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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Desafio do governo Dilma, um tablet por aluno. O que você acha?

Um tablet por um aluno deverá ser um grande desafio para esse governo em todos os sentidos, quando do outro lado da educação, percebe-se a desvalorização profissional do magistério. 

A depender de salários baixos, o país terá em curtíssimo tempo um "apagão" de professores e professores, em que área das ciências da natureza já apresenta carência de professores. 

A despeito desses problemas, defendo a inserção dos tablets  nas escolas, mas construindo uma metodologia que coloque os alunos como produtores de conhecimentos, como pesquisadores de fato, não apenas como reprodutores do conhecimento historicamente construído. 

Precisa-se investir principalmente na formação de professores e um projeto pedagógico que contemple novos processos de ensinar e de aprender, onde o aprender fazendo seja mais efetivado na maior parte do planejamento pedagógico. 

2012 já começa com uma ideia

Aloizio Mercadante, nome certo na reforma ministerial que Dilma fará em janeiro, tem uma missão: um tablet por aluno


Leonardo Attuch - 247 

Enquanto Dilma Rousseff descansa na Base Naval de Aratu, na Bahia, e monitora as ações do governo federal pelo seu iPad, Brasília se movimenta com as especulações em torno da reforma ministerial. Quem entra? Quem sai? Até agora, o único movimento já anunciado é a substituição de Fernando Haddad, candidato à Prefeitura de São Paulo, por Aloizio Mercadante, na Educação. E este chega com uma missão: a de iniciar uma revolução nas salas de aula, que pode colocar um tablet nas mãos de cada aluno da rede pública de ensino.


Mercadante não foi escolhido por acaso. Vem da Ciência e Tecnologia, uma área em que já vinha desenvolvendo programas na área de inovação. E não há laboratório mais fértil para a inovação do que a sala de aula. Estima-se que o governo federal poderá adquirir 300 mil tablets em 2012. Em outras esferas de poder, iniciativas semelhantes já vêm sendo adotadas, como no Estado de Pernambuco, onde o governador, Eduardo Campos, licita a compra de 170 mil equipamentos, e na cidade do Rio de Janeiro, onde o prefeito, Eduardo Paes, poderá comprar 25 mil tablets.

São iniciativas pioneiras e devem ser elogiadas, muito embora estejam sendo atacadas por aqueles que encaram a educação de modo arcaico e reacionário. Os críticos apontam a má remuneração do professor e o estado precário das escolas, mas se esquecem de que a tecnologia pode, sim, permitir saltos cognitivos. Diversas pesquisas pedagógicas comprovam que um conteúdo interativo, com textos, áudios e vídeos, melhora o aprendizado e reforça o interesse pelo estudo, além de aliviar o tremendo peso nas costas que os estudantes carregam em suas mochilas.

O grande desafio, no entanto, é ir além do equipamento em si. De nada adiantará gastar milhões em equipamentos, se não for feito um investimento sério na produção do conteúdo didático que será embarcado nos tablets. O Brasil dispõe do hardware, pois diversos fabricantes já produzem aqui seus equipamentos, e dos softwares, mas é também preciso um trabalho artesanal, supervisionado por educadores, para tornar o conteúdo mais lúdico e eficiente. Transformar livros de papel em arquivos digitais em PDF, sem qualquer interatividade, significará jogar dinheiro fora.

O desafio é gigantesco, mas levar um tablet a cada aluno é daquelas missões capazes de transformar um país porque, de uma só vez, atacam vários problemas: a necessidade de inclusão digital, de melhorar a educação e de fortalecer a inovação.

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