.C. até o século I d.C. Eles se dividem basicamente em três grandes grupos:

  • Textos bíblicos: incluem cópias quase completas de livros do Antigo Testamento. O Grande Rolo de Isaías é um dos mais impressionantes.
  • Textos apócrifos e pseudepígrafos: livros não incluídos no cânon bíblico tradicional, mas que circulavam entre grupos judaicos.
  • Textos sectários: documentos de uma comunidade específica — provavelmente os essênios — que viviam sob rigorosas regras espirituais, em expectativa messiânica e em ruptura com o Templo de Jerusalém.

💠 O Beijo de Maria Madalena: Gnose, Amor e o Mistério da União Espiritual

 


“E a companheira do Salvador é Maria Madalena... Ele a amava mais do que a todos os discípulos e frequentemente a beijava na [boca].”
Evangelho de Filipe

Os evangelhos gnósticos são como janelas abertas para um cristianismo esquecido, mais místico, interior e simbólico. Neles, encontramos uma figura surpreendente: Maria Madalena. Não como pecadora arrependida, mas como mestra, companheira espiritual de Jesus e portadora de um conhecimento profundo, transmitido não por palavras, mas por gestos sagrados, como o beijo.

Um dos textos mais enigmáticos da coleção de Nag Hammadi, o Evangelho de Filipe, nos apresenta Madalena como koinōnos, palavra grega que pode ser traduzida como "companheira", "parceira espiritual" ou "consorte mística". Segundo o manuscrito, ela era amada de forma especial por Jesus, que a beijava com frequência. Mas o que significava esse beijo?

🏰✝️ 1. Quando a fé virou poder político

 Por Luis Moreira de Oliveira Filho

Com a conversão do imperador Constantino ao cristianismo no século IV (Edicto de Milão, 313 d.C.) e o Concílio de Niceia (325 d.C.), a fé cristã deixou de ser perseguida para tornar-se religião oficial do Império Romano.

A partir daí:

  • A Igreja funde-se ao Estado, ganha autoridade civil e poder militar.
  • O papado se fortalece como figura de supremacia espiritual e política no Ocidente.
  • As dissidências (como os gnósticos, os cátaros, os valdenses, depois os protestantes) passam a ser tratadas como heresia, crime e ameaça ao poder constituído.

A religião deixou de ser vivência espiritual para se tornar instrumento de controle social e político.

✨📜 Os Manuscritos Silenciados: quando a fé foi vencida pelo poder

Por Luis Moreira de Oliveira Filho

Em 1945, no deserto egípcio de Nag Hammadi, camponeses encontraram jarros antigos com manuscritos escondidos havia séculos. Um achado semelhante ocorreria pouco depois, em 1947, próximo ao Mar Morto, em cavernas da Cisjordânia. Em ambos os casos, o que veio à tona não foram apenas velhos textos religiosos — mas fragmentos esquecidos de uma espiritualidade viva, libertadora e radicalmente diferente daquela que conhecemos como “cristianismo oficial”.

Esses textos falam de um Jesus mais humano e sábio do que divino e hierárquico. Um mestre espiritual que convida seus discípulos a mergulharem no autoconhecimento, a reencontrarem a centelha divina que habita em cada um, a libertarem-se da ignorância — não pela fé cega, mas pela gnose, o conhecimento interior.

quinta-feira, 19 de junho de 2025

🌵Guerra de Narrativas: o ataque do Irã, o Hospital de Soroka e a escalada sem retorno?

 🌵Guerra de Narrativas: o ataque do Irã, o Hospital de Soroka e a escalada sem retorno?

🌵Por Olhos do Sertão | Junho de 2025

"Não atacamos o hospital. Atacamos a guerra."
(Mensagem do Ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano)

O que foi atacado em Israel?

Na manhã desta quinta-feira, o Irã confirmou ter destruído o que chamou de quartel-general militar israelense de comando, controle e inteligência, além de outro alvo "crítico" não identificado. O ataque, segundo Teerã, foi "cuidadosamente executado" e resultou em danos colaterais superficiais ao Hospital Militar de Soroka, na cidade de Be’er Sheva — a cerca de 40km da Faixa de Gaza.

O Irã insiste: não atacou um hospital, mas sim uma instalação militar usada diretamente para sustentar as operações contra Gaza — e apelou à população israelense para que atenda às ordens de evacuação antes de novos ataques.

O hospital como campo simbólico de batalha

O Hospital de Soroka não é apenas um centro médico: é um símbolo. Ele representa a retaguarda israelense na guerra, o lugar onde são tratados os soldados que participam da ofensiva militar em Gaza. O Irã associa isso ao que chama de “guerra genocida” que Israel conduz contra os palestinos, citando que 94% dos hospitais de Gaza foram destruídos ou danificados.

Essa narrativa simbólica é essencial: o Irã constrói a imagem de que ataca infraestruturas militares, enquanto Israel, segundo Teerã, ataca infraestruturas civis. Essa diferença moral é a base da guerra de imagens e versões que acompanha os mísseis.

🌵Teerã Atacada: As Máscaras do Ocidente caem com mais uma Guerra

 O vídeo "Guerra no Irã Mostra as Verdadeiras Intenções do Ocidente" — traz uma análise valiosa sobre o ataque recente a Teerã e outras cidades iranianas, revelando o pano de fundo geopolítico, estratégico e simbólico dessa nova escalada.

Com base nesse conteúdo e no contexto do que já estamos discutindo, aqui  - neste Espaço de Geopolítica no coração do Nordeste brasileiro, compartilho mais um texto  destacando a fala do Dr. Arthur Khachikian e aprofundando as implicações da guerra.

🌵Teerã Atacada: As Máscaras do Ocidente caem com mais uma Guerra

🌵Por Olhos do Sertão

Mais uma vez, o mundo assiste em silêncio ao nascimento de uma nova guerra — e mais uma vez, o palco é o Oriente Médio. Na última sexta-feira, um ataque surpresa e sorrateiro atingiu Teerã e outras cidades iranianas. O objetivo? Não apenas ferir o Irã, mas deixar claro para o mundo quem pode ou não existir com soberania.

Em análise profunda, o Dr. Arthur Khachikian, doutor em Relações Internacionais por Stanford e professor na Universidade Armênia em Yerevan, alerta:

“O ataque a Teerã é apenas mais um passo numa lógica de dominação global onde o Ocidente não aceita parceiros — apenas subordinados.”

O Que Está em Jogo?

Não é apenas o Irã.
É a ordem multipolar em construção.
É a ideia de que países podem existir fora da cartilha da OTAN e do FMI.

É a soberania energética, cultural, tecnológica que incomoda.

Israel e EUA mostram que estão dispostos a arrastar o mundo inteiro para uma nova fase de caos,  desde que mantenham o controle das rédeas.

Onde Está a Resistência?

A fala do Dr. Arthur nos lembra que o cerco é regional, mas o impacto é global. Rússia, China e os povos do Sul Global precisam compreender que:

  • O Irã não é apenas um aliado, é um escudo avançado contra o expansionismo militar ocidental;
  • Silenciar agora é preparar o próprio cativeiro depois;
  • A solidariedade geopolítica é mais do que ideologia — é estratégia de sobrevivência global.

Assista à análise completa:
Guerra no Irã Mostra as Verdadeiras Intenções do Ocidente
Com Dr. Arthur Khachikian
🔗 https://www.youtube.com/watch?v=wKSTrgy6paI

Reflexão final:

“Primeiro foi Bagdá, depois Damasco, agora Teerã. Amanhã... será onde?”