Vocês já observaram que o discurso do desenvolvimento sustentável virou até mote para campanhas publicitárias, mas o que é isso? Que desenvolvimento devemos buscar?
Muitos pensadores afirmam que só existe um tipo de desenvolvimento que devemos lutar e perseguir: é o desenvolvimento humano. Como disse certa vez Rui Barbosa: o Brasil?
O Brasil não tem problemas, tem sim oportunidades adiadas, mas aqui depois que cercaram tudo e se apropriaram de tudo, deixando milhões de brasileiros na miséria, a natureza pagou o preço com os avanços da tecnologia e também da própria miséria do povo brasileiro.
O que é importante colocar amigos, que não é a abundância de recursos (mesmo porque os nossos recursos naturais foram capturados por uma elite perversa sem escrúpulos), a grande questão, mas a grande concentração de renda, de terra e recursos diversos nas mãos de poucos neste país.
Nesse sentido, é importante questionar o discurso do "desenvolvimento sustentável" - irá reduzir a miséria hoje diante da escassez de recursos quando não tiveram a mínima vergonha de combater a miséria quando tínhamos abundância.
Left, (2001, p. 28) escreve que o discurso do desenvolvimento sustentável funciona como uma ideologia para legitimar as novas formas de apropriação da natureza às quais já não só poderão opor-se os direitos tradicionais pela terra, pelo trabalho ou pela cultura.
Para o autor, é necessário construir uma racionalidade social e produtiva que, reconhecendo o limite como condição de sustentabilidade, funde a produção nos potenciais da natureza e da cultura.
Avançamos em conservação ambiental e proteção, mas muito pouco diante do que poderíamos ter realizado.
O discurso do "pensar globalmente e agir localmente" é bonito, mas distante daquilo que precisamos fazer urgentemente.
Somos agora cidadãos do mundo talvez na vivência deste pensamento, mas precisamos avançar mais na cidadania planetária ou na ética planetária divulgada pelo teólogo e pensador universal Leonardo Boff.
Diz Left, 2001, p. 31, o conceito de sustentabilidade surge como resposta à fratura da razão modernizadora e como uma condição par construir uma nova racionalidade produtiva, fundada no potencial ecológico e em novos sentidos de civilização a partir da diversidade cultural do gênero humano.
Segundo o autor, trata-se da reapropriação da natureza e da reinvenção do mundo; de um novo mundo, por uma diversidade de mundos.
Todavia companheiros e companheiras, o que está em discussão sobre meio ambiente na verdade é a mudança do modelo de produção, o modo nosso de vida que é insustentável.
O que está em questão, por exemplo é investir em um modelo de produção que traga menos impactos ambientais ao mundo, reduzindo desperdício e com ecoeficiência.
Portanto, é importante questionar: Que desenvolvimento devemos buscar? E o que estamos fazendo?
Portanto, é importante questionar: Que desenvolvimento devemos buscar? E o que estamos fazendo?
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