Do blog do Luis Nassif
Falta de compromisso social
Devido às viagens, deixei de ler os jornais. Só agora localizei essa matéria da Laura Capriglione, sobre as famílias desalojadas pela PM em Capão Redondo.
É uma matéria significativa e um episódio que coloca à prova as políticas sociais do estado e do município de São Paulo.
As famílias foram desalojadas de um terreno ocupado, de propriedade de uma companhia de viação. A companhia deve muito imposto. Tivessem cabeça menos burocrática, foco no social, ou pelo menos no drama de 370 famílias, o governo do estado e a prefeitura articulariam um acordo com a companhia (conforme sugerido por um comentarista na época), acertariam um projeto rápido no “Minha Casa, Meu Sonho”, ou na Cohab, colocariam a rede assistencial para abrigar os desassistidos até o problema ser resolvido.
Se não por sensibilidade, até por esperteza mobilizariam todas as forças possíveis para mostrar-se solidário aos desassistidos. Mas não adianta.
Certa vez, na campanha eleitoral de 2006, viajei com o candidato Geraldo Alckmin. Embora não seja um modelo de eficiência, soltou uma frase a respeito das diferenças entre ele e Covas e a chamada área intelectualizada do PSDB - FHC-Serra. “Covas me dizia sempre: toda semana, saia à rua, visite as regiões pobres, não perca a sensibilidade de povo”. O social de alguns políticos se encerra na Sala São Paulo
Da Folha
Favela se muda para calçada e a vida piora ainda mais
370 famílias montaram barracos perto de área da qual foram despejados no Capão Redondo
Moradores vivem sem água ou luz, defecam e urinam em embalagens de sorvete e têm de se revezar nos barracos para dormir
LAURA CAPRIGLIONE
DA REPORTAGEM LOCAL
Luiz Gustavo da Silva Santos, cinco meses, Andressa Conceição, seis meses, Daniela, quatro anos, Jonas, quatro anos, Cauane, três anos, Margarida Souza Ferreira, 36, Cícera da Silva Santos, 33, e Sandra Maria da Conceição, 28, moram desde o dia 24 em um barraco de 4 metros quadrados. Sem água, sem luz, sem banheiro, sem cozinha, dependem da sopa fornecida pela igreja. Defecam e urinam em embalagens de dois litros de sorvete. A descarga é no terreno em frente.
O banho é de favor, com vizinhos mais ricos. Na verdade, são apenas moradores de barracos “normais”, que ficam na favela “normal”, logo ali. Porque o barraco das mulheres e crianças citadas no início não é desse tipo. Foi erguido com outros 200 ao longo de 630 metros de uma calçada, no que já foi apelidado de “favela-tripa”, que abriga cerca de 370 famílias.
Leia mais
Comentário: as governamentais dos demo-tucanos são para favorecer, primeiramente, a elite de olhos azuis paulista. Ao povo, deve-se jogar as migalhas.
Falta de compromisso social
Devido às viagens, deixei de ler os jornais. Só agora localizei essa matéria da Laura Capriglione, sobre as famílias desalojadas pela PM em Capão Redondo.
É uma matéria significativa e um episódio que coloca à prova as políticas sociais do estado e do município de São Paulo.
As famílias foram desalojadas de um terreno ocupado, de propriedade de uma companhia de viação. A companhia deve muito imposto. Tivessem cabeça menos burocrática, foco no social, ou pelo menos no drama de 370 famílias, o governo do estado e a prefeitura articulariam um acordo com a companhia (conforme sugerido por um comentarista na época), acertariam um projeto rápido no “Minha Casa, Meu Sonho”, ou na Cohab, colocariam a rede assistencial para abrigar os desassistidos até o problema ser resolvido.
Se não por sensibilidade, até por esperteza mobilizariam todas as forças possíveis para mostrar-se solidário aos desassistidos. Mas não adianta.
Certa vez, na campanha eleitoral de 2006, viajei com o candidato Geraldo Alckmin. Embora não seja um modelo de eficiência, soltou uma frase a respeito das diferenças entre ele e Covas e a chamada área intelectualizada do PSDB - FHC-Serra. “Covas me dizia sempre: toda semana, saia à rua, visite as regiões pobres, não perca a sensibilidade de povo”. O social de alguns políticos se encerra na Sala São Paulo
Da Folha
Favela se muda para calçada e a vida piora ainda mais
370 famílias montaram barracos perto de área da qual foram despejados no Capão Redondo
Moradores vivem sem água ou luz, defecam e urinam em embalagens de sorvete e têm de se revezar nos barracos para dormir
LAURA CAPRIGLIONE
DA REPORTAGEM LOCAL
Luiz Gustavo da Silva Santos, cinco meses, Andressa Conceição, seis meses, Daniela, quatro anos, Jonas, quatro anos, Cauane, três anos, Margarida Souza Ferreira, 36, Cícera da Silva Santos, 33, e Sandra Maria da Conceição, 28, moram desde o dia 24 em um barraco de 4 metros quadrados. Sem água, sem luz, sem banheiro, sem cozinha, dependem da sopa fornecida pela igreja. Defecam e urinam em embalagens de dois litros de sorvete. A descarga é no terreno em frente.
O banho é de favor, com vizinhos mais ricos. Na verdade, são apenas moradores de barracos “normais”, que ficam na favela “normal”, logo ali. Porque o barraco das mulheres e crianças citadas no início não é desse tipo. Foi erguido com outros 200 ao longo de 630 metros de uma calçada, no que já foi apelidado de “favela-tripa”, que abriga cerca de 370 famílias.
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Comentário: as governamentais dos demo-tucanos são para favorecer, primeiramente, a elite de olhos azuis paulista. Ao povo, deve-se jogar as migalhas.
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