Lula volta a cobrar Vale e pede diversificação de exportações
Folha de S. Paulo - 17/09/2009
Ele diz que empresa não deve vender só matéria-prima e sugere compra de navio brasileiro
Vale reforçou nos últimos dias campanha de mídia em jornais e TV para afirmar que é a empresa privada que mais investe no Brasil
O presidente Lula voltou a cobrar publicamente a Vale, ao discursar em evento de 45 anos do Ipea. Lula disse que a Vale deveria comprar navios brasileiros e não exportar só a matéria-prima mas também produtos feitos com minérios extraídos pela empresa.
"Vocês estão acompanhando uma pseudodivergência minha com a Vale. Eu apenas quero que a Vale exporte um pouco de valor agregado, que gere mais riqueza nos Estados que têm mais minérios, que compre navios no Brasil, e não na China. Qual é a chance de desenvolvermos a nossa indústria e gerarmos empregos se nós mesmos compramos lá fora?"
Lula comparou a produção de minérios no Brasil e na China. Disse que o Brasil exporta muito menos e que ainda ajuda a China a ser um dos maiores produtores de aço do mundo.
"Embora tenha ocorrido modernização do setor, do ponto de vista quantitativo produzimos por ano 35 milhões de toneladas [de aço], e a China, 545 milhões. O mais grave é que parte dessa produção da China é [feita] com nosso minério."
Na semana passada, o presidente da Vale, Roger Agnelli, se reuniu com Lula por cerca de duas horas em Brasília para tratar dos investimentos da empresa. Nos bastidores, o governo ameaçou interferir no comando administrativo da Vale a fim de levar a empresa a fazer investimentos considerados estratégicos pelo Planalto -sobretudo em siderurgia.
Dias depois, ao relatar a conversa que tivera com Agnelli, Lula afirmou que esperava outro comportamento da empresa durante a crise econômica. "Eu disse que era para ele ter começado a construir as siderúrgicas no auge da crise, para dar uma resposta para quem estava com medo."
Folha de S. Paulo - 17/09/2009
Ele diz que empresa não deve vender só matéria-prima e sugere compra de navio brasileiro
Vale reforçou nos últimos dias campanha de mídia em jornais e TV para afirmar que é a empresa privada que mais investe no Brasil
O presidente Lula voltou a cobrar publicamente a Vale, ao discursar em evento de 45 anos do Ipea. Lula disse que a Vale deveria comprar navios brasileiros e não exportar só a matéria-prima mas também produtos feitos com minérios extraídos pela empresa.
"Vocês estão acompanhando uma pseudodivergência minha com a Vale. Eu apenas quero que a Vale exporte um pouco de valor agregado, que gere mais riqueza nos Estados que têm mais minérios, que compre navios no Brasil, e não na China. Qual é a chance de desenvolvermos a nossa indústria e gerarmos empregos se nós mesmos compramos lá fora?"
Lula comparou a produção de minérios no Brasil e na China. Disse que o Brasil exporta muito menos e que ainda ajuda a China a ser um dos maiores produtores de aço do mundo.
"Embora tenha ocorrido modernização do setor, do ponto de vista quantitativo produzimos por ano 35 milhões de toneladas [de aço], e a China, 545 milhões. O mais grave é que parte dessa produção da China é [feita] com nosso minério."
Na semana passada, o presidente da Vale, Roger Agnelli, se reuniu com Lula por cerca de duas horas em Brasília para tratar dos investimentos da empresa. Nos bastidores, o governo ameaçou interferir no comando administrativo da Vale a fim de levar a empresa a fazer investimentos considerados estratégicos pelo Planalto -sobretudo em siderurgia.
Dias depois, ao relatar a conversa que tivera com Agnelli, Lula afirmou que esperava outro comportamento da empresa durante a crise econômica. "Eu disse que era para ele ter começado a construir as siderúrgicas no auge da crise, para dar uma resposta para quem estava com medo."
Entre julho e agosto, o presidente mandou recado ao Bradesco, que indicou Agnelli para o comando a partir de acordo de acionistas, entre eles o BNDES e fundos de pensão. Insatisfeito com a ação da Vale na crise, Lula ameaçou pressionar a Previ (fundo de pensão dos funcionários do BB) e a BNDESPar (braço para sociedade em empresas) a usar suas ações com direito a voto para alterar o comando da Vale.
Nos últimos dias, a Vale reforçou sua campanha de mídia em jornais e TV para afirmar que é a empresa privada que mais investe no Brasil. Filmes publicitários destacam obras e números de geração de empregos pelo país.
Comentário: devemos realizar um debate para estatizar uma empresa deste porte e importante para o desenvolvimento do Brasil. É claro que a Vale não tem compromisso com o Brasil e com o seu povo. O neobobo FHC deveria ser preso por no mínimo cem anos por atentado à soberania e ao desenvolvimento deste país. Entregar uma empresa do tamanho e da importância da Vale é um crime de lesa-pátria. Vamos reforçar uma campanhar para estatizar este empresa novamente.
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