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domingo, 27 de setembro de 2009

Giolpistas de Honduras e TV Globo, tudo a ver.


TV Globo tenta mostrar que não houve golpe de Estado em Honduras

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Honduras/TV Globo

Eles já nem se preocupam mais em disfarçar. Aliás, parece que agora fazem até gosto que os telespectadores saibam que estamos cobertos de razão quando dizemos que eles são golpistas, partidaristas de direita, que estão do lado das elites e que suas matérias jornalísticas, novelas e opiniões vão ao ar com o único objetivo de manipular as pessoas. [...]

Tudo que se produz na Globo representa os interesses das classes dominantes, e não importam os meios, apenas os fins.

Nós já havíamos dito aqui que a Globo estava do lado dos golpistas hondurenhos, e não duvido que Micheletti esteja sendo assessorado por ela quanto ao caso da permanência de Zelaya na Embaixada do Brasil.

A Globo sempre esteve do lado dos golpistas, isso é fato, e para corroborar conosco, ontem (24) no Jornal Nacional, apresentado pelo casal, Willian Bonner e Fátima Bernardes -- agora muito mais a vontade para ancorar com mais naturalidade na tela, longe de qualquer traço de formalidade -- eles mostraram a situação crítica em que se encontra Honduras após o Brasil ter concedido abrigo ao presidente deposto, Manuel Zelaya, e informaram que a ação contra o presidente Manuel Zelaya foi baseada na Constituição Hondurenha.

A expressão na voz de Willian Bonner era de quem queria dizer: “não sei pra que tanta polêmica”.

Os patifes, digo, editores, assim como o déspota Micheletti, defendem que não houve golpe de Estado em Honduras, e para tentar convencer entrevistaram um especialista indicado por Micheletti (tem sempre um especialista escolhido a dedo), o analista político Rosedo fraga, que mora em Buenos Aires e afirma que, pela Constituição Hondurenha, se o presidente tenta a reeleição, ele já está cometendo um delito. E que a prisão de Zelaya foi uma decisão da Suprema Corte, que tem o papel de interpretar o que diz a Constituição.

Depois mostraram o artigo 237 que diz que o período presidencial é de apenas 4 anos, sem direito a reeleição, e ainda o artigo 239 que prevê que qualquer governante que faça uma proposta de reformar a Constituição para tentar se reeleger, deve perder o mandato de forma imediata, e ficar inelegível por dez anos.

Mas a Constituição é falha porque não prevê que tipo de punição deve ser aplicada ao transgressor. Bem que podia ser fuzilamento à moda antiga, ao gosto da Globo.

Mas o melhor estava por vir. Foi quando o repórter Carlos de Lannoy foi às ruas para mostrar uma passeata de meia dúzia de pró-golpistas (a turma do Cansei de lá), e não teve a menor parcimônia em entrevistar uma empresaria que se disse indignada com a posição do Brasil por ter dado abrigo a um criminoso.

Os pró-Zelaya a Globo não mostrou, certamente porque eles estão confinados em campos de concentração sendo torturados, ou na periferia, impossibilitados de serem filmados e entrevistados por Lannoy.

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