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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Em meio à farsa da globalização emergem os muros da vergonha nesse século.

EUA, setores da mídia e a dupla PSDB-DEM queriam nos empurrar goela abaixo a ALCA e as teses da globalização. 

Hoje entende-se que a globalização é apenas uma forma de dominação e exploração dos países mais ricos aos países mais pobres. 

Enquanto a tese da globalização avançada no mundo (quebra das barreiras econômicas, o livre mercado e bilhões de dólares "internacionais" especulando nos mercados dos países mais pobres) de um lado, de outro aumentavam-se a construção de muros e cercas entre países, principalmente  entre países ricos e pobres. 

Como fala o auto do texto abaixo: sobre as grades instaladas no porto espanhol do Marrocos e a cerca na praia de Tijuana, na fronteira com os EUA. “São medidas lamentáveis em um mundo no qual as mercadorias e o capital circulam livremente e as pessoas, não”, diz.

O autor esqueceu de mencionar os muros que separam as cidades israelenses das cidades palestinas. 

E a depender da visão de certa midia e da extrema direita desse país representada por PSDB e DEMOS, o Brasil deveria criar os seus muros por aqui. 

A cerca que divide Tijuana e San Diego começou a ser construída em 1991 com placas de metal usadas pelo exército americano nas guerras do Iraque e Vietnã 
BBC 


Grécia constrói fosso na fronteira com a Turquia

Carta Maior 

Gabriel Bonis

Em meio ao temor do avanço da extrema direita e do endurecimento das políticas imigratórias na Europa, a Grécia iniciou a construção de um fosso de 120 quilômetros de extensão, 30 metros de largura e sete de profundidade na fronteira com a Turquia, para evitar a entrada de imigrantes ilegais.


O projeto, que também visa a aumentar a proteção em relação ao país vizinho e de maioria islâmica, acontece mesmo com a debilidade da economia grega. O país teve um segundo pacote de ajuda financeira de 109 bilhões de euros aprovado em julho para controlar uma dívida pública com previsão de atingir 172% do PIB em 2012.

O isolamento da fronteira grega, segundo a socióloga Marijane Lisboa, do Instituto de Relações Internacionais da PUC-SP, repete empreendimentos custosos, ora gigantescos, que se pretendem a proteger a população dos próprios vizinhos. Dois exemplos citados por ela são as grades instaladas no porto espanhol do Marrocos e a cerca na praia de Tijuana, na fronteira com os EUA. “São medidas lamentáveis em um mundo no qual as mercadorias e o capital circulam livremente e as pessoas, não”, diz.

Os primeiros 14,5 quilômetros da obra, feitos na região do rio Evros, já estão finalizados e os trabalhos para os próximos trechos seguem. Em 2010, a área foi a porta de entrada para 90% dos imigrantes ilegais no Espaço de Schengen.

Segundo o governo grego, que já havia ameaçado construir um muro para frear o trânsito ilegal de pessoas na região, cerca de 130 mil imigrantes sem documentos entraram na União Européia pela Grécia, destes 40 mil na zona de Evros.

Uma movimentação, que, para Lisboa, não é possível deter. “O fluxo vai ser desviado para rotas mais perigosas, resultando em mais mortes. Além disso, o tráfico humano ganha mais poder econômico, pois as travessias ficam mais difíceis e caras”.

Xenofobia

A instabilidade econômica na Europa, responsável pela derrocada das economias periféricas de Portugal, Espanha e Grécia, abre espaço para o discurso conservador e nacionalista no continente – que geralmente descanbam para a xenofobia. Na França, por exemplo, Marine Le Pen, da Frente Nacional, constroi sua campanha presidencial atribuindo aos imigrantes as mazelas do país.

Enquanto isso, a Itália é forçada a receber milhares de pessoas fugindo das revoltas árabes no Norte da África, a maioria delas abrigadas na pequena ilha de Lampeduza. “A Europa está desrespeitando até mesmo as políticas de refugiados”, aponta Lisboa, que ainda critica a ação italiana no arquipélago. “Quais medidas são mais agressivas: deixar pessoas morrer em barcos como a Itália fez ou construir muros?”, questiona.

Nesse cenário, a União Européia começa a discutir a instalação de postos de controles internos de fronteiras no Espaço de Schengen, baseada principalmente nas pressões de França e Itália, que enfrentam dificuldades em lidar com os imigrantes ilegais. “A política de fechar as portas e não deixar entrar é ineficiente. Os países deveriam pensar em outras formas de conter o fluxo de pessoas indocumentadas, como estabelecer cotas ou um rodízio”, aponta a especialista.

Para ela, discursos anti-imigração funcionam apenas para alimentar os partidos de extrema direita “que usam essa situação como um bode expiatório para esconder seus verdadeiros problemas”.

“O setor da agricultura na Espanha, Suíça e Itália simplesmente não funcionaria sem essa mão-de-obra, assim como o setor hoteleiro. Os imigrantes trabalham muito e por pouco”, conclui

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