Do blog do Cumpadi Diafonso, um excelente post extraído do blog do Bourdoukan.
É o que venho sempre questionando aqui: o Brasil perdeu as oportunidades, principalmente do século XX, porque as elites brasileiras não tinham e não têm compromissos com o desenvolvimento desse país.
Ao contrário, pegavam suas economias para investir em países da Europa e nos EUA.
E o beija-mão ainda foi maior quando os generais ditadores asquerosos serviçais assumiram, através de golpe, tornando o Brasil mais dependente do capital internacional.
Mais um capítulo da história das elites brasileiras
"Em nome do país (...) inclino-me respeitoso diante do General Comandante-Chefe dos Exércitos que esmagaram a tirania, beijando, em silêncio, a mão que conduziu à vitória, as Forças da Liberdade".
Eis Otávio Mangabeira, lídimo representante da elite, beijando a mão do general presidente dos EUA Eisenhower em pleno parlamento brasileiro.
Sabe-se que tamanha subserviência aos poderosos sempre fez parte daquela que se considera produto de “nobre estirpe”, que tem por raiz os degredados.
Subserviência aos poderosos, brutal com os excluídos.
Submissão e brutalidade.
Otávio Mangabeira não era qualquer um das elites.
Era a elite em sua plenitude.
Foi deputado federal, governador da Bahia, senador, um dos fundadores da UDN e membro da Academia Brasileira de Letras.
O beija-mão começou com Pero Vaz de Caminha (leia o último texto desta postagem), continuou com os escravagistas.
Atualmente seus descendentes buscam abrigo no último reduto que lhes resta.
A mídia corporativa.
Não suportam nem o cheiro da graxa e nem o barulho dos tornos.
Até aí nada de novo.
Já houve um general que preferia o cheiro de cavalos...
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Você sabe qual é a diferença entre uma vaca ruminando e um americano mastigando chicletes?
É que logo você nota o ar inteligente da vaca.
George Bernard Shaw
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E assim começa a História das elites brasileiras
E tudo começou a partir desta Carta |
“E, pois que, Senhor, é certo que assim neste cargo que levo, como em outra qualquer cousa que de vosso serviço for, Vossa Alteza há-de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de S. Tomé Jorge d’Osório meu genro, o que d’Ela receberei em muita mercê.
Beijo as mãos de Vossa Alteza.
Deste Porto Seguro, da vossa ilha da Vera Cruz hoje, sexta-feira, primeiro dia de Maio de 1500."
Pêro Vaz de Caminha
Troca de favores.
O que se lê no último parágrafo da carta de Caminha ao rei dom Manuel é para que ele libertasse do cárcere o seu genro, Jorge d’Osório casado com sua filha Isabel, preso por assalto e agressão.
(Esperto ele. Deixou o pedido por ultimo para que o rei não alegasse esquecimento.)
São as famosas elites que sempre mamaram nas tetas do governo.
Talvez isso explique sua aversão a tudo que é diferente ou novo.
Assalto e agressão.
Passados 500 anos, continuam norteando essas mesmas elites que, ao invés de dividir o mel, preferem comer merda sozinhas...
Blog do Bourdoukan
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